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quinta-feira, 24 de março de 2016

de OURO PRETO A SABARÁ pelo caminho complicado. Mas BELISSIMO - IMPERDIVEL 52_2016







Pela beleza e interesse deste trecho achei melhor deixar num post separado. Dá para fazer com veículos comuns, desde que altos (Uno, Palio, Gol e similares), mas se chover ou a estrada ficar pior, um 4x4 é mais garantido.


Trata-se de uma ligação do sul para o norte, atravessando o maciço de montanhas que circunda BH. Só que mais a leste da cidade, digamos meio que paralelo a BR-040.

O inicio do trecho é uns 10 km após Cachoeira (rumo Itabirito) na entrada para Glaura e Acurui.  Este inicio é asfalto bem tranquilo.  A altitude ai é de 950 metros. 


Após uns 8,5 km tem uma bifurcação. Se tomar a direita vai dar no pátio da mineração Capanema, já em plena serra. Toma a esquerda rumo Acurui. Mais uns 2,3 km no asfalto, tem uma bifurcação de terra a direita (o asfalto segue a esquerda para Acurui). Toma a direita, sempre – NA DUVIDA – seguindo placas para cachoeira Chica Dona.  Neste local estamos a 1080 metros de altitude. 


Dai segue trecho em subida por uns 14,5 km até chegar na cachoeira. Tem partes meio complicadas, curvas fechadas e empedradas etc. Vai com calma. 


A cachoeira na verdade são duas, e a estrada passa entre as duas. Então para o carro, dá para tomar banho, ver a paisagem lá do alto (já estamos a 1120 metros de altitude)



Seguimos em frente, porque a partir daqui a região é mais desabitada e a subida mais forte e PRINCIPALMENTE a estrada dá uma boa piorada.  Depois de aproximadamente 1,8 km (a 1235 metros) tem um entroncamento bastante duvidoso. Se você tomar a esquerda vai descer para Rio Acima, depois Raposos, Nova Lima e chegando em BH. Mas o roteiro é a direita, continuando a subir. Mais uns 6 km a gente chega no ponto mais alto da estrada, que fica a 1440 metros mais alto.  Parece que tomando uma trilha a esquerda por coisa de 1,5 km tem um belo mirante. Mas dali onde estava já se tem bela vista.  


A partir dali são uns 15 km, sendo com um trecho com fortes descida até chegar a Conceição do Rio Acima. Nesta descida a serra em frente é a que cerca o convento do Caraça. Belissimas paisagens. Mais uns 24 km a gente chega em Barão de Cocais.



Antes de entrar na cidade, pega a esquerda na estrada de terra que vai para Caeté, passando perto de Morro Vermelho. São uns 37 km neste trecho, terra ainda.

A partir de Caeté, pega a estrada antiga para Sabará, que vai pelo alto dos morros, vistas de BH, da serra da Piedade etc. Tudo asfalto, muita curva, muito transito, quase 30 km.



É passeio dia inteiro, mas a alma volta expandida de tanta coisa bonita que a gente vê. E não deixe de aproveitar para bater um papo com quem puder na beira da estrada.


 Vistas no inicio da subida

abaixo a cachoeira Chica Dona - a parte que a gente vê por baixo, do outro lado tem a parte que ficamos no topo

 nas estradinhas de Minas

abaixo casa de fazenda
 no topo da serra

 flores do cerrado

no ponto mais alto da estrada

 ainda sae ve o pico do Itabirito daqui

estas serras com a cachoeira no meio, são as do Caraça, mas vistas do outro lado

 a cachoeira mais de perto

abaixo a igrejinha em Conceição do Rio Acima

São Paulo - Rio - Minas 52_2016







De vez em quando faço uns passeios meio que repetidos, para visitar amigos, parentes e sempre aparece um lugar novo para visitar. 


É o caso deste Post, onde em cima de um trajeto que já fiz várias vezes, aproveito para encontrar amigos, parentes queridos e sempre adicionar algum ponto extra para conhecer.


O trajeto básico foi – Curitiba – São Paulo – litoral São Paulo – interior de São Paulo e Minas – Belo Horizonte – Juiz de Fora – Rio – Curitiba – total de 3100 km

abaixo segue em duas imagens o trecho de Curitiba até Belo Horizonte e depois de BH até retorno a Curitiba.  No total 17 dias


  




 


Saida foi na quinta feira 3 março de 2016. Estava um dia bonito e a viagem pela Regis sempre me agrada, primeiro pelas paisagens de serra mas também pela carga de recordações que surgem para mim durante esta viagem com duplo ou múltiplos sentidos.  Acontece que passávamos (meus pais, minha irmã e eu) por esta estrada quando havia trechos de terra (lembro disto no trecho de serras entre Registro e divisa PR/ SP), para evitar a volta demorada e cheia de pó através de Capão Bonito e estrada da Ribeira (Adrianópolis, Apiaí etc...). Estou falando de 1963~64 por ai.


Em São Paulo, na casa do Messiano e da Cris, ficamos mais papeando e passeando por ali mesmo, mas acabamos indo conhecer o CAMINHO DO MAR (SP 148). Seria praticamente a primeira via entre o litoral e o planalto de Piratininga, onde podiam passar veículos com rodas etc.  Obra que na forma que vemos hoje (calçada etc.) deve ser da segunda metade do século 19. Chegamos lá mas o pessoal inventou um sistema super complicado para visitar (tem que chegar entre 9 e 9 e meia da manhã, o telefone para agendar isto não é divulgado etc... enfim coisa de órgão publico, onde o menor interesse é facilitar que os cidadãos consigam conhecer o local, claro que sem prejudicar a natureza e as próprias obras).  Ficamos meio sem saber o que fazer, mas encontramos uma estradinha que sai do acesso a este caminho e vai rumo norte (paralelo a serra e beirando pelo lado sul a represa Billings). Chamam de trilha do gasoduto ou rota do sal algo assim.  São uns 15 km de terra. A primeira metade é bem tranquila, depois mais pra frente fica mais complicado (ainda mais nesta época de verão e aguas de março...), recomendável um 4x4. Acabamos saindo no asfalto de novo (SP 122) pertinho da famosa estação de trens de Paranapiacaba. Construida pelos ingleses, pátio grande, dizem que a descida da serra é feita usando cremalheiras etc.. Demos uma passeada por ali e voltamos para casa.  Uma dica, uns 4 km depois de sair da SP 148, a direita da estrada, tem uma trilha de uns 3,5 km até uma cachoeira da torre – que cai direto lá no litoral. Pelas fotos é local imperdível para se visitar. Este acesso de 3,5 km não sei se passa carro, bicicleta, jegue ou o que é que passa.



Em Paranapiacaba bar do Ribeiro e restaurante da Lourdes parecem ser as melhores opções. Ambos ficam do lado de lá dos trilhos. Para chegar de carro lá, tem que sair a direita da estrada uns 4,5 km antes de chegar na cidade.

De São Paulo fui pela Ayrton Senna até Taubaté, dali desci para Ubatuba e fui almoçar no Picinbar em Picinguaba. Vila de pescadores que sempre que posso dou uma parada por ali. Belo local. Fui tentar dormir lá, mas preços completamente fora de orbita. Mas tem o hotel Picinguaba lá que fui visitar e é muito legal. Mas diria que algo para ser feito em boa companhia. Dei uma passada na praia do Camburi (acesso uns 500 metros antes da divisa RJ/ SP na BR 101). Outra praia que conheço faz muito tempo e acho um local muito legal. Era domingo, então a situação tava um pouco muvuca digamos. Afora isto a praia tinha tido ressaca e tava meio suja demais. Enfim, valeu apenas para rever. 


Dormi num hotel na entrada de Paraty, nada especial. Maré tava alta na cidade, agua salgada invadindo as ruas. É legal de ver.  


Dia seguinte subida para Cunha, agora com o famoso trecho de terra (10 km) já calçado com blokret, paisagem sempre bonita. Lá no alto, uns 4,5 km após a divisa de estados (RJ – SP), bem numa curva, sai a direita, uns 4km de terra (passáveis para carros normais), chega no portão de Furnas. Deixa o carro ali. Mais uns 2 km de pista mas com uns 400 metros de  desnível (dá para fazer em 30 a 50 minutos tranquilamente) e a gente chega no topo da pedra da Macela. Local maravilhoso. Vista de 360º fantástica. Só que o lado do litoral tava com neblina. Tem que ir bem mais cedo e no inverno, daí é garantido. Mas não dá pra deixar de ir lá no alto.  Encontrei o Flavio da Macelatur, parece boa gente e pode ser um bom guia na região. 


Vale lembrar que a pista de subida é escorregadia, sapatos com boa aderência vão ser bem uteis. 


Cunha é uma cidade de interior bem simpática. Fiquei no hotel Belvedere do seu Chico (40 reais a diária – já tinha ficado lá outra vez que pousei por aqui) e almocei no restaurante do mercado (comida boa, barra pesada, R$ 12, o almoço). Dizem que a comida no HORA CERTA e  jeca grill  é bem boa. A padaria do Gilson também é ótima para lanches. Tudo isto fica a no máximo duas quadras da matriz.  Fui visitar as cerâmicas, Suenaga e Jardineiro, uma das mais tradicionais, famosa, grande. Legal de ver os fornos e a construção em degraus, para facilitar a subida do calor nos fornos. Fui também no Lei Galvão, produtos menos sofisticados mas preços bem bons. Mieko e Mario são os de padrão artístico mais elevado, coisas muito bonitas, mas os preços já meio fora do meu orçamento.  O que mais gostei de ir foi o Tokai, fiquei um bom tempo batendo papo com a Luciana (paranaense) e gostei muito do astral e do padrão do local. Em geral a produção, queima e venda ficam todas próximas, então a gente fica ali sacando o que o pessoal faz. 


Fui por dentro para Campos Novos de Cunha, depois para Areias (este trecho de terra). Paisagem legal, na saída de Campos Novos a cachoeira do Paraitinga muito bonita. Cachoeira tem de monte nesta região.  A serra da Bocaina vai nos acompanhando pro lado leste, bem mais alta que os terrenos em volta. 

Dormi em Areias no hotel Santana (ex Imperial – R$ 60 a diaria). Construção antiga, as donas cuidando de tudo, muito silencio e tranquilidade. Tabuas do assoalho larguíssimas (50 cm talvez).  Ótimo pouso. Duro é comer nestas cidades. Na praça tem umas lanchonetes que abrem a noite e salvam a situação. 


Fui pra Dutra um trecho curto e peguei a estrada rumo Itamonte até a divisa MG – RJ. Ali a direita rumo ao parque das Agulhas Negras, uns 8 km, sai da estrada e toca a descer de volta rumo a Minas Gerais.  Depois vou tentar fazer um esquemático das estradas que peguei. Mas enfim fui para Fragraria com sua cachoeira e paisagem de montanhas. Alem do mais dali sai uma trilha (Serra Negra) que vai na direção de Visconde de Mauá, coisa de 3 horas para quem é bom nisto. Depois  Monte Belo com suas queijarias. Comprei um queijo parmesão pensando que era queijo Minas, quando fui experimentar foi aquela dissonância. Deixei ele curando e ficou bom demais. Após atravessar uma garganta a gente acompanha as nascentes do rio Grande e vem  Santo Antonio do Rio Grande. Bocaina de Minas,  encontro com a ferrovia do aço e fui dormir em Liberdade no hotel central do Luis. Super bem cuidado, R$ 50 a diária. Mais um lugar difícil de comer a noite. No topo da cidade tem uma igreja com uma estatua de Jesus crucificado, esculpido em madeira, muito bem feita. Vale a visita. 

abaixo um esquema bem simples da região 



Dia seguinte rumo Andrelandia e depois Santana do Garambeu, que fica perto do Rio Grande já bem mais volumoso e com uma cachoeira lindíssima bem na chegada (sul) da cidade. Restaurante Ze Mané – único da cidade, a comida nem tão ruim, mas caro, mal atendido, tudo sujo, um horrozinho.

Passando por Ibertioga (cidade especialmente simpática) cheguei em Barbacena. Mais uma vez no hotel Lucape (R$105  a diária) que eu gosto bastante. Na praça em frente festa de degustação de cervejas, legal mas tudo meio caro....


Dia seguinte foi muito especial pelo trajeto, sai dali, BR 040, Ouro Branco e depois Ouro Preto. Este trecho entre os dois Ouros... é de uma beleza impar. Ouro Branco fica exatamente no pé do maciço de serras que forma o coração das Minas Gerais.  Então passando a cidade a gente já sobe a serra e vai pelo alto até Ouro Preto. Belissimo trajeto. 


A continuação de Ouro Preto até Belo Horizonte vou colocar num outro Post porque é um trecho realmente especial.


Em BH, Ibis da Bias Fortes, preço bom (R$ 103 sem estacionamento nem café). Café da manhã no Mercado Central (3 quadras dali). Almocei com primos e tia no Xapuri. Não conhecia e fiquei fã demais. Muito bom. Ideal para ficar horas, num bom papo e pedindo as maravilhas que saem da cozinha. 


De BH para Juiz de Fora visitar outros primos. No dia que fiquei lá fomos no parque do Ibitipoca (uns 90 km cada trecho). Outro local muito legal de passear. Tem vários roteiros de caminhada. Fizemos o das aguas, umas 3 horas. Na cidade (Conceição do Ibi) almoçamos na Marta (um self  service ao lado da padaria – esta bem ruinzinha – e em frente a pousada Ibitilua). É muito bom ali. Simples e gostoso.  No parque o legal mesmo é fazer a trilha da Janela do Ceu. 


De Juiz de Fora fui pro Rio para mais dois dias e depois parada em São Paulo e finalmente de volta a Curitiba. 


 


Única menção especial no trecho de Juiz de Fora ao Rio, bem na divisa MG e RJ, faz o retorno (7 km depois, na entrada de Levy Gasparian, alternativa, logo após que passa o pedágio, vindo de JF, pegar a entrada para Simão Pereira – saída 817 – e vai uns 11 km pela União e Industria). Tem a ponte antiga, registro de pagamento, ferrovia, estação de Paraibuna (ali na verdade é o rio Paraibuna, o Paraiba do Sul está mais adiante. Mas o principal é a pedra do Mont Serrat. Paredao negro, alto mas principalmente muito largo). Tenho lembranças de infância muito fortes, pois meu pai sempre chamava a atenção que estávamos passando de RJ para MG ou vice versa, quando avistávamos esta pedra.


e ai vão algumas fotos

 o trecho da trilha do gasoduto, a poucos quilometros da praça da Se

abaixo relogio ingles em Paranapiacaba

 casa do chefe da estação (um inglês), hoje museu do local e abaixo as oficinas da estação


 praia Vermelha do Norte em Ubatuba, onde acampamos faz muitos anos e continua um local bonito

abaixo Picinguaba no final do dia

 Paraty 

trecho recem pavimentado da Cunha - Paraty

 vista da estrada para Cunha, serra do Mar ao longe, direção de Angra

abaixo vale do Paraiba visto da pedra da Macela


Cunha vista da Macela e abaixo o lado do litoral já com a neblina cobrindo tudo, ao fundo a Mantiqueira


 o ateliê de Suenaga e Jardineiro, em degraus. O fogo é feito lá embaixo e o calor vem subindo e passando pelos diversos fornos.

abaixo o mercado de Cunha

 Hotel Santana em Areias - lembrando que a estrada entre São Paulo e Rio entre anos 20 e 50 passava por aqui, até inaugurar a via Dutra que acompanha o vale do Paraiba mais de perto. 

abaixo montanhas nas Agulhas Negras

 Araucarias mineiras

abaixo a cachoeira de Fragraria

 Monte Belo

abaixo os primeiros fiapos do rio Grande

 essas serrinhas tem horas que lembram a Bolivia

abaixo encontro com a ferrovia do aço em Carlos Euler, perto de Passa Vinte

 seria um trem ecologico?

escultura em madeira de Jesus do Livramento em Liberdade - MG



cachoeira em Santana do Garambeu



 Já no maciço de serras de Minas Gerais, Ouro Branco lá embaixo e vistas das montanhas ao longe

 pico do Itabirito ao fundo

abaixo criatura estranha no Ibitipoca - minhocão? cobrinha?  tinha lingua mas um jeitão de minhoca.

 imagens do Ibitipoca

relogio de sol


 acima lago dos espelhos

abaixo a prainha

 a ponte de pedra em Ibitipoca

abaixo a famosa pedrona (Mont Serrat) na divisa MG - RJ




 


saindo do Rio as 5 e meia da matina