De vez em quando faço uns passeios meio que repetidos, para
visitar amigos, parentes e sempre aparece um lugar novo para visitar.
É o caso deste Post, onde em cima de um trajeto que já fiz
várias vezes, aproveito para encontrar amigos, parentes queridos e sempre
adicionar algum ponto extra para conhecer.
O trajeto básico foi – Curitiba – São Paulo – litoral São Paulo
– interior de São Paulo e Minas – Belo Horizonte – Juiz de Fora – Rio –
Curitiba – total de 3100 km
abaixo segue em duas imagens o trecho de Curitiba até Belo Horizonte e depois de BH até retorno a Curitiba. No total 17 dias
abaixo segue em duas imagens o trecho de Curitiba até Belo Horizonte e depois de BH até retorno a Curitiba. No total 17 dias
Saida foi na quinta feira 3 março de 2016. Estava um dia
bonito e a viagem pela Regis sempre me agrada, primeiro pelas paisagens de
serra mas também pela carga de recordações que surgem para mim durante esta
viagem com duplo ou múltiplos sentidos.
Acontece que passávamos (meus pais, minha irmã e eu) por esta estrada
quando havia trechos de terra (lembro disto no trecho de serras entre Registro
e divisa PR/ SP), para evitar a volta demorada e cheia de pó através de Capão
Bonito e estrada da Ribeira (Adrianópolis, Apiaí etc...). Estou falando de
1963~64 por ai.
Em São Paulo, na casa do Messiano e da Cris, ficamos mais
papeando e passeando por ali mesmo, mas acabamos indo conhecer o CAMINHO DO MAR
(SP 148). Seria praticamente a primeira via entre o litoral e o planalto de
Piratininga, onde podiam passar veículos com rodas etc. Obra que na forma que vemos hoje (calçada
etc.) deve ser da segunda metade do século 19. Chegamos lá mas o pessoal
inventou um sistema super complicado para visitar (tem que chegar entre 9 e 9 e
meia da manhã, o telefone para agendar isto não é divulgado etc... enfim coisa
de órgão publico, onde o menor interesse é facilitar que os cidadãos consigam
conhecer o local, claro que sem prejudicar a natureza e as próprias obras). Ficamos meio sem saber o que fazer, mas
encontramos uma estradinha que sai do acesso a este caminho e vai rumo norte
(paralelo a serra e beirando pelo lado sul a represa Billings). Chamam de
trilha do gasoduto ou rota do sal algo assim. São uns 15 km de terra. A primeira metade é
bem tranquila, depois mais pra frente fica mais complicado (ainda mais nesta
época de verão e aguas de março...), recomendável um 4x4. Acabamos saindo no
asfalto de novo (SP 122) pertinho da famosa estação de trens de Paranapiacaba. Construida
pelos ingleses, pátio grande, dizem que a descida da serra é feita usando
cremalheiras etc.. Demos uma passeada por ali e voltamos para casa. Uma dica, uns 4 km depois de sair da SP 148,
a direita da estrada, tem uma trilha de uns 3,5 km até uma cachoeira da torre –
que cai direto lá no litoral. Pelas fotos é local imperdível para se visitar.
Este acesso de 3,5 km não sei se passa carro, bicicleta, jegue ou o que é que
passa.
Em Paranapiacaba bar do Ribeiro e restaurante da Lourdes
parecem ser as melhores opções. Ambos ficam do lado de lá dos trilhos. Para
chegar de carro lá, tem que sair a direita da estrada uns 4,5 km antes de
chegar na cidade.
De São Paulo fui pela Ayrton Senna até Taubaté, dali desci
para Ubatuba e fui almoçar no Picinbar em Picinguaba. Vila de pescadores que
sempre que posso dou uma parada por ali. Belo local. Fui tentar dormir lá, mas
preços completamente fora de orbita. Mas tem o hotel Picinguaba lá que fui
visitar e é muito legal. Mas diria que algo para ser feito em boa companhia.
Dei uma passada na praia do Camburi (acesso uns 500 metros antes da divisa RJ/
SP na BR 101). Outra praia que conheço faz muito tempo e acho um local muito
legal. Era domingo, então a situação tava um pouco muvuca digamos. Afora isto a
praia tinha tido ressaca e tava meio suja demais. Enfim, valeu apenas para
rever.
Dormi num hotel na entrada de Paraty, nada especial. Maré
tava alta na cidade, agua salgada invadindo as ruas. É legal de ver.
Dia seguinte subida para Cunha, agora com o famoso trecho de
terra (10 km) já calçado com blokret, paisagem sempre bonita. Lá no alto, uns
4,5 km após a divisa de estados (RJ – SP), bem numa curva, sai a direita, uns
4km de terra (passáveis para carros normais), chega no portão de Furnas. Deixa
o carro ali. Mais uns 2 km de pista mas com uns 400 metros de desnível (dá para fazer em 30 a 50 minutos
tranquilamente) e a gente chega no topo da pedra da Macela. Local maravilhoso.
Vista de 360º fantástica. Só que o lado do litoral tava com neblina. Tem que ir
bem mais cedo e no inverno, daí é garantido. Mas não dá pra deixar de ir lá no
alto. Encontrei o Flavio da Macelatur,
parece boa gente e pode ser um bom guia na região.
Vale lembrar que a pista de subida é escorregadia, sapatos
com boa aderência vão ser bem uteis.
Cunha é uma cidade de interior bem simpática. Fiquei no
hotel Belvedere do seu Chico (40 reais a diária – já tinha ficado lá outra vez
que pousei por aqui) e almocei no restaurante do mercado (comida boa, barra
pesada, R$ 12, o almoço). Dizem que a comida no HORA CERTA e jeca grill é bem boa. A padaria do Gilson também é ótima para
lanches. Tudo isto fica a no máximo duas quadras da matriz. Fui visitar as cerâmicas, Suenaga e
Jardineiro, uma das mais tradicionais, famosa, grande. Legal de ver os fornos e
a construção em degraus, para facilitar a subida do calor nos fornos. Fui também
no Lei Galvão, produtos menos sofisticados mas preços bem bons. Mieko e Mario
são os de padrão artístico mais elevado, coisas muito bonitas, mas os preços já
meio fora do meu orçamento. O que mais
gostei de ir foi o Tokai, fiquei um bom tempo batendo papo com a Luciana
(paranaense) e gostei muito do astral e do padrão do local. Em geral a
produção, queima e venda ficam todas próximas, então a gente fica ali sacando o
que o pessoal faz.
Fui por dentro para Campos Novos de Cunha, depois para
Areias (este trecho de terra). Paisagem legal, na saída de Campos Novos a
cachoeira do Paraitinga muito bonita. Cachoeira tem de monte nesta região. A serra da Bocaina vai nos acompanhando pro
lado leste, bem mais alta que os terrenos em volta.
Dormi em Areias no hotel Santana (ex Imperial – R$ 60 a
diaria). Construção antiga, as donas cuidando de tudo, muito silencio e
tranquilidade. Tabuas do assoalho larguíssimas (50 cm talvez). Ótimo pouso. Duro é comer nestas cidades. Na
praça tem umas lanchonetes que abrem a noite e salvam a situação.
Fui pra Dutra um trecho curto e peguei a estrada rumo
Itamonte até a divisa MG – RJ. Ali a direita rumo ao parque das Agulhas Negras,
uns 8 km, sai da estrada e toca a descer de volta rumo a Minas Gerais. Depois vou tentar fazer um esquemático das
estradas que peguei. Mas enfim fui para Fragraria com sua cachoeira e paisagem
de montanhas. Alem do mais dali sai uma trilha (Serra Negra) que vai na direção
de Visconde de Mauá, coisa de 3 horas para quem é bom nisto. Depois Monte Belo com suas queijarias. Comprei um
queijo parmesão pensando que era queijo Minas, quando fui experimentar foi
aquela dissonância. Deixei ele curando e ficou bom demais. Após atravessar uma
garganta a gente acompanha as nascentes do rio Grande e vem Santo Antonio do Rio Grande. Bocaina de
Minas, encontro com a ferrovia do aço e
fui dormir em Liberdade no hotel central do Luis. Super bem cuidado, R$ 50 a diária.
Mais um lugar difícil de comer a noite. No topo da cidade tem uma igreja com
uma estatua de Jesus crucificado, esculpido em madeira, muito bem feita. Vale a
visita.
abaixo um esquema bem simples da região
abaixo um esquema bem simples da região
Dia seguinte rumo Andrelandia e depois Santana do Garambeu,
que fica perto do Rio Grande já bem mais volumoso e com uma cachoeira lindíssima
bem na chegada (sul) da cidade. Restaurante Ze Mané – único da cidade, a comida
nem tão ruim, mas caro, mal atendido, tudo sujo, um horrozinho.
Passando por Ibertioga (cidade especialmente simpática)
cheguei em Barbacena. Mais uma vez no hotel Lucape (R$105 a diária) que eu gosto bastante. Na praça em
frente festa de degustação de cervejas, legal mas tudo meio caro....
Dia seguinte foi muito especial pelo trajeto, sai dali, BR
040, Ouro Branco e depois Ouro Preto. Este trecho entre os dois Ouros... é de
uma beleza impar. Ouro Branco fica exatamente no pé do maciço de serras que
forma o coração das Minas Gerais. Então
passando a cidade a gente já sobe a serra e vai pelo alto até Ouro Preto.
Belissimo trajeto.
A continuação de Ouro Preto até Belo Horizonte vou colocar
num outro Post porque é um trecho realmente especial.
Em BH, Ibis da Bias Fortes, preço bom (R$ 103 sem
estacionamento nem café). Café da manhã no Mercado Central (3 quadras dali).
Almocei com primos e tia no Xapuri. Não conhecia e fiquei fã demais. Muito bom.
Ideal para ficar horas, num bom papo e pedindo as maravilhas que saem da
cozinha.
De BH para Juiz de Fora visitar outros primos. No dia que
fiquei lá fomos no parque do Ibitipoca (uns 90 km cada trecho). Outro local
muito legal de passear. Tem vários roteiros de caminhada. Fizemos o das aguas,
umas 3 horas. Na cidade (Conceição do Ibi) almoçamos na Marta (um self service ao lado da padaria – esta bem
ruinzinha – e em frente a pousada Ibitilua). É muito bom ali. Simples e
gostoso. No parque o legal mesmo é fazer
a trilha da Janela do Ceu.
De Juiz de Fora fui pro Rio para mais dois dias e depois
parada em São Paulo e finalmente de volta a Curitiba.
Única menção especial no trecho de Juiz de Fora ao Rio, bem
na divisa MG e RJ, faz o retorno (7 km depois, na entrada de Levy Gasparian,
alternativa, logo após que passa o pedágio, vindo de JF, pegar a entrada para
Simão Pereira – saída 817 – e vai uns 11 km pela União e Industria). Tem a
ponte antiga, registro de pagamento, ferrovia, estação de Paraibuna (ali na
verdade é o rio Paraibuna, o Paraiba do Sul está mais adiante. Mas o principal
é a pedra do Mont Serrat. Paredao negro, alto mas principalmente muito largo).
Tenho lembranças de infância muito fortes, pois meu pai sempre chamava a
atenção que estávamos passando de RJ para MG ou vice versa, quando avistávamos
esta pedra.
e ai vão algumas fotos
abaixo relogio ingles em Paranapiacaba
casa do chefe da estação (um inglês), hoje museu do local e abaixo as oficinas da estação
praia Vermelha do Norte em Ubatuba, onde acampamos faz muitos anos e continua um local bonito
abaixo Picinguaba no final do dia
Paraty
trecho recem pavimentado da Cunha - Paraty
vista da estrada para Cunha, serra do Mar ao longe, direção de Angra
abaixo vale do Paraiba visto da pedra da Macela
Cunha vista da Macela e abaixo o lado do litoral já com a neblina cobrindo tudo, ao fundo a Mantiqueira
o ateliê de Suenaga e Jardineiro, em degraus. O fogo é feito lá embaixo e o calor vem subindo e passando pelos diversos fornos.
abaixo o mercado de Cunha
Hotel Santana em Areias - lembrando que a estrada entre São Paulo e Rio entre anos 20 e 50 passava por aqui, até inaugurar a via Dutra que acompanha o vale do Paraiba mais de perto.
abaixo montanhas nas Agulhas Negras
Araucarias mineiras
abaixo a cachoeira de Fragraria
Monte Belo
abaixo os primeiros fiapos do rio Grande
essas serrinhas tem horas que lembram a Bolivia
abaixo encontro com a ferrovia do aço em Carlos Euler, perto de Passa Vinte
seria um trem ecologico?
escultura em madeira de Jesus do Livramento em Liberdade - MG
cachoeira em Santana do Garambeu
Já no maciço de serras de Minas Gerais, Ouro Branco lá embaixo e vistas das montanhas ao longe
pico do Itabirito ao fundo
abaixo criatura estranha no Ibitipoca - minhocão? cobrinha? tinha lingua mas um jeitão de minhoca.
imagens do Ibitipoca
relogio de sol
acima lago dos espelhos
abaixo a prainha
a ponte de pedra em Ibitipoca
abaixo a famosa pedrona (Mont Serrat) na divisa MG - RJ
saindo do Rio as 5 e meia da matina
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