Neste domingo (25 janeiro) fui de moto fazer um passeio numa região que
acho especialmente bonita e agradável no entorno de Curitiba.
Me refiro ao Vale da Ribeira. O calor tava pegando um pouco.
A gente acostumado com esta tranquilidade de Curitiba fica um pouco assustado
no inicio. Mas é bom.
O trecho foi daqui de Curitiba, via estrada da Ribeira (Bocaiuva
e Tunas) até Adrianópolis. Uns 34 km antes de Adrianópolis tem uma saída a
direita marcada PERAU. Estrada de terra também interessante. Como eu estava
afim de chegar em pontos mais adiante continuei no asfalto. Estes 30 km da
chegada em Adrianópolis são especialmente bonitos, pela descida rumo ao vale. Lá chegando lanche na Padaria (uma quadra
depois do posto Petrobrás) – creio que é o melhor lugar pra comer algo rápido ali
na cidade. Obra da cimenteira da Camargo Correa quase pronta. Pessoal acha ótimo.
Fico pensando que eles não conhecem Rio Branco do Sul e Itaperuçu. Essas
grandes fábricas raramente trazem algum ganho efetivo fora a geração de
empregos (cada vez menor).
Dali, rumo leste, por estrada de terra que segue o fluxo da
Ribeira, passei pelas instalações abandonadas da Plumbum – fechada des 95 aprox
– mas com um passivo de poluição ainda comentado – especialmente doenças em
quem era exposto ao chumbo etc. Mais um pouco tem uma viradinha a esquerda
(abaixo tabela com distancias), Se seguir reto vai pra Colonia e depois
Quilombo do João Saurá e por fim travessia do Rio Pardo (Andorinhas).
Nesta virada a gente chega numa balsa (mantida pela
prefeitura de Itaoca) que cruza o Ribeira. Itaoca fica logo adiante, ainda com
marcas das enchentes de 2013. Mas antes da cidade mais uma quebrada a esquerda
e mais uns 3 km a gente entra numa propriedade e vai ver o VARADOURO. È um
estreito do Ribeira, que sai de uns 50 metros de largura e encaixa num corredor
de pedra com uns 5 a 7 metros de largura – fiquei imaginando a profundidade
deste canal. Muito legal o lugar.
Volta pra Itaoca. Problema nestes lugares em geral é comida.
Fiz um lanche na Itapão, mas não caiu bem. Tem o restaurante do Mendes mas não abre
domingo e por ai vai.
Dali são 20 km subindo pra Apiaí. Muito bonito o trecho, o
vale do Rio Palmital etc. Esta estrada desemboca na estrada de Apiaí a
Iporanga. Então nem entrei em Apiaí (opções melhores de comida, me arrependi de
não vir até aqui). Fui no rumo de
Iporanga, estrada de terra mas bem cuidada. Ela volta a passar pelo vale do
Palmital mas na parte alta e depois chega na entrada do parque PETAR, com uma
vista de tirar o chapéu ou ficar boquiaberto. Acho que é um dos lugares mais
bonitos deste trajeto. Dali é muita descida (deve dar uns 500 metros de desnível
até o leito do rio lá embaixo) . Creio que o rio é o Betari. Terminado o trecho
dentro do parque aparecem restaurantes, pousadas, agencias de guias e monitores
etc.
Iporanga é uma cidade antiga (1755 fundação do arraial mas
bem antes disto pessoal já acampava e se instalava por ali) e tinha tudo para ser simpática. Mas não é.
Novamente a questão do urbanismo etc... Outro lugar sem recurso de almoço ou
algo assim. Mas vale a pena dar uma
passeada por ali. Com certeza.
Dali, atravessa o Ribeira (já bem mais parrudo a esta
altura) e toma a direita (rumo sul) para Barra do Turvo, terra em estado
razoavel. Tem uma serrinha e depois que a gente passa por ela entra no vale do
rio Pardo (que é o rio que vem de Barra do Turvo e afluente do Ribeira – é claro).
Logo vem a travessia das Andorinhas, uma balsa que normalmente está sem o
balseiro e a gente mesmo tem que se virar. Encontrei uma família que me deram
as dicas de como atravessar com a balsa. Fica uma canoa do outro lado do rio,
assim não precisa nadar pra ir buscar a balsa do outro lado. Tomei um belo
banho de rio ali. Lugar gostoso.
Em Barra do Turvo cheguei com o pneu traseiro arriado. Borracheiro não abre
mas conseguimos ir na casa dele e acabou vindo. Sorte que eu tinha uma câmara reserva
e foi só trocar uma pela outra.
Subida até a Regis, e chegada em Curitiba. Alguma chuva no
caminho, mas tranquilo.
distancias
distancias
KM | DESCRIÇÃO |
0 | MERCÊS |
12 | ATUBA - TRECHO URBANO |
18 | INICIO PISTA SIMPLES - ESTR RIBEIRA |
40 | BOCAIUVA DO SUL |
78 | TUNAS DO PARANÁ |
109 | INICIO DA DESCIDA - BELA VISTA |
134 | ADRIANOPOLIS - 2:30 HS |
146 | PLUMBUM - TERRA |
157 | A ESQUERDA - SAI PRINCIPAL |
159 | BALSA ITAOCA |
160 | ESQUERDA - RUMO CARAÇA e RIBEIRA |
163 | ESQ. ENTRADA DO SITIO - placa com horarios |
165 | SALTO VARADOURO - 1.400 mts porteira |
172 | ITAOCA - até aqui terra |
193 | entr APIAI - a dir Iporanga - terra |
206 | BELA VISTA - inicia asfalto tipo vá antes que acabe |
216 | finaliza asfalto, mas terra em otimo estado |
230 | IPORANGA |
245 | balsa Andorinhas - terra |
262 | barra do Turvo |
292 | Regis Bitencourt - asfalto |
410 | MERCÊS |
e aqui vão algumas fotos para dar uma melhor idéia
consertando o pneu em Barra do Turvo
vista (!!) de Tunas
Atravessando o Ribeira em Itaoca
O Varadouro, abaixo uma panela cavada pela água e embaixo aberto também
Creio que o trecho mais estreito do Varadouro
Abaixo o vale do Palmital
Acima e abaixo o vale do Betari, no PETAR, foto tirada da Bela Vista (não há como negar que a vista é bela mesmo....)
Casas da antiga extração de chumbo que existia dentro do Petar
abaixo igreja de Iporanga
Vista de Iporanga
abaixo travessia de balsa nas Andorinhas, do outro lado a estrada segue rumo a Colonia e depois Adrianopolis. é longe....
O rio Pardo nas Andorinhas e abaixo um FIAT fazendo a travessia, Balsa manobrada pelo próprio motorista do Fiat (com minha ajuda - afinal tenho carteira de Arrais Amador...)
Eita banho de rio gostoso. sombra das arvores, água limpa e fresca, rio com chão de areia....