Meio embolado estes primeiros dias
mas vamos lá fazer um resumo
na propria quinta que parti de Curitiba, na conexão em São Paulo encontrei outro cara, curitibano, que mora na Petit Carneiro , indo pra Windhoek, que gosta (acho que mais que eu) de se meter em viagens inesperadas e - pra desespero total - se chama Amilcar (Gomes). Que coincidencia. Fomos batendo papo até Johannesburg e de lá acabamos nos separando pois ele ia pegar um voo mais tarde
do avião pouco vi da região, algumas montanhas prum lado mas na maior parte plano. No voo para Namibia (sobrevoando Botswana principalmente) a região vai ficando mais e mais seca e plana. Aparecem os waterholes onde animais se juntam para beber água, minas a céu aberto (poucas) e nada especial em termos de vista.
O aeroporto de Windhoek fica a 40 km da cidade, no meio do nada. Só se vai lá de taxi. Mas a parte ruim foi ver que minha mala não chegou e está desaparecida até hoje. Coisa bem chata. Mas é uma experiencia tambem. A gente acaba descobrindo que dá para ir se virando etc.
Cheguei na cidade (com carro alugado, um polo bem simples, mas eficiente) - pequena, espalhada, parece quase meio deserta.
a direção no lado direito... um bom teste para tirar a gente da zona de conforto
retas e retas - dirigir na Namibia é mais ou menos isto. Este trecho bem movimentado
de vez em quando uma montanhazinha perdida
abaixo (as duas fotos) construções estilo europeia em Keetsmanhop
um tipo de garça num ainda mais raro local onde se vê agua
abaixo a arvore tipica da Namibia - já soube o nome mas esqueci - vou atualizar depois
acampado no fish river camping
barraquinha basica da Decathlon e meu gol meia boca - mas tá aguentando bem...
abaixo a primeira visão do canyon
pássaros bem comuns por aqui
e dá-lhe canyon
árvore tipica daqui
lua crescente e dá-lhe canyon
fácil de achar quando vem vindo alguem
lá embaixo o filete do fish river em si
esta babosa ai só fica vermelha quando o sol bate forte nela
e mais canyon...
olha o aglomerado de ninhos de pássaro nesta arvore
abaixo detalhe - ele sobe e vira pro lado pra câmera ou habitáculo.......
babuino rondando meu café da manha
mais arvores tipicas
abaixo estação de trem no deserto - quase em Luderitz
Luderitz e suas casinhas loucas
abaixo casal que está rodando Asia e Africa faz 2 anos e meio
daqui a pouco vão atravessar pra America do Sul. Acho que eu podia viver assim...
Primeira vista do Atlantico Sul em Luderitz. Daqui o Amir Klink partiu remando.
vista geral de Luderitz. Pequena, meio caótica mas muito agradável.
igreja principal da cidade
construções tipicas
o meu xará - que de Windhoek foi pro Norte e perdemos contato. Mas vamos nos rever....
mas vamos lá fazer um resumo
na propria quinta que parti de Curitiba, na conexão em São Paulo encontrei outro cara, curitibano, que mora na Petit Carneiro , indo pra Windhoek, que gosta (acho que mais que eu) de se meter em viagens inesperadas e - pra desespero total - se chama Amilcar (Gomes). Que coincidencia. Fomos batendo papo até Johannesburg e de lá acabamos nos separando pois ele ia pegar um voo mais tarde
do avião pouco vi da região, algumas montanhas prum lado mas na maior parte plano. No voo para Namibia (sobrevoando Botswana principalmente) a região vai ficando mais e mais seca e plana. Aparecem os waterholes onde animais se juntam para beber água, minas a céu aberto (poucas) e nada especial em termos de vista.
O aeroporto de Windhoek fica a 40 km da cidade, no meio do nada. Só se vai lá de taxi. Mas a parte ruim foi ver que minha mala não chegou e está desaparecida até hoje. Coisa bem chata. Mas é uma experiencia tambem. A gente acaba descobrindo que dá para ir se virando etc.
Cheguei na cidade (com carro alugado, um polo bem simples, mas eficiente) - pequena, espalhada, parece quase meio deserta.
De forma que a coisa quando está acontecendo a gente fica
bem chateado etc., mas depois vai achando caminhos e se ajeitando.
Por sorte tenho o seguro da bagagem por ter comprado a
passagem para cá usando o cartão de credito Master. Na hora que te falam a gente
nem liga, mas daí quando precisa usar, como é bom.
Cheguei na cidade (com carro alugado, um polo bem simples, mas eficiente) - pequena, espalhada, parece quase meio deserta.
Na sexta à noite ainda fui no Groove Mall para comprar uma
camiseta e cuecas como medida de emergência. Aproveitei para tomar um café por
lá, muito bom, depois tomei outro Espresso em outro café e estava muito bom
também.
No sábado acordei mais cedo, fui na loja da própria SAA no
centro e acabei indo no aeroporto de novo. Lá descobri que minha mala nem tinha
chegado em Joburg (contração que o pessoal usa para Johannesburg) – com isto
daí relaxei total.
Sai dali, voltei no shopping, comprei frutas (são caras em
geral, pouca opção, não muito bem apresentadas, mas OK) e demais itens para
complementar a bagagem incluindo um casaco superquente.
A noite de Windhoek me surpreendeu. Faz 5 graus
tranquilamente. Não vi ônibus urbano nenhum. Aliás na estrada também não vi
ônibus, algumas vans. Nos entroncamentos o pessoal fica amontoado pedindo
carona, enquanto a Van não vem... Também não se ve nem motos nem bicicletas na
cidade.
Dali peguei a estrada rumo sul. Asfalto bom, algum
movimento, dá para manter 120 por hora numa boa.
Já mais acostumado com a direção na direita. Não é fácil,
pois tem a questão do câmbio, do espelho retrovisor, da distância de carros em
sentido contrário e onde estou me batendo mais, quando vai estacionar, pois
fica mais difícil avaliar distancia da calçada…. De vez em quando ainda vou
buscar o cinto na esquerda...
Primeiros 80 km ainda alguns morros, depois vai ficando
plano e cada vez mais seco. Terra fraquíssima, arbustos baixinhos, de vez em
quando umas vaquinhas perdidas. A dica que o pessoal dá para abastecer sempre
que aparece um posto é crítica. Tem que fazer isto. Fácil de passar mais de 100
km sem posto. Só tem nas cidades e as mesmas são super distantes uma da outra.
Acabei chegando em Keetsmanhoop quase 7 da noite, já bem
escuro. Não foi muito legal dirigir a noite. Sinalização nula, direção no lado
contrário, complicado. Mas os motoristas na esmagadora maioria são supertranquilos
na estrada e na cidade. Cedem a vez, não forçam ultrapassagem, abaixam o farol
a noite etc.
Dormi no Quiver Guest house e jantei e café da manhã na
Schutzen guest house (portanto hospeda também – preço similar). Mas o
apartamento do Quiver é muito muito bem arrumado, grande, tudo certinho. Gostei
muito.
A cidade é totalmente com cara alemã, lembra Filadélfia no Paraguai,
Carambeí etc.
No domingo, mais algumas comprinhas e rumo Fish River. 40 km
de asfalto e depois 110 de terra. Mas com carro traçado (4x4) dá para manter
acima de 100. Como não chove e transito é pouquíssimo, a estrada se conserva
bem. Estranhei a quantidade de costelas na mesma.
Cheguei em Fish River, montei minha barraca. Tudo certinho,
banheiro fantástico, atendimento legal, enfim um lugar bom para camping. Tem
barracas e caminhões adaptados com passageiros, mas dormindo em barracas
também.
Fui ver o Canyon. De babar, fantástico. Fiquei pensando como
deve ser o Grand Canyon.... Nem vou me deter muito. Peguei o pôr do sol, melhor
ainda. Tem uma caminhada de 5 dias lá por baixo, não sei não. Mas dá para dar a
volta pelo Sul (beirando a África do Sul) e voltar para Luderitz. Mas não me
arrisco não.... Por sorte aqui a noite é fresca, mas sem exageros. Dia seguinte
fui numa região onde poucos turistas vão, mas as vistas continuam maravilhosas.
Gostei demais de ter feito o esforço extra de vir até aqui.
O canyon tem me media 550 metros de profundidade (na verdade
era um canyon mais antigo com faixa de 250 metros, dai houve um cataclisma
destes que rolam por ai e ele abaixou mais 300 metros). Largura na base de 3 a
5 km e comprimento variando de 90 a 160 km conforme o critério...
O rio lá no fundo em si (Fish River) é quase um filete de
agua. Imagino que o pouco que tem nele é retirado para agricultura.
Na terça cedo, desmontei a barraca e fui até Luderitz. Nunca
via uma conjugação de fatores tão favorável. A viagem transcorreu super bem.
Fomos de uma região árida passando para deserto total mesmo (areia e pedra).
Triho do trem sempre por perto, mas não vi nenhum.
Cheguei aqui em Luderitz, a cidade é muito simpática, não
sei porque, com certeza pre-disposição minha sei lá. Mas é muito gostoso andar
pelas poucas ruas. A mistura de estilos é fantástica. Fiquei no Sandrose hotel
– uma delicia. Comi no Diaz café – muito bom (peixes, ostras, camarões, tudo a
preços ótimos).
E – cereja deliciosa no topo do bolo – chegou minha mala
aqui. Que delicia ver a vermelhinha no quarto quando voltei do almoço. Com o
lacre intacto, sem nenhum dano aparente na mala etc.. Muito bom. Mas foi legal a experiencia. Como
lidar com algo que a gente considera certo e liquido e de repente não acontece.
Gasolina faixa de 0,90 dólar o litro. Não muda muito o preço
nas diferentes cidades que estive até agora. Estradas sempre com pouco
movimento. A gente mantem media de 110 ~120 tranquilamente. Não vi nenhum
guarda na estrada.
Comentários gerais.
A sociedade é super. dividida. Não se vê mulatos, mestiços
ou pelo menos um sarará. Nada. Ou são os brancos falando Afrikaan (nas lojas o
pessoal me cumprimenta assim, até sacar que não sou um deles) e os negros –
visivelmente em posição mais fraca. Engraçado que aparentemente na política a
maioria é de negros. Acho que foi uma negociação para manter a coisa calma.
Jeitão das lojas super americanizado, diria que mais que as
nossas. Poucos turistas em Windhoek (eles falam quase Vinduc...) mas tem muito
voo da Europa e EUA e nestes pontos turísticos tem sempre bastante. No camping
em Fish River, vários, com aqueles ônibus – caminhões ou com cabines duplas
(tipo hilux) com a barraca em cima.
Os negros em geral são muito gentis e simpáticos no trato.
Basta dar uma corda e eles já retornam um sorriso etc.
No domingo não se vende bebida alcoólica (cerveja vende) nos
supermercados etc. Alguma lei, já imagino o pessoal enchendo a cara a valer.
Deve ter uma base nesta linha.
No voo de JBurg para Windhoek – especialmente na parte da
Africa do Sul, muitas rodovias (pista dupla várias) e trilhos de trem e grandes
pátios de manobra.
A questão das línguas é engraçada, todos os negros que
conversei falam pelo menos 2 ou 3 linguas nativas. Conforme a região do pais.
Um pouco de Afrikaan e mais de Ingles, que acabou virando a língua franca entre
os próprios namibenses, já que acho que os tais brancos não falam nenhuma
língua nativa em geral.
No shopping todos se misturam, mas tem lojas só com negro
dentro e outras mais chiques quase só branco dentro. Vinho da Africa do Sul
MUITO barato. Com 17 reais já se compra coisa boa (Porcupine a 15 reais por
exemplo).
No sul da Namibia a media de dias de sol é 300 por ano mas
dizem que está aumentando. Precipitação anual na faixa de 100 mm nos lugares
mais chuvosos e 50 mm nas partes mais secas. Fora os desertos é claro.
retas e retas - dirigir na Namibia é mais ou menos isto. Este trecho bem movimentado
de vez em quando uma montanhazinha perdida
abaixo (as duas fotos) construções estilo europeia em Keetsmanhop
um tipo de garça num ainda mais raro local onde se vê agua
abaixo a arvore tipica da Namibia - já soube o nome mas esqueci - vou atualizar depois
acampado no fish river camping
barraquinha basica da Decathlon e meu gol meia boca - mas tá aguentando bem...
abaixo a primeira visão do canyon
pássaros bem comuns por aqui
e dá-lhe canyon
árvore tipica daqui
lua crescente e dá-lhe canyon
fácil de achar quando vem vindo alguem
lá embaixo o filete do fish river em si
esta babosa ai só fica vermelha quando o sol bate forte nela
e mais canyon...
olha o aglomerado de ninhos de pássaro nesta arvore
abaixo detalhe - ele sobe e vira pro lado pra câmera ou habitáculo.......
babuino rondando meu café da manha
mais arvores tipicas
abaixo estação de trem no deserto - quase em Luderitz
Luderitz e suas casinhas loucas
abaixo casal que está rodando Asia e Africa faz 2 anos e meio
daqui a pouco vão atravessar pra America do Sul. Acho que eu podia viver assim...
Primeira vista do Atlantico Sul em Luderitz. Daqui o Amir Klink partiu remando.
vista geral de Luderitz. Pequena, meio caótica mas muito agradável.
igreja principal da cidade
construções tipicas
o meu xará - que de Windhoek foi pro Norte e perdemos contato. Mas vamos nos rever....
7 comentários:
Gostei muito, boa descrição.
Dá até para passear por ela.
[]s Marcos.
Parabéns! Adorei o relato! Aguardando os próximos!
Excelente Amilcar...já começou muito bem !!! ;) Aproveite bastante e sempre que der manda mais relatos e fotos! Beijos e boa sorte!
Muito legal!! Divirta-se. Gosto mais quando vai escrevendo durante a viagem.. a gente vai acompanhando..
Você tranquilamente poderia viver assim Amilcar, obrigado pelos relatos e fotos. Leandro e eu quase fomos para a Namíbia quando estivemos na África do Sul, desistimos no último minuto por algum motivo que não lembro. Continue aproveitando e compartilhando. Abraços da não tão boring Austin.
Que surpreendente e fascinante.
Excelente aventura. Grande Abs.
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