Que delicia estar no Equador e em Cuenca. Acho que o choque
entre Chiclayo e Cuenca foi brutal. Cidade agradável em todos os sentidos essa
daqui. Mas vamos voltar a ontem (sábado) pra ir desenrolando a historia.
Peguei uma van pra Pimentel – além do nome (que remete a
grande e querido amigo meu), me disseram que era uma praia legal etc. e tal.
Difícil escapar de andar nas vans (que eles chamam combi...)
– a ida a Pimentel custou 1,6 sol pra fazer uns 15 km que custariam na faixa de
20 a 25 soles com taxi. Como transporte coletivo (ônibus de linha regular me
refiro) é praticamente inexistente, temos que nos viabilizar com as combis
mesmo.
A cidade de Pimentel é muito simpática. Era um molhe para
embarcar cana de açúcar no inicio do séc. 20. O molhe foi recuperado e é lugar
de passeio, pesca, namoro etc.
No mar alguns pescadores em cima de totoras (aquelas mesmas
do lago Titicaca) pescando e cheio de albatroz e gaivota embaixo. A agua do mar
até que estava numa temperatura razoável, mas o ventinho frio desencorajava
maiores entusiasmos pelo mar. Dali a pouco entrou uma neblina, ficou mais frio
ainda mas passado algum tempo se foi.
Tinha umas mulheres vendendo artesanato a base de conchas.
Fazia tempo que não via coisa tão kitsch ou brega ou sobre enfeitada – faltou
tirar uma foto (fiquei meio sem jeito....). Na praia um monte de totoras
secando ao sol. E os surfistas agitando pra lá e pra cá. Aliás a região toda é
cheia de surfistas.
Almocei no Langostino – razoável. Ia almoçar em Chiclayo mas
acabei não resistindo a ficar aqui vendo e cheirando o mar. Comi bem e paguei
uns 30 soles.
Voltei de combi e dei mais uma enrolada no centro e
depois peguei minhas malas e levei para
o ponto de embarque. Ainda passei num mercado em frente a estação de ônibus e
comprei umas coisas de lanche – que salvaram a noite etc...
O ônibus um volvo de dois andares Marcopolo – mas super mal
conservado. De qualquer modo seguimos, parada as 9 da noite (saiu as 17:30) em
Piura após atravessar o deserto de Sechura e depois ali pelas duas da matina
parada na fronteira.
Serviram uma marmita com arroz e carne ensopada – uma das
coisas mais horríveis que já experimentei na vida. Fantastico como conseguiram
estragar aquilo.
Basta entrar no Equador pra ver a diferença (instalações da
aduana, placas e estado da pista, pessoal no atendimento da aduana e por ai
vai)
6 e meia da matina chegamos a Guayaquil. Da pra ver a cidade
ao longe. Predios, beira rio etc... A rodoviária atende toda a cidade, tem 3
andares (isso mesmo – os ônibus sobem dois pisos para atingir os 112 locais de
partida). Peguei um ônibus em seguida para Cuenca. Nem deu pra ir no banheiro.
Onibus já meio bagunçado mas foi bem. 1 hora e meia na
planície baixa de Guayaquil e dai começa a subir – mais 1 hora e meia – chegou
aos 3900 metros.... E tudo sempre verde, claro que na parte mais alta grama
baixa e aquelas plantas mais hirsutas de altitude. Mesmo assim uma diferença
fenomenal em relação as montanhas mais ao sul.
No litoral, a partir de Piura o deserto vai terminando – que
começou lá em Vina del Mar ou um pouco pra cima.
Depois de passar no ponto mais alto descemos por um vale
super verde, com muito pesque pague de trutas, ate chegar dali a pouco em
Cuenca. Fica realmente numa bacia mas muito grande. Os primeiros ocupantes
(Canaris) chamavam essa região de planície sem fim algo nesta linha. Taxi e pro
hotel (Campanario) – excelente instalação e atendimento e localização tudo.
Fui andar pela cidade, almocei no Guagibamba (como estava
lotado pelo dia das mães – comi um lanchinho pelo meio dia e cheguei la as 3 e
meia) – foi um seco de pato (uma coxa de pato com molho, arroz temperado e
batata com molho. Uma delicia.
A cidade é cheia de sorveterias, mas parece que a Monte
Bianco (perto do Hotel) é das melhores.
Aqui no Equador se usa o dólar americano direto – que nem no
Panama só as moedas que tem americana e equatoriana.
A cidade é muito gostosa de passear, tranquila, limpa, ruas
bonitas, construções ajeitadas (mesmo as mais modernas). Quanta igreja – mas a
catedral nova é enorme mesmo.
A dica é atravessar a fronteira de ônibus direto (pelo menos
de Tumbes a Machala)
Hoje (segunda) almocei no Raimypamba (ao lado da catedral) –
muito bom. E da lhe sorvete. Fui no
museu do Banco Central (agora mudou o horário e só abre de terça a sábado),
depois museu de arte moderna (plaza san sebastian) – muito legal. Museu do chapéu
panamá (chapéus na faixa de 30 us dólar) e dá pra ver como faz etc. Interessante. Cuenca é um centro de comercio destes chapéus.
Fui ate um mirador (loma de Cullca) – boa vista da cidade.
Acho que Cuenca é uma das cidades mais agradáveis que já estive. Moraria aqui numa boa.
Alias muitos americanos veem morar no Equador. Existe uma integraçao grande entre EUA e Equador e o fundo de pensao de um americano medio permite uma vida muito melhor por aqui....
pescador em totora e pelicanos de olho
o pier invadido pela neblina
totoras na praia - secando
entrada do molhe
vista de Guayaquil - Equador
vista na travessia dos Andes para Cuenca - estamos a uns 3700 metros de altitude
a famosa catedral de Cuenca
A catedral vista por dentro
bairro no barranco a beira do rio em Cuenca
estatua ou instalaçao no bairro Vado (de artistas)
Local onde era a cidade inicial dos Canaris (de 1000 AC ate 1400) depois Incas e depois Espanhois
Loja e museu e demonstraçao de fabricaçao de chapeus Panama
abaixo vista interna da antiga Catedral
A catedral nova vista de longe
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