Este post se encaixa
dentro de um trio (Portugal e França os outros dois) da viagem de 98 dias (!!!)
que fizemos pela Europa (no post da França dou mais detalhes, se for de
interesse....). Enfim, depois de 3 semanas em Portugal (post anterior
especifico...) e 3 na França, fomos dar umas voltas pela Grã Bretanha. Fui esclarecer
as diferenças de nomes e e o seguinte: Grã Bretanha e a ilha que agrega
Escocia, pais de Gales e Inglaterra. Reino Unido junta estes 3 mais a Irlanda do Norte. A Irlanda em si - apesar de estar no mesmo conjunto de ilhas, mas não faz parte deste "conglomerado".
Projeto antigo meu de
ir dirigindo de Londres ate Escocia. Fomos pelo lado mais a oeste da ilha e
voltamos pelo lado mais a oeste.
Quanto a dirigir do
lado direito do carro, tem que ter um pouco de cuidado. Levei uns 3 a 4 dias
para ficar mais tranquilo, mesmo assim o lado esquerdo (do passageiro) as vezes
subia um pouco na calcada nas esquinas.... Depois de uma semana tudo isso
passa.
Falando em particularidades
– outra coisa simplesmente incrível é a tal tomada inglesa. Diferente de tudo.
Leve de casa ou compre uma logo que chegar
Olha a cara da tomada.
Alguns locais mais modernos, já tem na parede além desta tomada, um plug USB,
mas não é comum isto
Estávamos na Franca,
então voamos de Paris para Londres. Perdemos a ótima oportunidade de fazer o
trecho de trem. Mas ocorre que como compramos uma passagem com várias paradas,
o preço total ficou irresistível.
A)
APRECIAÇÃO
GERAL
A Grã-Bretanha como um
todo me pareceu economicamente MUITO ativa, movimento nas ruas, nas lojas,
gente com sacola nas ruas, supermercado sempre com bastante gente e
principalmente as estradas, sempre com muito movimento.
Mas já descer em
Heathrow é muito louco. O aeroporto é gigantesco. 4 terminais enormes, pelo
menos. Uma sequência continua de aviões pousando e decolando etc... Do lado de
fora muito transito. Pegamos o carro na Álamo e já seguimos direção oeste,
fugindo (fugir de Londres é algo estranho – melhor dizendo – nos afastando) de
Londres, que ficou para o final do roteiro. Um estilo de vida no geral bem diferente
da França, Espanha ou Portugal. Movimento muito mais intenso. Padrão médio dos
carros é mais alto, enfim, por mais que falem do Brexit, não tem como negar que
o agito na Inglaterra está num patamar mais alto. Na verdade, andando mais pelo pais – muita
coisa lembra o funcionamento dos EUA.
Desde outras visitas
(especificamente em Londres) e agora mais ampliada, nunca vi um pais onde as diferentes
culturas, religiões etc convivem de forma tão tranquila. Não quero afirmar que
não existe racismo ou preconceito. Não tenho como fizer isto e acharia pouco
provável se alguém fizesse tal afirmação. Mas dentro do possível dá para sentir
uma aceitação muito tranquila do “outro”. Cada um na sua – tudo na linha –
vamos respeitar a lei e eu te respeito e você me respeita. E estamos
conversados. Vida que segue...
Nesta linha –
impressiona a agilidade (a la USA) em tudo. Supermercado etc. Pessoal sempre
calmo mas muito agilizado. Um bom exemplo – no super mercado o cara vai
passando as coisas no caixa e enviando para uma divisória, quando ele termina
de te cobrar, já começa a cobrar do outro e mandar pruma segunda divisória.
Voce tem que colocar tudo no carrinho de volta (não tem saco plástico de jeito
nenhum) e se quiser embrulhar/ empacotar melhor, tem um balcão afastado onde vc
pode fazer isto. Nada de ficar segurando o caixa enquanto empacota tuas
compras...Interessante que este sistema acaba ficando mais rápido que o auto-
atendimento (ou quase...)
Nas rodovias o uso de
rotulas (onde vc entra e vai para a esquerda – atenção !!) é amplamente
difundido. Tem bastante pra tudo que é lado. Algumas com sinaleiro, a maioria
não.
Quantidade de obesos
me pareceu maior que na França, mas é uma observação muito parcial.
Algumas cidades quando
você vai chegando tem um aviso de cobrança extra devido a qualidade do ar. Na
verdade carros mais antigos pagam uma taxa extra para circular nesta área. Tem
um site que você consulta e verifica se teu carro precisa pagar ou não (e –
claro – paga ali mesmo)
Impressionante a
quantidade de cachorros como bicho de estimação. Por toda a parte. Restaurante,
igreja etc... Muito mais que qualquer outro lugar que já estivemos.
Bastante carro elétrico
(puro) pelas ruas. E – por consequência (ou seria causa?) muito ponto de
carregamento de bateria dos mesmos. Sempre com alguém usando.
Os quartos de hotel,
como nos EUA novamente, sempre tem uma cafeteira e alguns saches de chá e algum
café para fazer. Ajuda e é útil. Até
meio aquecemos uma sopa com uma destas....
Pagamento por cartão
de aproximação é super difundido (já comentei ai mais abaixo, em algum lugar),
mas até doação em igrejas e para artista de rua é feita com terminal de
aproximação. E, como consequência, bem comum lugar que não aceita dinheiro
vivo, cash, espécie etc..
A comida em geral não
é ruim, mas não é nada especial. Sempre razoável digamos. Os doces em geral
ruins. Muita massa ou muito doces (o tal fudge.... um doce de leite só que mais
doce e mais massudo..). Enfim – dá para se virar, não dá para reclamar. Mas
depois de andar por Portugal e França, a comparação fica difícil.
b) ROTEIRO
Saindo de Heathrow
rumo Oeste, dormimos logo perto do aeroporto e dia seguinte rumo a Stonehenge.
Lugar que eu queria conhecer faz muito tempo. Tudo organizado para a visita.
Muito bom ficar ali, dando a volta no monumento, pensando o papel que aquele
conjunto de pedras teve para diferentes culturas. Lembrando que mesmo antes de
haver aquela “instalação” de pedras, o local já era considerado sagrado ou
especial. Trata-se de região relativamente elevada, com vista de longa distância
para todos os lados. Dali fomos dar uma olhada na cidade vizinha – Salisbury –
totalmente inglesa. As ruelas, as construções praticamente medievais, as lojas.
Tudo bem organizado, ajeitado. Não tem como parar o carro se não for em áreas
regulamentadas e pagas. As cidades são apertadas e pequenas, daí não tem espaço
para simplesmente parar o carro. A gente sofre um pouco para se ajustar com
isto. Alguns estacionamentos são limitados a uma ou duas horas, outros só
aceitam moedas ou notas, mas acaba tendo a opção do cartão de credito. Na
verdade, com o prosseguir da viagem, deu para comprovar que o uso do cartão
aqui é muito difundido ou generalizado. Incluindo o de aproximação. Ônibus,
estacionamento, banheiro público etc... Tudo se paga com cartão por
aproximação. Até os Double Decker (os tradicionais ônibus de dois andares,
vermelhos em Londres e outras cidades, nem sempre vermelhos).
Sobre os
estacionamentos, nunca vi ninguém conferindo os horários, mas vi carros com
multa. Aliás, não existe por aqui em geral vagas para idosos. Naturalmente que
para pessoas com dificuldades de locomoção tem. Mesmo desconto para idoso,
raramente tem e quando tem é mínimo. Enfim – todos tratados como iguais. Me
parece correto. Se vc – idoso ou não – tem uma dificuldade especial, vamos
tratar o caso pontualmente e não estender para um grupo enorme vantagens que
não tem nada a ver.
Enfim – dia seguinte
rumo noroeste para Bath. Onde ficam os famosos banhos romanos. Estão bem
conservados, chego a suspeitar que foi praticamente tudo refeito ali, afinal o
local é uma super atração turistica. Está tudo muito cuidado, bem acabado
etc... Mas – enfim – é basicamente uma piscina, abaixo do nível da rua, com
salas de banho em volta. Fora isto a cidade é muito bem ajeitada, o rio
cortando a mesma, ruas bem cuidadas, algumas construções interessantes
(moradias) e uma dica de amiga que adoramos – um cachorro quente na saída dos
banhos – delicioso. Com salsicha ótima, aqui na verdade a salsicha tem um jeito
muito mais de linguiça do que de salsicha. E os recheios deliciosos. Parece que
está ali faz tempo. Stall st com Abbey churchyard. O rio que passa por ali é o
famoso Avon... que serpenteia bastante pelo sudoeste da Grã Bretanha.
Final do dia fomos
para Bristol. Em Bristol pegamos um apartamento. É bom de vez em quando. A
gente pode cozinhar, tomar um vinho sem se preocupar com a volta pro hotel etc...
A cidade é muito interessante. Uma das que mais gostamos de visitar neste giro
pelas ilhas britancias.... Visitamos a catedral, a beira rio, o bairro antigo,
os canais, antigos ancoradouros que viraram restaurantes ou bares. Enfim –
muito bom tudo por ali. Outra coisa legal, que os estacionamentos no centro são
grátis ou bem baratos após 16 horas. Voltado para facilitar pros turistas... ou
algo nesta linha. Ali comemos o primeiro fish and chips da viagem, num pub bem
no centro. Estava especialmente gostoso. Mas é um file de peixe empanado (cod
ou haddock) com batatas fritas. Enfim – um monte de fritura e nem sempre fica
bom. A gente come um ou dois a basta para ter uma ideia.... Problema que em
alguns locais chamam de fish battered e na verdade é a mesma coisa.
De Bristol fomos por
estradinhas secundarias ou terciarias, através de uma região chamada
Cirencester. Várias vilas bonitas, igrejas antigas (normalmente século 12 ou
13) , florestas maiores ou menores, um tipo de galinha misturado com faisão – não
descobri o nome – mas que fica solto pelas estradas. Até chegarmos em Oxford.
Era sábado então movimento forte. Complicado estacionar e bem caro caro (23
libras do meio da manhã até 5 da manhã do dia seguinte). Mas vale a pena. A
cidade é grande e agitada. Estudantes e turistas se misturando. Alguns dos
colégios em reforma. Mas o mais interessante sempre é pegar ruas laterais, com
suas construções antigas, de repente um parque, campo. Gente curtindo o sol
(todos já sentem o verão indo embora.... Ali conhecemos uma moça brasileira, de
Manaus, que veio pra Europa faz mais de 20 anos, mora por ali, tem uma agencia
que providencia serviços de diarista (recebem 12 libras a hora). Motivo
principal que ela veio e enfrentou a barra foi para que os filhos tivessem uma
formação melhor. Tipo – quem quer, vai lá e faz....
A Universidade em si,
fundada em 1096 (isso mesmo, sec 11) compõe-se de 38 colegios, cada um deles
independente e cuidando de si. No centro da cidade tem uma estátua grande de um
touro, já que Oxford originalmente significa um local de passagem de gado por
um rio (um vau digamos).
Dormimos ali perto,
para o dia seguinte continuar por mais estradinhas e mais vilas e paisagens
legais. São estradas estreitas, secundarias, mas sempre com bastante movimento.
A cidade mais legal neste
trecho é Chiping Campdem. Medieval, apenas uma rua praticamente, mercado
coberto bem antigo (ssec 13), lojinhas, pátios, portas etc... Depois fomos dormir em Birmingham.
Praticamente como ponto de parada apenas. Mas no dia seguinte logo cedo fomos dar
uma volta pela cidade. Com seus canais, uma praça central fantastica, mais pra
um centro cívico, com uma biblioteca gigantesca e em estilo arquitetônico bem
marcante. Bastante frequentada. Aliás, várias
bibliotecas que a gente olhou – sempre movimentadas. E tem bastante biblioteca
por toda a parte. Enfim – cidade importante com muita coisa, mas a gente queria
seguir adiante mesmo.
Entramos pelo pais de
Gales, umas pequenas diferenças na sinalização, de vez em quando uma placa em
gaélico e inglês, mas quase imperceptível. Região mais ondulada um pouco.
Chegamos na beira do mar e fomos dormir em Bangor. Escolhida por ser um ponto
estratégico para visitar alguma coisa por ali. Nesta parte as montanhas já são
bem altas. Faixa de 800 metros, um pouco mais.
No caminho paramos na
Ironbridge. Ponte antiga, de ferro, num local especialmente bonito. Valeu o
desvio.
Bangor é uma cidade
universitária a beira mar – nada especial, a não ser ver como o movimento das
marés aqui é bastante pronunciado. Coisa de 4 metros entre maré alta e
baixa....Ficamos num hotel dentro de um centro universitário. Legal. Café da manhã
junto com estudantes e professores. Experiência diferente.
Dali fomos visitar a
fortaleza de Caernarfon – primeiras instalações ali são do final do sec 11. Muito
bem cuidada, foi legal. Um verdadeiro castelo medieval, com passagens
estreitas, escadas inesperadas, vista para toda a volta etc... Foi um dos
castelos/ fortaleza mais interessantes que já fomos.Alem do mais, tem varias
lendas cercando a fundação e construção da mesma. Conectando com resquícios do
império Romano.
Demos umas voltas pela
cidade. Almoçamos, não pela primeira vez, num pub. A comida é boa, nada
especial, mas os outros componentes são muito bons. Pessoal de todo o tipo,
grupos conversando, comida bem razoável e com preços razoáveis, mas o mais
legal e: você chega no balcão pede comida e bebida. Paga na hora, já recebe as
bebidas e a comida te levam na mesa. Bom demais. Acabou, quando quiser, levanta
e sai. Simples assim. Raramente cobram gorjeta ou algo similar. Na França menos
ainda. Em Portugal varia entre sugerir ou já colocar.... Costumes, culturas,
maneiras de encaminhar os assuntos
No dia seguinte, com o
tempo bem ruim, fomos subir o pico de Snowdown ou Snowdonia. Ponto mais alto da
região. 1085 metros. Creio ser o ponto mais alto do pais de Gales (ponto mais
alto das ilhas Britânicas fica na Escócia a 1343 metros). Infelizmente o tempo
não ajudou. Chuvoso, nuvens baixas. Metade ou pouco mais da subida foi com
alguma visibilidade, depois neblina total. Frio e chuvoso. Mas enfim.... Fazer
o que... Pagamos, vamos. Foi legal o
passeio mas ficou faltando a vista lá de cima que – dizem – e maravilhosa.
Dali fomos visitar uma
ponte onde um canal passa por cima de outro rio. É, tecnicamente, um aqueduto, Pontcysyllte
o nome. Tem uma calçada para pedestres e junto um canal com um pouco mais de 2
metros de largura, para passar barcos (estreitos), similares aos que circulam
por Birmingham. Imagino que exista uma rede destes canais pela GB, feitos no séc.
19 e que agora tem um uso mais para a diversão ou lazer. No total deve ter
quase 4 metros de largura (calçada mais canal).
Já com tempo escuro
chegamos a Liverpool. Foi um dia cansativo. As estradas na GB em geral são bem
estreitas, sem acostamento e o pessoal anda rápido. Fora o cuidado por estarmos
dirigindo do “outro lado” do carro. Então um dia inteiro acaba deixando a gente
cansado. Tem auto pistas, com 2 ou 3 faixas, mas só entre os centros
principais. Aproveitando, todas as estradas sem pedágio. Só pagamos pedágio ao
atravessar uma ponte que entra direto em Liverpool.
E aqui estamos, na
terra dos Beatles.... Inicialmente tinha dúvidas sobre parar aqui. Valeu muito
a pena. Cidade muito interessante, cheia de atrações. Não tão grande ou agitada
como Birmingham (mais estilo Bristol) – mas com muita coisa interessante de ver
e para coroar – visitar os tais lugares “pisados” pelos Beatles. Cavern Club (a rua toda é
cheia de locais, lojas, museus etc relacionados aos Beatles e música em geral),
a estatua deles e o mega museu na beira
do Rio – bem organizado, a casa da infância de John e Paul etc. Aliás – a entrada orginal do Cavern está lá
ainda , mas fechada, pois ia ser transformada em alguma coisa relacionada com
infraestrutura da cidade. Acabou não sendo (lá o governo faz das suas também).
E uns 15 metros do lado é a entrada atual.
Centro mostra que foi
uma cidade bem mais rica e destacada em épocas passadas (devido ao porto
basicamente, comercio e essas coisas). Prédios imponentes, outra biblioteca pública
fantástica, museu de arte, a estação de trem central. Enfim – bons passeios,
boas visitas
A catedral é
especialmente bonita – fica no final da Bold Street – que é a rua do agito
noturno. Interessante que eles não cobram entrada, mas lá dentro tem um monte
de quiosques e outras formas de obter receita. Notamos isto não só aqui, mas em
geral nas igrejas aqui na GB. Mesmo as que são pagas, lá dentro é um verdadeiro
mini-shopping, com lembranças, artigos religiosos, café etc...
Dali, saindo um pouco
do rumo Norte e indo para Noroeste fomos para o tal distrito dos lagos. O lago
principal e o Windermere. Mas tem um monte de lagos por ali, belas montanhas,
paisagens fantásticas. Várias cidadezinhas ao longo da estrada. Em Windermere
chega até trem... Coisa boa. Gostamos muito de duas cidadezinhas – Ambleside e
Keswick. Mas os passeios que fizemos – todos fantásticos. Tem um monumento de
pedras, tipo Stonehenge mas mais simples, porém entrada grátis, bem menos gente
e paisagem maravilhosa – chamado Castlerigg. Depois por uma estradinha muito
estreita – tem que dirigir com cuidado mesmo – fomos até dois passos (pontos
mais altos da estrada) com uma paisagem fantástica. São os Wry Nose e Hardknott
e por fim um passeio entre Keswick e Buttermere – Honister pass. Tudo muito
bonito. Em clima mais ameno – caminhar por lá deve ser coisa muito boa. Mas as
estradinhas são bem estreitas. Então é constante a necessidade de dar uma
manobrada para conseguir cruzar com outro veículo.
Seguindo em frente,
finalmente entramos na Escócia. Não dá para sentir muita diferença.
Aparentemente a vigilância policial um pouco mais forte, de vez em quando
cartazes ou avisos em escocês e inglês, mas não muito. Paisagem começa a ficar
mais ondulada e o espaçamento entre cidades e vai ficando maior. Praticamente só
campo para gado. Muito pouca plantação -até porque estamos na boca do
inverno... Que – diga-se - por aqui não
deve ser fácil.
Esta região mais ao
sul da Escocia é chamada de lowlands. Tem morros, colinas etc.. mas bem menos
que a parte mais ao norte, chamadas highlands.
Glasgow é uma cidade
legal, mas nada muito especial para se ver. Claro, tem dois museus de arte
muito legais. O museu do transporte, na beira do rio, é bem interessante. Mas
no geral é uma cidade muito pouco turística e bastante voltada para vida
universitária e negócios em geral. Interessante pensar quanta coisa ligada a
siderurgia, metais, saiu daqui. Ate o farol da Ilha do Mel.
Aproveitando – na
Inglaterra também compramos um chip da Orange (não procurei muito) – 10 Pound
para 30 dias, mas apenas 7Giga de volume de dados – deu na estica, pois a gente
acaba usando muito o GPS para se orientar. Em compensação onde vc pára tem
wi-fi.
E vamos adiante, agora
indo rumo norte- noroeste para a região mais montanhosa da Escócia, as tais
Highlands. Já adianto que do pouco que vimos é realmente uma região muito
bonita. Especialmente. Montanhas, lagos, florestas, cachoeiras, estradinhas por
todo o canto, vilas com cara de filme do Harry Potter ou algo assim.
Começamos passando
pelo lago Lomoch, que é um dos maiores, pertinho de Glasgow e naturalmente com
uma povoação mais intensa. É destino turístico muito forte na região. Mas as
paisagens já são bem diferentes, montanhas, lagos etc... Já comentei antes.
Tomamos um desvio para cruzar direto rumo ao Loch Long. Alguns lagos tem saída
pro mar, outros não. Passamos por Arrochar, demos uma saída do rumo para
visitar a ponta do Loch Goil na vila de Loch Goilhead. Estradas sempre
estreitas, então preciso andar com atenção, pessoal cruza nestas estradas sem
reduzir muito a velocidade, fora que tem caminhão e ônibus. Esta última vila,
super afastada, isolada. Mas tudo sempre bem instalado, ajeitado. Lojinha com
itens mais urgentes, escola, ponto de ônibus com o horário – que por
coincidência foi seguido quando estávamos por ali. Varios barcos de todo o tipo
ancorados por ali. Local de moradia mas creio bastante de veraneio também.
Dormimos em Inveraray,
onde tem o famoso castelo. E uma cidade mais antiga, parece que era importante
faz séculos. Uma coisa legal por aqui e
da mesma forma na Franca (em Portugal menos um pouco) é que tem muita
estradinha pra tudo que é lado e sempre pavimentadas mesmo que estreitas. Então
dá para ir fazendo roteiro alternativo, desviando, voltando etc.
Enfim – neste trecho
da estrada a gente vai entrando numa região ainda mais montanhosa e bonita. A
intenção (realizada) foi fazer um tipo de volta em torno de uma cadeia de
montanhas, chegando a Glencoe do outro lado, fomos pelo lado Oeste, ou sentido
dos ponteiros do relógio. Passamos perto de Oban (porto importante para as
ilhas no extremo norte do arquipélago da Grã Bretanha) fomos rumo norte por um
tempo e comecamos a voltar, passando por Glencoe e indo na direção de Dalmaly.
Este foi um dos trechos mais bonitos de toda esta viagem. Na verdade, um dos
trechos de estrada mais bonitos que já passei na vida. De Glencoe até Dalmaly
especificamente. Paisagem magnifica. Vai subindo lentamente num vale até uma
passagem onde começa a descer de volta. Observando que a gente não passa dos
300 metros de altitude. Os picos mais altos a nossa volta dificilmente chegam
muito além dos 1.000 metros de altitude. Que paisagem maravilhosa, ainda
tivemos a sorte de pegar fim de tarde, com o sol já bem inclinado. Aliás neste
trecho foi o ponto mais ao Norte que estivemos. Quase 57 graus. Daí fiquei
remexendo na cabeça, e lembrei de um lugar na Finlandia que fui nos anos 90,
que era um pouco acima de 61 graus. Este sim o ponto mais ao Norte que já
estive na vida e com certeza longe do ponto mais ao sul que já estive (estancia
Haberton na Terra do Fogo, coisa de quase 55 graus Sul).
Enfim, fomos dormir em
um lugar misterioso em Dalmaly. Tinha uma tempestade chegando, impressionante
como todo mundo fica alertado, mais cuidadoso. Serviço de trens fica reduzido
etc. Neste hotel que ficamos, somente nós dois e a senhora que cuida do mesmo.
No meio do mato, muito vento e chuva. E um barulho estranho, parecendo alguém
mexendo em chaves ou algum tipo de metal (facas? Foices? Rsrsrs) – no fim era
apenas a ventoinha do banheiro que estava torta e o vento fazia ele bater no
tubo de metal. Muito engraçado como uma certa conjugação de fatores nos leva a
suspeitar que algo de horrível vai acontecer. Eliana ficou bem preocupada. Eu
um pouco, mas vi que ia ter que ajudar a manter a situação sob controle. Não
tinha muito o que fazer...
Dia seguinte rumamos
para Perth, paisagem ainda linda, mas muito galho pela estrada, trechos um
pouco inundados, transito exigindo ainda mais cuidado. Ficamos dentro do hotel
em Perth, pois a chuva não deixava sair. Pena, a cidade parece ser pequena, mas
interessante. A região que ficamos, na beirada da cidade é totalmente estilo
americano. Ruas largas, acessos e parques de estacionamento enormes, conjuntos
de lojas (Mall) agrupadas nas “esquinas”. Aliás na Inglaterra em geral, as
regiões com ocupação mais recente são sempre assim, estilo americano total e
eles sabem e acham ótimo.
Por sorte tinha um pub
(americanizado – mistura de pub com um Diner americano) por perto, comemos por
ali mesmo. Dia seguinte rumo Edinburgo, chuva mais tranquila, mas o tempo frio
no geral. A chegada em Edimburgo é especialmente bonita (vindo do Norte) – pois
uma longa e belíssima ponte cruza a foz do rio Forth que é chamado Firth of
Forth (que é simplesmente o estuário do Forth – vem do Nordico – Fiord.....).
São quase 3 km de ponte elevada, ao longe a cidade etc. Ficamos num apartamento
não muito próximo do centro, mas numa vizinhança bem agradável de caminhar e
com a facilidade de preparamos o café da manhã do nosso jeito. Interessante que
o café da manhã inglês básico é salsicha (na verdade tem mais jeito de linguiça),
ovo frito. Cogumelos. Bacon, feijão (levemente adocicado mas no geral gostoso)
e torradas. Muito bom. Nos acostumamos rapidinho.
Edimburgo é uma cidade
especialmente bonita, provavelmente a mais bonita que estivemos neste trajeto
pela GB, com a exceção de Londres que estaria em outra categoria (metrópole). Agradável
de caminhar, seja visitando o castelo, a Royal Mile (rua que conecta o palácio
real até o castelo e que tem 1800 metros –que passou a ser a tal milha escocesa…).,
os morros praticamente dentro da cidade, as ruas com lojas muito bem ajeitadas,
os parques etc... Interessante a estação de trem que fica bem no meio da
cidade, rebaixada (e com tuneis por baixo da cidade nas duas direções).
Em frente de onde
estávamos passava uma linha de ônibus double decker (2 andares) e como é bom ir
lá em cima na primeira fila de bancos. Fim de semana, como horário mais espaçado.
Optamos por pegar o carro e fomos estacionar perto de onde passa o bonde que
vai pro aeroporto. Carro fica na rua tranquilo. Como é bom circular sem
preocupação quanto a roubo no carro, cuidadores de carro etc. Centro de
Edimburgo e bem complicado e caro para deixar o carro por mais tempo. Até 1~2
horas em geral consegue lugar na rua. Mas é o limite
Fomos no tumulo do
Adam Smith que eu particularmente admiro, não só pelo que escreveu, mas pelo
tipo de pessoa, discreta e frugal que foi. Passear pelo alto da Calton Hill
vendo a cidade e região a toda a volta foi uma das coisas que mais gostei.
Existem vários museus
interessantes por lá. Optamos pela National Gallery of Scotland (atrás da Royal
Academy) – dedicada a pintores escoceses e internacionais. Tem vários museus
com as palavras National e Gallery no nome. Então é bom checar bem. Este (e
vários outros) são grátis e muito bem organizados, muito agradáveis de ficar e
passear. As ruelas da parte antiga, em torno da Royal Mile, valem uma passada.
Tem umas passagens super estreitas, também muito interessante.
A partir dali nosso
rumo virou 180º - começamos a ir pro Sul e num ritmo bem mais rápido do que foi
a vinda até aqui.
Uns 150 km ao sul encontramos
a famosa muralha de Adriano, feita pelos romanos (entre 120 e 130 DC) para
impedir os bárbaros ao norte de avançarem sobre a área romana. A muralha vai de
lado a lado da ilha, uns 140 km nesta região e atualmente tem na faixa de 1
metro de altura, onde aparece. Alguns lugares têm acesso livre, outros são
pagos. Existe trilha seguindo a muralha, não sei se por toda a extensão – mas
diria que sim.
Antes de chegar aí, no
topo de uma elevação, tem um marco com a divisa Inglaterra – Escócia. Muito
legal de parar e dar uma olhada e pensar quanta guerra, batalha, luta pelo
poder etc. rolou por causa desta fronteira.
Logo adiante
encontramos as ruinas de Fountains Abbey. Um conjunto de construções do séc.
12, que incluía fabricas, hospital etc. Me lembrou um pouco as missões
jesuíticas guarani aqui na América do Sul. Muito legal, tanto as construções
(já praticamente em ruinas, mas com paredes ainda altas, permitindo ter boa
ideia dos locais quando em bom estado), mas também pela localização, num tipo
de vale, muito verde, com florestas em volta. Gostamos muito deste local.
No dia seguinte fomos
visitar a famosa catedral de York, muito grande. Difícil é chegar até ela pois
a cidade é bem apertada, quase congestionada. Sempre nos chamam a atenção os
vitrais, os arcos, os altares laterais. Tudo muito bem cuidado. York tem um
museu do transporte (mais focado em ferrovias) que eu tinha vontade de visitar,
mas simplesmente não conseguimos estacionar o carro numa distância razoável.
Fora que chovia bastante. Dormimos em
Nothinghan e no dia seguinte logo cedo fomos ver o famoso castelo onde Robin
Hood – supostamente – causava furor. O Castelo fica no centro da cidade, não
nos animou a entrar e fomos em frente. Na verdade deu a impressão de ser bem
sem graça.
Logo depois chegamos a
Stamford, cidade medieval (fico pensando se alguma destas cidades não é
medieval....) Mas com a característica de estar mantida de forma muito próxima
ao estilo original e ser feita com uma pedra mais clara que o usual. Dando um
efeito bem diferente. Muito interessante ficar se enfiando nas ruelas,
admirando tudo que tiver para admirar.... Para variar almoçamos num pub. Famílias,
amigos, colegas de trabalho etc. por ali também. Interessante que apesar de ser
uma cidade histórica, a parte comercial da cidade – uma rua para pedestres
apenas – é de alto padrão, com lojas muito boas, tudo muito arrumado.
Dormimos num hotel na
entrada de Cambridge (outro local de acesso difícil, estacionamento caro etc.).
Este hotel era interessante, pois a gente pegava a chave pendurada num quadro
aberto e acessava o quarto diretamente, sem contato com ninguém. Dia seguinte,
deixamos o carro num estacionamento ali perto. Gratuito e público. E dai pega
um ônibus (pago) até o centro de Cambridge. Coisa de 10 minutos o percurso.
Chovia bastante e
vários prédios em obras. Mas gostamos muito do jeitão da cidade. Menos
tumultuada que Oxford, ruas mais estreitas e sinuosas. O riozinho Cam passando
nos fundos dos “colleges”, com as famosas pontes, especialmente a dos suspiros
e a dos matemáticos e mais além extensos gramados.
Bem no centrinho tem
um café dentro de uma igreja antiga. Muito interessante. Na verdade, como as
igrejas daqui precisam ser auto suficientes e nem sempre conseguem, é comum ver
igrejas transformadas em cafés, restaurantes, bar etc.
Dia seguinte chegamos
a Londres. Deixei o carro na locadora em Heathrow e fomos fazer nosso passeio
de 4 dias por ali. Para melhorar ainda mais, ficamos com minha irmã e cunhado.
Muito bom ficar num ambiente familiar, com papos sobre família, amigos, muita
risada etc.
Desde a primeira vez
que estive em Londres (1984) sempre simpatizei muito com a cidade. Gosto do
jeito dela, da maneira que ela funciona, do fato que todos falam Inglês etc.
Considero a metrópole que mais gosto de ir (me refiro a cidades na faixa de 10 milhões
habitantes ou mais).
Do aeroporto para o
centro, as duas principais formas de acesso são a linha do metro normal (Picadilly
line - 5 pounds algo assim) que leva coisa de uma hora ate Picadilly Circus ou
então a Elizabeth Line que leva 15 minutos até o mesmo local (ou perto dele) por algo em torno de 21 libras. Questão de escolher.
Londres é uma cidade
extremamente cara, dizem que Suíça ainda mais. Então tem que ficar de olho na
hora de comer, comprar algo etc.
A Inglaterra em geral
é cara, tudo se paga, tudo tem valor acima do padrão europeu. Claro que se você
compra comida e bebida no super mercado, a coisa dá uma boa melhorada.
Mas tem tanta coisa
legal de ver. Pensar que por séculos a cidade vem sendo construída,
reconstruída, reformada, melhorada etc.... A convivencia (pacifica? Talvez) entre os prédios de séculos e os
enormes prédios modernos. Muita coisa boa. Fora isto, os museus são gratuitos.
Fomos no British Museum (2 vezes...) e na National Gallery. Muita caminhada pra
todo o lado. Pegamos uma megamanifestação a favor da Palestina, em frente ao
Parlamento. Mas bem pacifica e tranquila.
Na catedral de São
Paulo, estava tendo missa. Então ficou tudo ainda mais maravilhoso. Igreja
fantástica, gigantesca, mas mantendo um ambiente acolhedor. Ali perto visitamos
a St Bride church. Pequena, linda e antiquiquissima. Legal ver pinturas do
final do sec 16, onde já aparece a torre super característica dela.
Mas ir andando pela
cidade e descobrindo os cantinhos já é muito legal. Os parques, as lojas de
departamento, a beira do Tamisa, o Mall com Buckingam no final. Borough Market
com comidas (prontas ou para fazer) de tantos lugares do mundo. A Fortnum e
Mason com seus chás. As galerias comerciais ali por perto. As lojas de alto
padrão, seja de comida, de roupas, de carros etc.
Mesmo sendo final de
Outubro – a região em torno de Picadilly Trafalgar, Leicester, Oxford St etc
muito cheia de turistas. Chega a ser chato. A medida que a tarde avança a
situação só piora.
E, de repente, hora de
voltar ou de partir. Voamos de volta para Paris. Mas com muitas boas lembranças
e vontade de voltar para ver mais coisa ainda. Sempre vai ter.
C) DICAS PRATICAS
- Da luigi em chipping campdem - rest italiano
- cafe deli Kiyffin em Bangor; the Castle pub e o hotel do Management Center (junto a Universidade no morro)
- Old Fish Market- pub em Bristol (Baldwin St) e the Pump House (pub tambem) na Merchants Rd)
- Edimburgo - Scotts kitchen no Victoria Terrasse e Wellington cafe na George St
- no lake district - Dale Head Hall hotel - junto ao lago Thirlmere. Mais pelo ambiente bem tradicional, bem tranquilo. Tambem o Syke farm tearoom em Buttermere - que lugar agradavel e numa região lindissima.
- perto de Cambridge - Rectory farm hotel. na market square - Gail´s Bakery.
- Londres - sempre visitar a Fortnum e Mason, comer no Borough Market, um lugarzinho que adoramos - um quiosque verde na Russel Square (perto British Museum) no lado -- noroeste da praça - bem em frente a Thornhaugh st - comemos um cachorro quente delicioso e o que os outros compravam parecia bom tambem.
e vão as fotos mais adiante - desta vez a ordem ficou especialmente confusa. O inicio da viagem (Stonehenge etc... está mais pro final - desculpe a inconveniencia)
As portas antigas são especialmente curiosas e variadas
barcos servindo de moradia
ruinas no centro de Bristol
esta ave tem muito pela estrada - não sei o que é
os campos ingleses
vistas de Oxford
acima a ponte dos suspiros e abaixo o famoso hall
agua sempre limpa
halloween chegando
Iron bridge
os campos - sempre bonitos - acho que a epoca do ano ajuda
a ponte que cruza um canal sobre o rio
Chinatown em Liverpool
bicicleta super preparada para alevar crianças etc Bem comum por lá
Tem bastante restaruante e bar brasileiro na GB
Biblioteca e museu de arte em Liverpool
entrada da biblioteca - com autores e obras. Poucos fora da GB e EUA, nenhum do Brasil
Lake District. Estradinhas, paisagens, vegetação se preparando para o inverno
monolitos no lake district
Glasgow é famosa pelas pinturas na rua
quase comprei um traje - é vendido naturalmente, não como algo folclorico
centro de convenções
controles eletricos do gerador de um veleiro
Loch Lomond
nos lagos...
animais escoceses
trecho entre Oban e Glencoe
acima e abaixo - trecho entre Glencoe e Dalmaly
esperando o trem - que não veio (frustração...) - chuvas muito fortes
a cidade é cercada de verde
foto ruim - mas para dar ideia da lua crescente surgindo
o castelo real de Edimburgo
o bonde do aeroporto
abaixo - catedral de York
finalmente em Londres... com Themis e Clovis
no centro de Londres
Piccadilly
Trafalgar e Buckingham
manifestação pro-Palestina
Pub enfeitado - acho que para Halloween
solzinho no final da tarde - na varanda dos Marques Ultramari
mercado de comidas
a ponte- abaixo estatua (tinha de varios animais) perto da prefeitura - Tate modern
a mega estação de trem de St Pancras e do lado a outra enorme tambem - King´s Cross
Bristol - que cidade legal
Oxford - abaixo a ponte dos suspiros
bilbioteca de Birmingham