De Essaouira ainda descemos mais 160 km pro sul – ate Agadir
(aquela da novela antiga – acho eu...)
A estrada vai por um bom trecho por área rural, já bem
deserta, mas com arvores pontilhando o campo empedrado e seco. Muito cabrito,
muito cactos etc...
Cada cidade uma feira se formando, pessoal vindo na estrada
para comprar e vender, aquela coisa de sistemas baseados em feiras livres e
abertas.
Uns 60 km antes de Agadir a estrada econtra o mar, do alto
de um penhasco e dali vai seguindo. Paisagem lindíssima, região de balneário
forte, muitos surfistas e pescadores também.
Agadir foi reconstruída quase totalmente num terremoto em
1960. Parece uma cidade nova e muito bem feita. Ruas largas, arvores, prédios
bonitos, enfim uma cidade ocidental
exemplar. Muitos hotéis na beira da praia.
Fomos visitar o museu de costumes Amazigh (Berberes) –
estava fechado mas o vigia –após algum choro, nos deixou entrar e nos levou
visitar tudo. Muitas jóias e objetos de uso diário. Legal de ver.
Seguimos em frente, adeus litoral, rumo a serra. Andamos uns
100 km pelo vale do rio Souss. Muita plantação (o rio em si totalmente seco e
cheio de pedras) e fomos nos aproximando das montanhas Atlas. A estrada começa
a subir, a partir de uns 500 metros de altitude e fomos a 2095 metros –
neblina, frio etc... Um trecho de estrada fantástico de se ver. Praticamente
numa parede só, então a gente consegue enxergar quase toda a subida. Tipicamente boliviano, mas meia pista
asfaltada, quando cruza um dos dois tem que ir pra terra.... pequena
batalhazinha de poder.
La de cima voltamos a descer, vales, garagantas, pequenas
vilas, uma mesquita de 1200, e muita muita curva.
Uns 40 km antes de Marrakesh a estrada entra no plano
novamente.
Chegada em Marrakesh foi muito tumultuada. Nos perdemos,
raspei a saia dianteira do Peugeot num meio fio, o transito tumultuadissimo, e
ainda por cima um cara que nos levou os últimos 100 metros ate o hotel nos
extorquiu grana... Enfim – faz parte como dizem.
Hotel Riad Catalina – um verdadeiro Oasis, lugar maravilhoso
mesmo. Beco fechado, uma portinha de madeira e de repente estamos num jardim
fantástico, fonte de água etc.. (us 120 por casal – aqui nada é barato...)
Visitamos os principais pontos da cidade mas me impressionei
com o tumulo dos príncipes Saaditas, as ruínas do palácio Badi (imaginar como
poderia ter sido aquilo) e a escola (Medrassa) Youssef. Nas ruas sempre
milhares de lojas de todo o tipo, para turistas, para locais, para todos. Muitos
te abordam mas basta não dar corda e seguir em frente. Mas não há duvida que
tem muita coisa interessante a venda. E tem que negociar, não tem jeito.
Simular que vai embora etc...
A praca Djema El Fnal – isso sim é o microcosmo do universo.
Encantador de cobra, vendedor de xilofone, consertador de panela, DVD pirata,
suco de laranja, cinto de couro e por ai vai. Tem uma sorveteria no lado sul,
nos dois dias fomos ali, tomamos um bom sorvete e depois um café ou cha de
menta (este tem que pedir sem açúcar mesmo e depois adoçar na mesa – senão fica
doce demais....)
Como a maioria dos turistas que vem ao Marrocos se concentra
em Marrakesh isto vira uma super confusão. Mas a maioria é de Frances mesmo,
ingleses bastante, pouco americano, espanhol e italiano sempre aparecem e hoje
ouvimos português na rua pela primeira vez.
Ontem jantar no Vila Flore – maravilhoso e excelente – a
dona (como é comum por aqui) veio com o marido da França e construíram o hotel
e restaurante. Comemos muito bem, um bom vinho gris (não dizia safra nem
uvas....) 840 DRH (preco europeu – quase....)
Na rua em locais mais simples come-se bem por 200 DRH (em
duas pessoas – isto da 25 dolares ou menos...). Se atacar barraquinha de rua –
mais barato ainda. Comemos uva e tomates
(deliciosos e baratos), Maca meia boca. Muita romã pra vender. Laranja também.
Mesmo aqui longe do mar a gente encontra varias peixarias.
Temos comido sempre que dá o tal Tajine. Carne cozida com
legumes e batata etc num prato de barro quente.
Ainda sobre Essaouira não dá pra não notar a simpatia ou
alto astral da cidade.
Nenhuma mesquita pode ser visitada por não muçulmanos, isto
é chato. Eu gostaria de ver por dentro. Nem foto tem. Entendo a questão da
religiosidade do local, mas podia ter uns horários ou algo assim.
acima mercado de peixe e estaleiro em Essaouira - vao chegando os barcos e a turma vai vendendo no chao mesmo - abaixo Essaouira tambem - é famosa pelos estaleiros
muralha de Essaouira - abaixo chegando em Agadir - serra beirando o oceano (Atlantico em verdade...)
acima - zig zag da subida no Tisin Test - bem no meio o passo a 2095 metros de altitude. abaixo vista de trecho da estrada. Nao vimos caminhoes de maior porte (maximo na faixa de 8 toneladas algo assim)
vila e plantaçoes na estrada para Marrakesh - parece o Peru - abaixo a Medrassa (escola) Youssef em Marrakesh
acima na parte principal da escola e abaixo lustre no museu Sid Bar Dai
tomando cafe no meio do Souq e abaixo vista do detalhe da pintura do teto - palacio Bahia
acima - Florinda contemplando o palacio Bahia e abaixo - praca Djema El Fna - no final da tarde
torre da mesquita Koutobia acima e abaixo franceses usando um telefone publico (2 na verdade) - achei curioso pois eles estavam em frente ao hotel Mamounia (seriam hospedes? 800 doletas a diaria minima...) e tambem porque tem muito telefone publico por aqui mas nao tinha visto ninguem usando até este momento
La Mamounia - quase chegamos la - só a cara dos seguranças e os portoes fechados ja dificultam tudo (180 dolares para passar o dia no hotel....) abaixo - mesquita Koutobia no final da tarde - o minarete tem 85 metros de altura - aproximado.
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