Algo que é importante ressaltar. As pessoas daqui são muito
gentis, alegres e abertas ao contato. Quando a gente está no ambiente turístico
fica meio em duvida, mas mesmo longe dele, aliás eu diria mais ainda longe
dele, sempre é muito agradável conversar com as pessoas.
Ainda nas divagações – outra coisa que o cara (Jared Diamond
– mencionado no final do post 2) é que a divisa de até onde os árabes foram
conquistando a África (sec 8 por ai) é praticamente a mesma onde começa a mosca
tse-tse. Ou seja – perceberam que era complicado ir dali pra frente (seria mais
pro sul digamos assim, dentro do Saara etc.)
Mais voltemos a viagem.
Saindo de Suwako, da mesma forma que em Luderitz, o terreno
vai se elevando devagar, e depois de uns 100 km a gente chega ao nível médio
aqui da região que é faixa de 1000 metros de altitude, sem nenhuma curva ou
subida inclinada. A neblina do litoral terminou ali por uns 25 km do litoral,
dai aparece aquele sol maravilhoso que povoa tudo por aqui.
Mais um pouco comecei a ver do lado esquerdo o pico do
Spitzkopfe, que não é muito alto (1580 metros) mas se destaca na planície em
volta.
Ainda pela manhã cheguei a Omaruru. Cidade com bastante
atividade artística e uma vinícola (desta eu escapei). Logo na entrada tem um
alemão (que já tinha estado em Rolândia e Blumenau em 78) que se especializou
em esculpir pedaços de madeira, especialmente raízes, nós etc. Na verdade ele
ensinou o pessoal da região e tem uns 4 ou 5 que ficam por ali esculpindo. Uma
bagunça a loja, mas coisas muito legais. Preços meio salgados, mas a gente
acaba se apaixonando por alguma peça. A cidade como um todo tem um astral legal
e seria de dormir aqui, mas como era cedo e eu queria estar o mais próximo
possível de Etosha, fui em frente. O deserto (areal me refiro) já tinha acabado
faz tempo e a aparência é bem de cerrado ou caatinga brasileiros. Com muito
capim bem amarelado por baixo. Fazendas (sempre tem a sede bem longe da
estrada), movimento agrícola etc. Fui em frente até chegar em Outjo, onde
pretendia dormir e arranjei um pouco num B&B (Dan – Mari algo assim) –
Barato, meia boca, mas tudo OK. Self catering. Fui no mercado e comprei algumas
coisitas para comer no quarto. Mas a cidade me impressionou mal. Tem um prédio
super caro e pomposo feito pelo governo, lá dentro funciona o centro de turismo
da cidade, um horror, abandonado, não tem turistas. Só o cara querendo cuidar
do carro. Interessante que em Swako tinha bastante cuidador de carro, nas
outras cidades, inclusive Windhoek, não notei.
Dia seguinte sai cedo, o verde das plantas já bem mais forte
e em uma hora entrei no parque Etosha. Basicamente funciona assim, você fica
dirigindo de um lado pra outro, tenta passar pelos bebedouros (devido a seca, pouquíssimos a esta altura) e vai apostando.
Tem um livro que alguns registram o que viram no dia anterior. Nem fui
olhar. Mas no primeiro dia já vi muita
zebra, muitas gazelas (chamam springbok aqui), esquilos, orix (claro) etc.
Quando ia saindo do parque encontrei Max e Sebastian (dois guris de Munique que
conheci em Sesriem – muito boa gente), batemos um papo rápido mas não dava para
conversar mais e dia seguinte também não conseguimos nos ver. Eles falaram
super bem de acampar nos pés do Spitzkopfe. Neste dia fui mais pro lado norte e
oeste. Vi também um meio barbado, cinza
escuro, com chifres (parece um bisonte algo assim)
Na quinta sai cedo também, fui pro lado leste e sul, pelo Wikiloc
(aliás este aplicativo é muito bom para quando a gente está nestes lugares mais
remotos, pois tem trilhas, estradinhas, marca o roteiro feito e – mais
importante – é ótima ferramenta caso a gente se perca) enfim a gente vai navegando,
algumas estradas estão fechadas, mas quase sempre tem indicativo nos
cruzamentos também. Praticamente tudo bem patrolado, alisado, enfim um 2x4
passa tranquilo. Fui perto do leito do lago (que é sal agora) – legal de ver,
mas depois de Uyuni as coisas ficam meio pequenas.... A melhor parte do dia foi
ver um bando de elefantes tomando banho (bem no poço chamado olifanbad) –
fiquei uma meia hora contemplando os bichos. O Macho alfa de olho na gente e
nós curtindo aquilo. Vi umas girafas ao longe e depois vi bem de perto. Bando
de avestruzes. Um pássaro que não voa, grande, maior que um peru, tem uma
crista. Aliás, vi um bando de galinhas d’angola na estrada. Afinal aqui elas
são selvagens....
Outra coisa – batalhar para acampar ou ficar nos chalés que
tem dentro do parque. Tinha pedido, me disseram que tudo lotado, cheguei aqui
tudo vazio. Que saco. O hotel que estou (Etosha camp) é legal, mas fora do
parque e mais caro etc...
Na sexta feira (9) atravessei o parque de oeste para leste,
mas fazendo vários desvios, vi um elefante a mais, várias girafas e os demais
animais em boa quantidade. Vai cansando durante o dia e também tem a
preocupação com o carro. Tem um lugar chamado Etosha lookout que fizeram um
aterro que avança uns 2 km para dentro do leito do lago. Imperdivel. Lá no meio
do sal – um bando de avestruzes sentados..
Final da tarde cheguei em Namutomi. Muito legal, ótima
instalação, o tal forte alemão super bem cuidado, muita grama, restaurante
ótimo, quarto ótimo, café da manhã bom, pessoal muito cordial e simpático.
Enfim – um bom local de pouso. Encontrei os dois alemães caçadores, que tinham
subido de Ranger a costa do esqueleto e atravessado direto, via Khorixas para cá.
Estavam cansados. Mas curtiram a viagem. Dupla peculiar os dois. Loucos por uma
cerveja. Tem um water hole ali mas quase não vai animal lá. Em compensação
dizem que o water hole de Okaukuejo vive cheio de bichos...
Sabado não muito cedo sai, antes de sair do parque um
elefante grande, na beira da estrada, bem tranquilo. Fiquei ali contemplando um
tempão. Foi uma ótima despedida. Só asfalto. Interessante mencionar que assim
como em Fish River eu parei de ir pro sul e comecei a subir pro norte, aqui em Etosha
terminou a subida e agora estou voltando ao sul, porem com o desvio previsto
para ir a Maun (Okavongo – Botswana).
Parei em Tsumeb. Eita local simpático. Adorei lá. Fiquei um
tempão conversando com a senhora da loja de artesanias, fui comer um bolo num
hotel. Nada especial, mas pelo jeito a cidade não tem muita opção neste sentido
ou talvez abra mais tarde, sei lá. Enfim
– curti. Fora isto tinha lido boas noticias sobre o projeto de Leticia e Thiago
então meu astral estava elevado mais ainda.
Segui em frente, alguns morros na saída mas depois as
planícies tradicionais, Otjivango (que é maior mas achei simpática também),
obras na estrada, movimento razoável, um posto no caminho com placas em inglês
e português. Angolanos...
De longe já se ve o platô de Waterberg, onde estou agora –
na Waterberg Guest Farm (uns 10km antes da entrada do parque)
Muito bom ter ficado hospedado aqui neste local, o dono
(Harry) e esposa fazem questão de todo o dia fazer uma roda em torno da
fogueira para fechar o dia, depois o jantar em mesa comum, muito bom. Ambiente
bem arrumado, sem frescuras. Café da manhã super bom, o silencio a noite também
uma delicia. 75 dolares com café da manhã. Estes lodges fora da cidade tem
preço mais elevado mesmo. Conheci um casal jovem que já havia encontrado na
choperia em Swako – são de Brixen ou Bressanona – sud Tirol – italianos mas
fazem questão de se portar como alemães. Bem engraçado. Fotografo americano do
Oregon com guia namíbio ( a cara de uma das funcionarias, negras, quando viu ele,
outro negro, tomando café da manhã com a gente. Ficou contrariada ou espantada
ou enojada. Não sei...). Mas bom mesmo foi conhecer Mark de Wolf e Wendy, casal
que mora em Ostende (Belgica), falam flemish, adoram viajar. Ficamos o dia
seguinte (domingo) quase todo juntos. Muita conversa boa. Tipo da amizade que
tem boas chances de prosperar. Por mim sim.
Sai mais tarde fui até o parque Waterberg. Super bem
organizado, camping, restaurante, lojas, chalés tudo. Uma beleza mesmo. A
estrada de terra de acesso (uns 18 km) com muuuuita costeleta. Do hotel 7 km de
asfalto e depois este trecho de terra (localização ótima a meu ver). Caminhada
até o topo do platô, tranquila. Depois passei a cerca e andei mais uns 30- 40
minutos. Achei um escorpião negro e paisagens legais. Tudo muito parecido com o
cerrado brasileiro. Topo do platô pura areia, trechos de pedra, plantas baixas
e secas.
Periodo de chuvas é parecido com cerrado também (começando forte no
final de dezembro até março). De repente vi umas pegadas maiores na areia e
pensei comigo que estava abusando um pouco da sorte, afinal na entrada da
trilha dizia que era para entrar por ali somente com permissão especial. Enfim,
comecei a voltar. Encontrei Mark e Wendy, estavam seguindo a trilha mas super
perdidos. Voltamos juntos.
Encontramos um casal de alemães – simpáticos -de Munique.
Super bem vestidos para caminhar no mato, ate aquelas pederneiras no inicio da
perna para proteger de picadas, espinhos sei lá. Comentei de se perderem, ele
me olhou com uma cara assim – tipo – não estou entendendo. Dai – objetivando a
conversa – eu perguntei se ele tinha GPS, ele fez cara tipo assim –
Naturlich.... e mostrou um super aparelho por dentro da blusa. Com tudo
demarcado etc...
No café da manhã, quando comentei de estar viajando sozinho,
o Mark (já bem experiente em viagens acompanhadas e solo) comentou – quando a
gente viaja sozinho – os highs são Highs, mas os downs são downs demais.
Comentamos que quando a gente se perde é um destes downs e – mais que tudo –
quando fica doente. Muita verdade nisto.
Quando me perguntam eu digo que nem é tao ruim quanto possa parecer mas também
não é tão bom. È a solução que encontrei para o momento e espero que logo cesse
e que arranje companhia para viagem. Veremos o que o futuro reserva. Não me
preocupa muito isto.
Pegamos o passeio da tarde (500 NMD = 4 horas) meio chato a
ida e a volta, ainda mais que muito frio na volta com o sol já posto. Mas valeu
muito, pelas paisagens, búfalos, 3 rinos, 3 girafas etc... Muito bom
Jantamos junto, algumas comidas típicas = cous cous, um tipo
de quiabo, carne de orix, milho cozido etc,,, Papo ótimo. Tudo beleza
Na segunda, café mais cedo, despedidas e estrada, tinha que
fazer mais de 650 km no dia, sendo uns 90 de terra. Foi tudo tranquilo. Lanche
em Gobabis, típica cidade polo, com muito movimento de pessoal da região etc
(ainda mais que era segunda feira). Cara do posto me recomenda como melhor
lanche da cidade o Wimpy no posto de gasolina. Tava bom. A atendente toda
animada... Ainda mais com a gorjeta.
Região com muito gado, vida rural agitada (vilarejos
vários), muita gente pedindo carona e eu me segurando (depois que me disseram
que pode dar problema até no seguro do carro....). Tudo plano desde waterberg,
Na divisa com Botswana, descida de uns 150 a 200 metros mas terreno continua
parecido.
Em uns 20 minutos fiz todo o processo. Bem tranquilo. Paguei
15 dolares pra Botswana, tipo seguro etc...
Estrada em Botswana similar, mas área de domínio enorme,
sempre com muitos animais pastando. Selvagens só se ve galinha d’angola daqui
para frente.
Uns 100 km para dentro do pais, policia me pega. Travessia
de cidade tem que estar a 60 e eu a 94 por hora. R$ 250,00 de multa, nem
comentei nada, chorei pouco. Tinha 3 guardas, 2 motoristas sendo multados e apenas
eu de branco. Acho que se eu começo a falar muito eles descontam em mim algum
trauma do colonialismo....
Vá saber.
Mais pra frente um entroncamento chave. Para direita
(sul) vai pra Gaborone (capital) que
fica na borda com África do Sul. Tomei a esquerda, Cheguei justo no por do sol
em Ghansi. Hotel Kalahari Arms, Não gostei também. Caro (70 dolares mais 7 do
café da manhã mega micha), mais ou menos, janta boa, uso do wifi complicado.
Enfim – não tenho como recomendar, mas esta cidade é a única que tem hotéis no
caminho que percorri, tem lodges em fazendas mas imagino que não sejam baratos.
Parece que tem umas guest houses em Ghansi. Enfim – podendo escapar. Se dormir
em Gobibas dá pra ir direto (e voltar) até Maun.
Lá dentro do hotel bem agradável, área de camping, mesas
externas, piscina bonita etc...
Mas tudo bem fechado em volta, seguranças etc. Fui até a
portaria, muita foto antiga e mapas históricos e atuais. Gostei. Artesanato
bonito também. Vamos ver se acho por ai algo nesta linha.
Para sair na rua, eles abrem dois mega portões de grade,
tipo prisão mesmo. Acabei ficando sem jeito de perguntar o porque.
Na terça pela hora do almoço cheguei em Maun (sempre
cuidando com a velocidade etc). Estrada
mais movimentada. Maun é muito bagunçada, tanto que tem anuncio de posto e
restaurante que o cara simplesmente coloca a coordenada GPS. Algumas ruas
aslfatadas a maior parte areião (carro quase atola), um tumulto geral. Legal
que os motoristas são bem cooperativos e a coisa flui bem. Fiquei no chiefs guest
house (junto a uma ponte que atravessa o tal rio da cidade) – quarto bem legal.
Tinha uns probleminhas com café da manha, wifi, sem aceitar cartão de credito
etc.. Mas tudo resolvido. Duas meninas que atendem, bem simpáticas e proativas.
Fui almoçar ali perto no Maun Lodge, do outro lado da ponte, buffet (12
dolares) muito bom.
A tarde fui trocar dinheiro no aeroporto e tentar descobrir
como me engajar num passeio. Tem um local perto do aeroporto, Namibia tours que
é uma ONG para governamental e que ajuda os turistas. Muito legal. Vou procurar
mais informações para deixar aqui. Mas tem milhares de opções de acampamento,
hostel, pensão, hotel, lodge etc por aqui. Não sendo altíssima temporada acho
que consegue fácil negociar um bom preço etc. Embarquei numa excursão da Old
backpackers amanha, com canoa e caminhada. To gostando. Perto do aeroporto no
final da tarde, encontrei Max e Sebastian (os dois guris alemães que estão
fazendo roteiro parecido). Vieram todo animados me abraçar etc.. Vamos ver se
nos vemos amanhã.
Comprei algumas coisas, especialmente frutas para de manhã,
mas laranja em falta na cidade.
Mas é engraçado ver o tumulto que é a cidade e todo o tipo
de turista que circula por aqui fora os infinitos agencias de viagem, safari
etc.. Nunca tinha visto algo tão agitado.
To preocupado com meu carro. Acho que suspensão bem sofrida
com o roteiro percorrido, aliás hoje (terça) no caminho aqui para Maun,
completei 5 mil km. Mais de mil na terra, fácil...
Basicamente o que se faz em Maun:
- passeio de um dia (longo) a Moremi
- passeio de um dia a Borobo (acho que é isto)
- passeio de avião ($$$) – pior que to pensando em fazer.
- acampar por 5 ou 7 dias pelo meio do Delta (isso sim...)
Fiz contato com um guia que me pareceu muito bom.
Kagiso Andries
www.adventuressouthernafrica.com
ou facebook/southernafrican/adventure
fone +267 7517 5681
fica a dica. Acho que vale investigar.
Outra coisa, tanto na Namibia como aqui em Botswana – lanche
americano é no Wimpy. Não vi McDonalds, alguns KFC. Mas o Wimpy é bem razoável. Tem até um
expresso passável.
Ontem (quarta 14) fui então num passeio de um dia por dentro
dos canais do delta. Pegamos uma lancha a motor que foi subindo o rio, por 1
hora. Agua transparente, muita planta crescendo dentro da agua (8 da matina),
fazendas, hotéis, casas particulares. Em verdade tem uma estrada que segue
paralela ao rio neste trecho.
Até que chegamos a divisa da área
protegida, conhecida como Boro e é onde termina a estrada. Ali, saímos da
lancha e peguei uma canoa baixa, de fundo chato, cabe dois sentados e um
empurrando com uma vara comprida. Chamada Mocoro. Dali mais ou menos 1 ½
hora até uma das ilhas que existem por aqui, pra dentro do delta. Várias ilhas
no caminho, pássaros etc. Na chegada numa ilha vizinho uns 5 elefantes calmamente
comendo suas folhas. Dali fizemos uma caminhada de umas 3 horas (ida e volta),
basicamente terreno de savana, vimos mais elefantes, girafas, zebras, parece
que um ronco que ouvimos era de hipopótamo, enfim um ambiente de África como
dos filmes. O guia aproveitou para mostrar varias plantas que são usadas para
curas e tratamentos em geral. Interessante uma palmeira que originalmente era
mais do sul, região do Kalahari, mas os elefantes comiam e vinham trazendo as
sementes no seu intestino e aqui elas encontraram solo bem mais adequado,
devido a umidade.
5 da tarde estávamos de volta.
Novamente não consegui encontrar os alemães meus amigos. Acho que vai ficar pra
outra hora.
Quinta tomei uma otima decisão.
Não fazer nada. Fiquei zoando pela cidade. Tomando café, na hora do almoço
encontrei Max e Sebastian. Ficamos comendo e tomando cerveja um bom tempo no
Old Backpackers (uns 8 km da cidade - mas eita lugar agradável de ficar um bom
tempo)
Comprei alguns recuerdos
(complicado porque fecham 5 da tarde tambem).
Cortei cabelo num cubiculo
(cercado de tela) na beira da estrada. O cara só tinha maquina (logico - em
quem ele iria usar tesoura...) - Carrega umas baterias de carro com painel
solar e vai raspando a turma. 3,5 dolar o corte. Ficou meia boca mas adorei a
experiencia.
Como agora percebo melhor o jeito
deles, tá bem mais agradável o contato com a turma.
Sexta (16) sai bem cedo (escuro
ainda) e rumo Windhoek. Viagem tranquila, só reta, algumas paradas para esticar
o corpo. Tomando mate. Fronteira tranquila tambem. É engraçado ver que nestes
locais sempre tem um monte de gente, meio parada meio olhando, voce fica
pensando o que eles estão fazendo ali.
Cheguei cansado em Windhoek mas
ainda fui no museu de trens (um cara atendendo, pelo jeito aposentado da
ferrovia), legal de visitar. Depois uma esticada no shopping para tomar um
espresso e comer um espagheti a bolognesa com calice de vinho tinto. Eita coisa
boa.
Hotel aqui (Uhland hotel, bem no
centro, mas super tranquilo, parece uma chacara dentro). Delicia. Simples mas
tudo legal. Café da manhã maravilhoso.
Sabado (17) passeio por
Windhoek.
Fui no museu de arte, fraquinho. Museu Nacional não consegui descobrir, acho que fecha hoje. Sei lá
Fui no mercado de artesanias. Local legal pois era uma antiga cervejaria, com escadarias, patios internos etc. Os artigos, tem de tudo. Mais joinhas e enfeites. Mas tem como achar algo interessante e a preços razoaveis por lá. Almocei ou fiz um lanche no Craft café lá dentro. Bem meia boca. Tem um bar chapado chopis algo assim, dizem que é bom. A tarde não resisti e fui tomar outro espresso bom no shopping, dar umas voltas pelos bairros, interessante que bem junto aos edificios do governo federal fica a região onde - imagino - os alemães moravam no inicio do sec XX. Hoje muitas empresas destas que gravitam em torno do governo estão por ali, fora casas de alto padrão. Interessante de ver. Jantei no Joe´s Beerhouse. Muito bom. varias choupanas enormes, chão de pedrinhas, comida e bebida otimos. Preços super bons. Serviço legal. Enfim um dos melhores locais que já estive. Aliás, falando nisto este hotel Uhland é bem bom tambem. Café da manhã (cobrado a parte - R$ 25,00) excelente. Pessoal sempre muito prestimoso e a localização otima.
De manha andei pelo centro. Tipico sábado de manhã. Muita gente tentando vender algo pros turistas. Local desagradável basicamente.
Enfim - Windhoek é uma mistura de Brasilia com cidades pequenas americanas. Muitos edificios publicos, muito comercio, ruas largas. Espalhada, uma sensação de cidade meio sem cara. Mas claro que isto deve passar logo. Basta ir conhecendo melhor.
Fui no museu de arte, fraquinho. Museu Nacional não consegui descobrir, acho que fecha hoje. Sei lá
Fui no mercado de artesanias. Local legal pois era uma antiga cervejaria, com escadarias, patios internos etc. Os artigos, tem de tudo. Mais joinhas e enfeites. Mas tem como achar algo interessante e a preços razoaveis por lá. Almocei ou fiz um lanche no Craft café lá dentro. Bem meia boca. Tem um bar chapado chopis algo assim, dizem que é bom. A tarde não resisti e fui tomar outro espresso bom no shopping, dar umas voltas pelos bairros, interessante que bem junto aos edificios do governo federal fica a região onde - imagino - os alemães moravam no inicio do sec XX. Hoje muitas empresas destas que gravitam em torno do governo estão por ali, fora casas de alto padrão. Interessante de ver. Jantei no Joe´s Beerhouse. Muito bom. varias choupanas enormes, chão de pedrinhas, comida e bebida otimos. Preços super bons. Serviço legal. Enfim um dos melhores locais que já estive. Aliás, falando nisto este hotel Uhland é bem bom tambem. Café da manhã (cobrado a parte - R$ 25,00) excelente. Pessoal sempre muito prestimoso e a localização otima.
De manha andei pelo centro. Tipico sábado de manhã. Muita gente tentando vender algo pros turistas. Local desagradável basicamente.
Enfim - Windhoek é uma mistura de Brasilia com cidades pequenas americanas. Muitos edificios publicos, muito comercio, ruas largas. Espalhada, uma sensação de cidade meio sem cara. Mas claro que isto deve passar logo. Basta ir conhecendo melhor.
Ontem pensava sobre o sotaque, Na
TV, que é principalmente da África do Sul, o sotaque do pessoal é claramente
inglês. Mas no dia a dia das ruas, é difícil de definir que sotaque é. Mas não
lembra nada o britânico.
Aliás, no supermercado, TV etc é
impressionante a presença da África do Sul. Realmente eles tem um papel bem
forte por aqui. Tipo imperial mesmo.
Meu carro tem placa de lá e as
vezes você vê que a turma olha a placa com um certo olhar estranho.
Quando sai do roteiro mais
turístico e vai pra cidades menores, o cartão é mais difícil de ser aceito.
Aliás, aqui o costume geral é todo mundo pagar cash mesmo. Turista ou local.
Não sei bem porquê. O trecho
de Okakarara até Gobabis foi especialmente interessante para ver as casas do
pessoal etc. Muita casa de chapa metálica e aqui em Botswana aparecem várias
daquelas construções circulares, uns 4 a 5 metros de diâmetro.
Dirigir na Namibia, fora a questão
da direção do lado direto, é bem tranquilo. Movimento nunca é muito, pessoal
não pressiona etc. Fora isto as rodovias normalmente são retas e retas.
Interessante ouvir as rádios daqui
tocando músicas locais e ver como foi numa direção totalmente diferente da que
tomou a música no Brasil. Enfim... também devem haver muitas músicas na África.
Outra coisa, não se acha comida
típica. Nos restaurantes, bares etc. é sempre comida ocidental. Para conseguir
comer algo mais daqui tem que ir nos pontos de terminal de Van, taxi coletivo
estas coisas. Não tive coragem para isto, ainda.
Mas o fato é que aparentemente os
negros adotaram a comida ocidental também. Aliás, esta questão de como foi a
tal miscigenação aqui, me provoca. Como vejo – na parte de negócios, elite,
sociedade etc.… os brancos dominam total. No ensino parece que é bem misturado
com predomínio dos negros. Acho que é similar na política. Pelo que vejo em
jornais etc... Funcionário público quase sempre é negro. Mestiços, como já
mencionei antes, nem pensar... até agora não vi nenhum.
Botswana nitidamente tem uma
participação de africanos muito mais forte que na Namibia. No restaurante em
Ghansi, éramos dois brancos e uns 20 negros jantando. Depois chegaram mais
alguns, até chineses tinha.
Em Botswana se vê muito carro de
tamanho médio (quando comparado com Namibia), quero dizer carros que não são
pra trilha, off road etc. Usa-se muito taxi coletivo aqui, com as famosas
buzinadas deles. Praticamente não se vê bicicleta ou moto.
Taxi coletivo comum tambem, uma
corrida dentro da cidade é na faixa de 1 dolar. Mas onibus que é bom, um pouco
mais na estrada - devo ter cruzado com uns 8 onibus nos 1.000 km que fiz dentro
de Botswana. Lembro de um perto da fronteira com uma placa escrita Gaborone
(750 km dali) e o onibus tinha um jeito destes ônibus escolares usados em zona
rural. Agora se a opção que tem é esta, vamos montar nele e simbora.
Todo o mundo aqui no Sul da Africa
adora o tal churrasco (Braai) e tem o Biltong que é uma carne seca (menos seca
que a nossa), que compram em qualquer canto e vão mastigando. As melhores são
caras. Comprei uma super especial, 18 dolares o kilo. Mas uma delicia. Eles te
vendem o pedaço e dai colocam numa maquina que desmancha em pedaços pequenos.
Mas o que o povo usa, claro, é muito mais barato. Carne de animais
"selvagens" é vendida normalmente (bem mais fácil de achar, em
açougue ou restaurante, que gado). Faixa de 8 dolares o kilo, seja orix (mais
barato um pouco), impala, springbok etc.
Comida em Botswana em geral um
pouco mais caro. Um prato em restaurante medio na faixa de 9 a 12 dolares. O
problema é que não existe - como em Namibia tambem - lugar popular. Ou voce vai
nestes lugares ou come o que as mulheres vendem nas esquinas (em geral um bolo
de massa frito). Como a maioria dos turistas acampa, faz sua propria comida.
Mesmo porque 90% dos locais fecham pelas 5 da tarde. Ou seja - apenas em hoteis
de alto padrão tem o tal jantar.
Achei a questão de abastecimento na
Botswana ainda mais complicada. Normalmente faixa de 160 a 200 km entre postos
de gasolina. Nos postos a lanchonete que tem é sempre muito horrivel. Pior, bem
pior, que na Namibia. Então tem que carregar reserva no carro, sempre. Seja
combustivel, agua e comida.
Tambem mais dificil um pouco pagar com
cartão em Botswana. Amigos que foram para lugares mais remotos sofreram. Cash
na mão.
Na estrada a gente fica pensando um
monte de jeito de passar o tempo. Trouxe um pen drive com musicas, mas quando
chego perto de cidades vou tentando achar uma radio local. Em geral rola umas
musicas diferentes.
Tambem me acostumei a gravar
mensagens no celular de coisas que lembro etc.
Mas algo que fiquei ontem matutando
é que o turista chega num pais e o contato que tem é com os funcionários de
alfandega, da empresa aérea, do hotel etc. Depois, aproximando um pouco mais do
pais, com algum garçom em restaurante ou bar, alguma loja etc... mas é tão
dificil e requer um exercicio forte, entrar em contato com alguem que não tenha
nada a ver com turismo. Com isto você consegue perceber um pouco melhor as
pessoas e entender como funciona o país.
O Mark (belga) comentava que foram
a Dominicana, num daqueles resorts all inclusive - e tinha guardas armados na
porta sob a alegação da extrema insegurança do lado de fora. Mas ele foi pra
fora e acabou concluindo que aquilo tudo era para evitar que você saísse do
resort e tomasse contato um pouco mais próximo com o país verdadeiro.
abaixo uma visão geral dos circuitos que fiz nos 3 dias no Etosha - sendo que a lição básica é procurar os tanques ou water holes.
abaixo uma visão geral dos circuitos que fiz nos 3 dias no Etosha - sendo que a lição básica é procurar os tanques ou water holes.
Enfim -fica a dica e matéria para
avaliar, cada um na sua.
Então a partir daqui considero meio encerrado o assunto Namibia e Botswana.
Proximo post (de viagem) será sobre Africa do Sul, Victoria Falls e Maputo.
Então a partir daqui considero meio encerrado o assunto Namibia e Botswana.
Proximo post (de viagem) será sobre Africa do Sul, Victoria Falls e Maputo.
estas fotos todas são no Etosha parque - não vou entrar em detalhes excessivos
embaixo o tal Kudu, cuja fêmea tem o pescoço pelado e em cima um passaro (que não voa) e pode chegar a 70 kg de peso
este tipo grilo ai em cima vive cruzando as rodovias
diz que mesmo o carro passando em cima, os ovos resistem e nascem novos grilhinhos. A turma daqui diz que come dele só em ultima necessidade. O corpo tem uns 7 cm de comprimento
a planicie do antigo lago de Etosha - dizem que é sal, mas eu experimentei este branco ai e não era salgado.
abaixo vista do parque Etosha do mirante. Os morros ao fundo já são fora da divisa do parque
é impressionante o que tem de bando de galinha dangola aqui. Alguns chamam de Guiné, Não é comum comerem tambem. Parece que elas são meio protegidas
Algumas zebras tem listas na perna inteira e outras apenas uns traços no joelho. Especies diferentes? idade ? macho e femea? pode ser
fiquei espantado em encontrar tanto esquilo por aqui
uns animais lá no meio da planicie - chamada Etosha pan.
Acima o famoso Orix e abaixo o springbok. Tem muito aqui e é super normal comer a carne deles. Como é animal solto, pouquissima gordura
pelo tamanho deve ser de elefante, na verdade diz que muitos animais vão revirar o cocô do elefante pois a digestão dele é fraca e então dá para ainda aproveitar muita coisa
abaixo - em Outjo - o ateliê de escultura em raizes do alemão
o cumpim aqui tem uma forma mais ponteaguda, em media uns 2 a 2,5 metros de altura
a famosa montanha do Spitzkopfe
abaixo casa antiga em Outjo e logo depois o hotel tradicional em Outjo tambem
uns 30 km se afastando do litoral, as nuvens/ neblina terminam e volta o sol
muita muita gente acampa por aqui. Esporte Nacional (europeus e sul africanos na maioria). Este trailler é mais baixo e reforçado para as estradas de terra. Achei interessante como ele se expande para cima e para os lados.
abaixo uns bufalos deitados no meio do lago seco - estavam a mais de 1 km da borda
o forte alemão em Namutomi - dentro de Etosha. Umdos lugares mais ajeitados que estive para acampar e pouso e restaurante
na rua em Tsumeb
abaixo o cara que pega um tipo de noz da palmeira e escava para fazer um chaveiro ou algo assim (tá na minha mão direita)
Tsumeb tinha muita atividade de mineração, no museu tem equipamentos usados nisto. Abaixo parque da cidade e igreja em Tsumeb.
Os javalis são engraçados, ficam pastando na beira da estrada, mas se você diminui um pouco a velocidade (nem precisa parar) eles imediatamente correm pro mato
abaixo o platô em Waterberg. uns 150 metros acima do terreno em torno
cupim em volta da árvore, mas parece que não mata ela
abaixo escorpião negro
vista da planicie em volta do Waterberg
estrada de areião no topo do platô
casal de amigos muito especial - Mark e Wendy, da Belgica
o tal Rino
abaixo proteção pro frio, basta o sol sumir que o bicho pega
chegando na divisa com Botswana
abaixo já em Botswana
acima um mapa do delta do Okavango, Maun fica na parte de baixo (olhando com cuidado dá para ver escrito). O mais claro é deserto
Pra baixo fotos do passeio no delta, usando a canoa tipica - Mocoro
acima caminhando em uma das milhares de ilhas que formam o delta. Os bichos maiores atravessam de uma pra outra
acima vilarejo em Botswana
abaixo aproveitamento de pneus. Pior que ficou confortável de sentar
parada para lanche no Etosha, em um camping. Estes lugares são cercados e voce deve abrir e fechar a porteira para entrar ou sair.
despedida de Etosha - um elefante pertinho
amigos em Tsumeb - familia
jantar congregando a turma na Waterberg Guest farm. Comida local deliciosa, Como dizem - todos brancos e super viajados...
aviões de passeio no aeroporto de Maun
acima - momento de decisão - coceirinha de ir reto
abaixo - de novo - chegando na divisa pelo lado de Botswana
Windhoek (onde o vento faz a curva em tradução semi-livre) foi construida numa região de montanhas - estas são as primeiras que vi chegando ali.
abaixo trem usado na guerra
Esta empresa Intercape é o melhor (quase unico tambem) transporte Interurbano (com onibus) aqui em todo o sul da Africa e usam onibus brasileiros. Tem que fotografar né?
abaixo uma vista do museu da Independencia
acima centro comercial
rua de lojas no centro
loja com coisas pra casa, roupas, etc. Alto padrão
abaixo museu da Liberdade e estatua do Sam Mujone que foi quem liderou a independencia.
o parlamento - tintenpalas
abaixo a igreja de 1910 - Cristen church.
A cidade vista mais de cima, embaixo mais a parte central, acima a parte noroeste
4 comentários:
Posso apostar toda minha reputação (que não vale nada, por isso posso apostar) que aquele grilo no meio da estrada estava te encarando com um olhar sinistro!!!!!!!!
Pergunta: vocês está fazendo todo esse trajeto com GPS??? Tem mapa até da estrada de areia????
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