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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

CIRCUITO TABULEIRO - ANGELINA - SÃO PEDRO DE ALCANTARA - grande FLORIANOPOLIS 46_2013

Tem um post geral lá em fev 13 sobre Florianópolis. Mas preferi colocar este destacado. Estive uns dias em Floripa e fui fazer este percurso que faz tempo eu estava curioso.


A primeira etapa era ir pelo lado Oeste do parque do Tabuleiro (via Águas Mornas)  e dali eu achava que tinha um caminho fácil até o Pico da Cambirela. Não tem....  Mas é um vale muito bonito e vale o passeio. Aproveitei que estava na região e subi a serra via Rancho Queimado, Angelina, São Pedro de Alcântara (este trecho são 27 km de terra, mas passa praticamente qualquer carro), depois Antonio Carlos e de volta a Floripa. Total de 220 km.

Detalhes do trecho dentro do Parque do Tabuleiro

Passando a entrada para Santo Amaro da Imperatriz, uns 9 km depois tem uma rótula que dá acesso a Caldas da Imperatriz e Águas Mornas. Entra ali mas segue na direção da Vargem do Braço

KM      ALTITUDE             LOCAL 

0             70 m       Ponte sobre rio Cubatão
10          326 m      Igreja da Vargem do Braço
15          340 m      Estrada dá uma boa piorada (daqui pra frente 4 x 4 ou a pé)
18          400 m      Portão fechado e estrada vira trilha - parei por aqui.


Seguem fotos


 Casa dos moradores, normalmente pessoal ligado a horticultura

Igreja na Vargem do Braço - reparem que as serras do Parque estão sempre por perto.

 O rio Vargem do Braço 
Fim da trilha, achei meio sem jeito ir invadindo, e o ideal seria seguir a pé e em grupo

 Aqui teve uma ponte. Mato fechado dos dois lados

a estradinha e um cachorro caçando ou farejando alguma coisa

 Que capricho no portão

Igreja de Angelina - é local de romaria, nos fundos da Igreja tem um parque com um tipo de roteiro ou caminhada sacra algo assim

 rosa em Angelina, abaixo a igreja de Angelina

 Vale na região entre Angelina e São Pedro

Muita coisa escrita em alemão e portugues. Dizem que em 1849 aqui em Sao Pedro chegou a primeira leva de alemães a SC

 Casa da família Kretzer em Vila Filomena

abaixo mapa do município de São Pedro 

 monumento aos imigrantes em São Pedro

Igreja enorme em São Pedro, vista a partir do cemitério que foi construido no alto de um morro e aterrado para aumentar a área e ficar plano (que capricho...)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

NORTE DE MINAS e outros locais - parte 2 - continuando

Pois é

deixei o carro em BH, passei uma semana em Curitiba (que por sorte estava de sol e um calor agradável) e na segunda 25 retornei a BH. Fui visitar alguns parentes e na terça cedo me mandei. Este negócio de ficar em cidade grande não é bem minha praia....


Agora o rumo é o Noroeste de Minas e depois atravessando pra Brasilia e iniciando o retorno para Curitiba.


1) O ROTEIRO


Belo Horizonte a Pirapora e São Francisco e Januária - 640 km sendo 160 em terra tranquila. 


Januária a Brasilia - 560 km, sendo que até Chapada Gaucha (160 km) de terra, mas bem tranquilo. 

Brasilia a serra da Canastra (São Roque de Minas em verdade)  - 740 km, sendo os últimos 50 (após Bambui) de muito pó, para fugir deste trecho de terra, longa volta por Formiga e Pimhui (isto pra quem vem de Brasilia)

de São Roque a Curitiba, somente asfalto, 1100 km. Depois que entra em São Paulo as rodovias ficam muito melhores de dirigir.

De Botucatu para Itapeva fomos via Paranapanema - travessia numa balsa. Problema é que ela vai de hora em hora (saindo na hora cheia do lado de Paranapanema) mas belíssima paisagem, tanto na estrada como na travessia em si (eu gosto de travessias de balsa, seja em rio, lago ou no mar mesmo)

A viagem no total fechou em 43 dias e 8.748 kilometros rodados no carro. Fora as caminhadas....

2) DICAS PRATICAS


Acho que a mais importante - EVITE chegar numa cidade após 15 horas sem ter reserva de hotel. Devido a muita gente viajando a serviço, os hotéis nas cidades com alguma atividade comercial lotam TODAS AS NOITES. Me refiro especialmente as noites de segunda a quinta feira. 

Em Belo Horizonte - café da manhã no mercado municipal e Ibis budget ali pertinho (Bias Fortes ) - 145 reais sem café da manhã mas com estacionamento


Chegando em Corinto - lado direito da pista - castelinho do Gaucho - bom almoço de beira de estrada


Pirapora - hotel Canoeiro (100 reais apto econômico de solteiro) e o restaurante do hotel. Falam bem do Egnaldo (rest) e hotel Cariris no centro (mais simples). Na entrada da cidade tem uma serie de hotéis bem simples num trecho de 2 quadras.


Em Ibiai - na praça central restaurante e lanchonete COISAS DE MINAS.  Vindo de Pirapora não deixar de entrar na barra do rio das Velhas e ver a igreja de Pedra (Guaicui)


Em São Francisco - hotel Atalaia (30 reais apto econômico para solteiro) ou Green Fish. Rest peixe vivo ou bar do Juca - Green fish fica meio longe da beira rio


Em Januária - rest.  Havai e hotel do Senac (fica longe mas as instalações são ótimas). Beira rio tem o Viva Maria (alto padrão - 130 reais para solteiro) e perto da rodoviária tem o tradicional hotel perto de rodoviária - Brilhante.


No Peruaçu - tem pousadas familiares, tem refeição (mas acho que tem que avisar antes essas coisas). O problema principal é autorização para visitar. Em principio tem que ligar no escritório do ICmBio que fica junto ao parque (um povoado chamado Fabião I) e conseguir a licença. Feito isto contratar um guia (preço fixo de 100 reais - irredutíveis). Fui com Ademir (apelido Miquinha) - excelente. 

Em Chapada Gaucha - hotel Veredas (80 reais p solteiro - ar-condicionado e frigo bar) e tem também o Recanto de Minas. Restaurante Caipira. Para visitar o Parque Grande Sertão - avisar o Icmbio (quase ao lado ou nos fundos do  Caipira) e contratar um dos dois guias usuais (Juraci - conhecido como Jau e dizem que muito bom
 ou Antonio).  Jau me indicou o Martinho (38 9745 5426) foi um bom passeio. Ele nasceu na região que hoje é o parque. Foram boas conversas. MAS NÃO TEM COMO IR SE O CARRO NÃO FOR 4 X 4. Bom agendar com os guias um pouco antes. 

 Para a serra das Araras o passeio é básicamente subir a chapada (uns 300 metros de desnível) - arranjar alguém da vila de mesmo nome. Mas precisa ser logo cedo ou final da tarde. Ou num dia frio. O calor do meio do dia torna meio que insalubre enfrentar a subida - sem sombra. No caminho entre Januária e Chapada - cachoeira do rio Pandeiros e  o rio Pardo (ponte de pedra) são dois locais que vale uma parada. Perto do rio Pardo tem o lugarejo São Joaquim que tem uma pousada (Bella) 

Arinos - fica no caminho entre Chapada e Brasilia - hotel Dias (simples), restaurante porta aberta (bem bom) e tem tambéem o fogo de lenha. Lanchonete Big gula (ótima mini sfiha de carne)

Brasilia - chopp e petiscos do Bar Brasilia continuam ótimos, Universidade do Pastel na feira do Guará já foi bem melhor, Sorvete do Saborella é bom, mas já foi melhor e principalmente o preço (19 reais duas bolas) ficou meio fora da realidade....  Almoço no Dom Francisco na ASBAC - acho um pouco acima da média tambem. Aliás este é o problema de Brasilia em geral - onde o pessoal com nível de ganhos muito acima da média vai, inflaciona forte (seja imovel, alimentação, roupa etc...)

Em São Roque de Minas (Canastra) - hotel Canastra (130 a diária de casal - fone 37 3433 1187) é bom mas tem muita outra  opção por ali - só que o papo com o dono - Sr Assis - é muito agradável. Para comer - Zagaia continua ótimo. Na parte baixa da Canastra - Edmar (no topo do morro do carvão - VISTA BELISSIMA - local agradavel - se quiser ligar antes - não precisa esperar tanto - tem wifi de graça (!!!) - fone 031 4062 7320 ou edmar@coopnet.net.br  - queijo ótimo também) e mais adiante a Vanda. Doces e queijo na dona Neusa (indo da entrada da cachoeira Casca Danta rumo Edmar, logo após dois mata burros, casa branca pra baixo com gramado grande na frente. Guia de turismo com uma land rover bem cuidada e ele me pareceu bastante competente - João Belo no 37 8808 5355. 

Em Brodowski - restaurante Simone na praça da Casa do Portinari.

Em São Carlos - sorvete Bejo, bar Seo Gera ou Santa Teresa. Hotel Slaviero na Rodovia - ótimo atendimento mas quarto minusculo e janelas não isolam o ruído do transito na estrada. 

Em Itapeva - não conseguimos nos hospedar mas os hotéis que parecem bons são o Patriarca (na praça Matriz) e Marino. Parece que Vale Verde bom também.

Em Itararé - o tradicional hotel Itararé


3) PESSOAS

Duas coisas são, para mim ao menos, os grandes motivadores nestas viagens. A primeira que é mais forte neste blog se refere aos locais, vistas, lugares bonitos em geral. Paisagens diferentes, caprichos da Natureza etc...

Mas tem outro lado que também me atrai demais que são pessoas que a gente encontra no caminho e que nos deixam lembranças muito agradáveis.

Dirigindo por horas na estrada a gente vai pensando em cada um. Fiz abaixo um resumo das que mais me chamaram a atenção. As duas primeiras (Lira e Zezinha - são ainda mais especiais...) mas os demais não aparecem em ordem alguma. Todos me tocaram. 

Dona Lira Marques em Araçuaí- na sua percepção do mundo, na necessidade de mostrar a vida da grande maioria das pessoas, que não é fácil, na vontade de nos aproximar da África e principalmente na conversa serena mas carregada de significado.

Zezinha em Campo do Buriti (Chapada do Norte) - Ela e o marido no sítio que vivem, parecem um oásis de paz e harmonia. A sensação de que ali naquele ambiente o ser humano vive da maneira que devia ser mesmo.

Sr Pedro - dono da pousada Araras em Araçuai - Cara animado com a vida, com vontade de fazer as coisas. Muito bom ver brasileiros deste jeito.

Martinho - guia na Chapada Gaucha (parque Grande Sertão) - Sempre buscando achar o melhor jeito de conviver com as coisas, seja do homem seja da Natureza.

dona Neusa e seu Osmar (serra da Canastra) - fazedores de doce e queijo e vivendo uma vida de paz e tranquilidade. Recebendo tão bem quem aparece por ali. 

Seu Roque seleiro e violeiro em Araçuaí - também forte participante no coral Trovadores do Vale. Simpático e pronto para compartilhar e conversar. 

Maria Eduardo - artesã em barro e argila em Chapada do Norte. Outra pessoa que passa paz e tranquilidade pra gente. Gente Fina de primeira.

Marlice - tecelã animadíssima em Guaranilandia (distrito de Jequitinhonha) 

A turma da Lavanderia Coletiva de Almenara - mulherada animada no seu trabalho de dia a dia.

4) UMA AVALIAÇÃO GERAL

Depois que a gente escreve, consolida, vai passando as horas e dias, vai sedimentando uma visão mais abrangente da viagem como um todo.

- O conceito meio antigo (acho que de antes dos anos 80 talvez) de que de BH para cima a gente vai adentrando o Nordeste (ou uma região bem diferenciada do Sul e Sudeste)  e isto significa uma pobreza ou abandono muito grande, é bastante enganosa. É certo que há muito que melhorar por ali, mas é evidente que a situação do pessoal não é de abandono nem desespero nem beco sem saída. A gente vê as cidades agitadas com pessoas tratando de seus negócios, o asfalto chegando a cada canto, Internet junto com certeza. Escolas funcionando bem, ônibus escolares recolhendo os alunos, postos de saúde etc. As casas na área rural são simples e com muita coisa a melhorar, mas dizer que o pessoal vive em condições sub humanas beira o exagero.  Especialmente na região do Jequitinhonha, se percebe que a situação está sempre numa direção de melhora. 

- A questão chave para este pessoal é o período de estio (aprox. Abril a Outubro) no qual a água realmente fica pouca e a situação pode chegar a complicada, mas é interessante ver como o pessoal convive de forma tranquila com isto.

- As extensas plantações de eucalipto que tem por ali realmente é algo meio estranho. Não diria exatamente que é errado, mas é estranho ver dezenas e dezenas de kilômetros cobertos de eucalipto, arvore que goza de fama de secar fortemente o solo, bem numa região que enfrenta longos meses sem chuva e com o sol queimando em cima.

- O Rio São Francisco realmente impressiona por cortar o Brasil em tantas regiões tão diferentes, saindo praticamente da divisa MG - SP, onde existe um regime de chuvas mais regular e dali ir seguindo norte para regiões com clima cada vez mais complicado. 

- Depois de vários dias em cidades pequenas, estradas de terra, hotéis simples, poucas opções em termos de alimentação etc... MAS PLENAMENTE COMPENSADAS pelas pessoas que a gente encontra e as paisagens que a gente contempla - enfim - é bom chegar numa metrópole tipo Brasilia ou BH etc... e poder gozar das coisas boas destas cidades.  Não tem jeito, a atração da cidade grande, ainda mais para quem é acostumado com ela, é complicada pois atua muito forte.  


5) FOTOS E COMENTÁRIOS






Acima e abaixo o famoso Morro da Garça, entre Corinto e Curvelo, que é citado pelo GR no Grande Sertão. Realmente é um morro sozinho no meio de uma grande planície. Junto tem um vilarejo do mesmo nome bem simpático mas bem pequenino. Na foto abaixo uma visão de como estão todos os açudes por aqui. Quase no final. Dizem que faz muitos muitos anos que não tem uma seca como esta. 


Ponte metálica por onde passava a ferrovia em Pirapora, Não consegui descobrir para onde ia ou de onde vinha esta ferrovia, mas o fato é que Pirapora era um entreposto comercial fortíssimo, justamente por estar no inicio de um trecho navegável do rio São Francisco que se estende para bem longe ao Norte. Hoje Pirapora vive meio que do turismo, pesca etc. Quando o rio não seca demais tem o vapor Benjamin Guimarães que dá umas voltas. Uma bela praça junto ao rio, centro de convenções etc...A chegada até Pirapora é pelo vale do rio das Velhas, com planaltos elevados dos dois lados, mas não muito. Porem vegetação bem seca e tipo cerrado ou caatinga (mato seco o pessoal chama por aqui). Na ponte hoje só passa bicicletas. Aliás desde a BR 040 (3 Marias) tem uma ponte da rodovia uns 10 km a montante deste local e depois somente em Januária. Várias balsas no trecho. 


Acima as lajes de pedra raramente visíveis e abaixo as lajes que impedem a navegação rio acima. Do outro lado a cidade de Buritizeiro. Tem gente que diz que a vista do rio é melhor de lá. 


Achei um cartaz com o rio cheio e aproveitei para fazer esta comparação entre os dois momentos. Realmente é uma boa diferença. Mas se a gente pensa que ele vem desde lá da serra da Canastra catando água de tudo que é lado, dá pra entender melhor o efeito da chuva no nível do rio. 


o famoso vapor, estreou no Mississípi em 1903 e depois veio pra cá (passou pela Amazônia um tempo). Funciona apenas a base de vapor e o pessoal tem orgulho do ótimo funcionamento do maquinário.  Abaixo a igreja de pedra na foz do rio das Velhas. Muito interessante mesmo. Com a árvore que cresceu em cima, mais ainda.....


As balsas cruzando o rio. Cobram R$ 10 por carro pequeno, tem uma cada 50 - 70 km em média.A de baixo tinha atolado na beira do rio. Fiquei por ali uma meia hora e o pessoal não conseguiu tirar do lugar. Não tenho ideia o que mais iam fazer para deslocar a bichinha. Reparem que o barco que impulsiona a mesma é bem simples. Com um motor de caminhão adaptado. 


A estrada no meio do mato seco. Quase tudo muito muito plano. Muitas partes o chão é de areia. Fora isto muita pedra. Mas sempre passa alguém, muita moto, caminhões grandes, ônibus de vez em quando. Abaixo vista da cidade de São Francisco e do porto de areia um pouco antes da cidade. A cidade tem um dique longo (tipo uns 5 km) incluindo uma parede de concreto em frente a igreja (visível na foto) para proteger das enchentes. Como as regiões para o Norte vão ficando cada vez mais planas e portanto fácil de inundar, as estradas estão sempre no alto e as cidades fazem o que podem para tentar conter alguma cheia mais inesperada. 
Abaixo avenida em São Francisco cortada pelo muro de proteção da enchente. 





Fim de tarde contemplando o riozão espraiado. Imagine quando ele fica cheio de água. Abaixo o quarto de R$ 30,00 no hotel Atalaia. Tava ótimo.


Tinha algum tipo de encontro de pessoal de rally (motos e jipes especialmente) na cidade naquele dia. E apareceu este caminhão. Mais tipico de rallies de maior envergadura (Sertões, Dakar etc.)

Na praia em frente a São Francisco as tendas pro pessoal curtir o areião e água refrescante do rio.


Sempre aparece um ônibus para atender a turma da região. Incrível como eles aguentam bem os trancos e barrancos. Parece até que sujam menos que o usual....

Uma das poucas pontes sobre o São Francisco - chegando em Januária. Muito quente. Vários bares e locais pra turma se divertir na beira do rio, ainda mais com as praias enormes que se formam nesta época tão baixa.


Em Januária, na praça central, o hotel Rondônia. Foi duro não se hospedar ali, a tentação de ficar num lugar com cara de tanta história para contar é grande. Esta região da cidade é com casas do sec 19, ruas muito estreitas e a calçada mais estreita ainda. Com o calor que faz aqui, a situação fica meio critica no início da tarde, me refiro ao calor sufocante. Mas mesmo o pessoal daqui comentava que estava meio acima da média. Dizem que o São Francisco não esvaziava tanto faz quase 100 anos....

Interessante mencionar que o trecho de Pirapora até Januária - 220 km em linha reta, deve dar quase 350 km pelo rio, apresenta um desnível na água de aproximadamente 25 metros. Tinha percebido pelo GPS e fui checar no Google Earth. Com isto se garante o fluxo da água....

Abaixo o boteco ideal, não consegui perceber bem a correlação dos nichos de mercado que eles atendem...





A belissima barriguda. Dizem que é tipica do tal do mato seco - aquele que as arvores perdem COMPLETAMENTE todas as folhas no período de seca (abril - outubro) e rebrotam em outubro, mesmo que não chova. Dizem que é super frágil em termos de vento e essas coisas, caindo muito facilmente. O estoque de água seca quando ela cai e o tronco fica com aparència de um isopor algo assim

Agora pausa para um local realmente especial. As grutas do Peruaçu foram formadas pelo próprio rio cavocando as rochas calcárias da região (formação tipica deste lado do São Francisco, em torno de Januária e Itacarambi).  Então o rio sai da parte alta (cerrado, terra branca como é referido) e vai descendo pelo vale e cavocando várias grutas e lapas etc.

Ai embaixo o famoso janelão, a gruta mais visitada da região (apesar que dizem que a gruta bonita se compara a esta.... não pude ir ver para crer). É um portico de uns 100 metros de altura, e que para dentro prossegue a grande altura (faixa dos 60 a 80 metros) e vários buracos no teto e mais o rio correndo e formando prainhas pelo meio. Um espetáculo de passeio. Sendo que ali dentro a umidade é alta e temos então um tipo de mini mata atlântica. Na entrada da gruta existe um conjunto de inscrições rupestres, principalmente na cor vermelha (e um pouco de preta), com 7 a 10 mil anos de idade. Muitos motivos geométricos. 

Estão sendo construídas passarelas e proteções etc para quando o parque for aberto (dizem que 2015... sei não, tenho a impressão que o pessoal tá gostando de manter ele nesta situação) 


acima formação avermelhada (terra do solo acima provávelmente) e abaixo o famoso portal do Peruaçu, meio que o fim de uma etapa da caverna do Janelão. Tem uns 80 metros de altura. 

ao longo do trecho (entre o janelão propriamente dito e este portal acho que tem uns 800 metros algo assim) a gente vai encontrando formações de vários tipos, colunas, cogumelos, estalactite e estalagmites... etc.


OUTRAS VISTAS DO PORTAL 




Estas piscinas medem centimetros, diria que a largura da foto abrange uns 70 cm algo assim. Então ficar olhando de perto este rendado minusculo é uma viagem. Dá medo até de respirar ali perto. 

A formação abaixo é chamada perna da dançarina, fica bem no final do percurso permitido hoje e mede simplesmente 28 metros de altura. Dizem que é a maior conhecida no  mundo.


mais vistas do portal e das formações. Desculpem o excesso de fotos mas tento mostrar um pouco melhor o que me deixou tão maravilhado. 


Acima inscrições junto a um cemiterio de crianças (no caminho entre Janelão e entrada do parque). As ossadas foram pra Belo Horizonte. 

abaixo passagem aberta a bomba e picareta no mato, quando o pessoal entrava nesta região para derrubar aroeiras (inicio séc XX). Pessoal que morava na região sabia das formações mas não se preocupava em ir visitar 


reflorestamento de mogno na região. Secura do inverno é compensada com irrigação artificial. 

Abaixo a cachoeira do rio Pandeiros. Este rio, como vários outros da região, nasce nas encostas das chapadas e se mantem com bom fluxo mesmo nas épocas mais secas. 


Primeira vista das chapadas, ainda bem longe delas. 

sem duvida o carro de boi é uma raridade por aqui. Moto é o padrão.




A serra das Araras, olhando com cuidado na parte mais alta dá pra ver a trilhazinha subindo numa crista do morro. 

E continuam as retas. De Januária a Chapada Gaucha são pouquíssimas curvas. O ponto de maior cuidado é que este revestimento desaparece em alguns pontos e ficam os bolsões de areia, onde o carro mergulha de ponta. Se a gente olha em volta o solo é totalmente arenoso. Praticamente em todo o trecho (fundo de mar?)



Já no alto da chapada, erosão brava e vista das beiradas das chapadas ao longe. 

Os campos super planos (faixa de 870 metros de altitude, Januária está a 440 metros e a estrada veio na maior parte na faixa de 550 a 650 metros de altitude) . Pessoal colhendo forragem, que imagino seja a cultura da época seca. E aguardar a chuva para plantar o soja. 






Dentro do Parque Grande Sertão Veredas, muita areia (sem 4 x 4 acho que não dá pra passar) e a vegetação já recuperada e intocada. Bonito de ver




Veado curtindo o sol da manhã (a penugem do chifre ele perde uma vez por ano) e a baixo trecho do Rio Carinhanha - na verdade o parque é a bacia formadora do Carinhanha, incluindo rio Preto, Onça, Santa Rita e outros. Este Carinhanha vai desembocar no São Francisco lá onde Minas encontra a Bahia. daqui do parque até lá ele forma a divisa MG com BA.


Onde a água não corre pela pedra corre na areia. Legal de ver estes cursos de água iniciando (vegetação mais verde e adensada) e ir expandindo e a quantidade de buritis segue junto. 

O poço abaixo no Carinhanha diz que era lugar de pegar peixe maior. 


no meio do buritizal

banho refrescante, fundo de areia 


vista do cerrado de uma torre de observação, abaixo, com 32 metros de altura. Usada principalmente para prevenir incendi-os. Tem medidor de angulo e outra junto a Chapada Gaucha tem também. Medindo o angulo das duas dá pra saber o local exato do fogo. 


Cachoeira do Mato Dentro com muito pouca água, fica no outro lado do parque, perto de Formoso. Atravessamos praticamente 50 km dentro do parque, em linha reta.

Abaixo vista da segunda torre de observação, junto a cidade de Chapada Gaucha. Como fica no alto do planalto, ela pode ser mais baixa e tem um alcance muito grande. 


A medição dos angulos (seria um goniometro), problema é considerar as questões de norte magnetico e geográfico.

Abaixo o famoso Urucuia, que nasce no Planalto Central, passa aqui por Arinos e vai desembocar no São Francisco. Muitas vezes referenciado no Grande Sertão- Veredas. 


Aqui embaixo bem seco e quente. Lá em cima (uns 400 metros de desnível pelo menos) - bem mais fresco e nascentes de água pra todo o lado. Assim é o Planalto Central. Não a toa foi escolhido por vários estudos para sediar a capital do Brasil no interior.

Logo que a gente sobe depara com outros campos muito planos como este ai embaixo. Tudo muito plantado e organizado, tanto do lado de MG como depois que entra em GO.


As emas aproveitando o revirar da terra

As duas abaixo mostram o Catetinho, primeira construção de Brasilia e que servia de base pro JK pernoitar quando ia visitar as obras (praticamente toda a semana). Fica na antiga área da Fazenda do Gama e dá uns 25 km até o centrão do Plano Piloto. Local agradável. 




Catedral de Brasilia e abaixo Palácio da Alvorada visto de longe. 


Serra da Canastra, já aparece neste blog em set 2008, mas a revisita ainda me deixou mais impressionado. Lugar muito bonito. O corguinho acima é os primeiros sinais do rio São Francisco. 

Abaixo vista da chapada da serra, fica na faixa de 1300 metros de altitude. Quase tudo capim fino e pontudo. Típico de campos de altitude. 


O efeito de diferentes queimadas nos campos

abaixo o curral de pedra, lembrança de antes do parque (criado em 1972), atenção a parte circular, provavelmente utilizada para domar cavalos ou algo assim. 


Veados no campo - por sorte nosso cheiro não chegava neles, então dava pra ficar olhando tranquilamente. 


O outro lado da serra, chamada Babilônia (rumo sul) e o vale entre Canastra e Babilônia. Abaixo trecho do São Francisco antes de cair na cachoeira Casca Danta. Fazia uns 15 dias tinha pego fogo grande porção do parque (região ao fundo) 


flor do cerrado e abaixo serra da Babilônia com os efeitos da chuva ou da erosão. 


No alto da Canastra, olhando rumo sudoeste.

abaixo cachoeira rasga canga e água super transparente.


Siriema correndo do carro e abaixo milhares de lambaris famintos...




lago antes da cachoeira do Rolinho. 

abaixo veado prestando atenção na gente, mas fingindo que não....


por de sol na Canastra

papagaios (acho que eram...) nos coquinhos em São Roque de Minas


Serra da Canastra vista de Vargem Bonita, paredões de uns 300 metros aproximadamente

Cachoeira Casca Danta, mas com o sol ofuscando o topo dela. 


Casca Danta vista de outros ângulos, reparar bacia que forma para juntar água. 


Serra da Canastra ao final do dia, e o vale entre as duas serras. Estamos no alto da Babilônia

abaixo pedras levantadas todas na mesma direção, no topo da Babilônia. 


Serra da Canastra, trecho mais a oeste da Casca Danta

abaixo pato mergulhão do São Francisco. 




A primeira ponte asfaltada sobre o famoso rio

abaixo casa de Portinari em Brodowski. Não dá pra fotografar por dentro mas o site da casa tem bastante material. Lugar muito interessante. 



Chegando em Ribeirão Preto. 

Abaixo vista geral do museu da TAM (com 70 aeronaves reconstruídas e em condição de voo) 


 Acima o famoso Constelation da Panair e abaixo vista externa do predio do museu, fica um pouco ao norte de São Carlos - SP


Acima atravessando de balsa rumo a Paranapanema. 


Abaixo um esquemático aproximado desta segunda etapa.