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sexta-feira, 31 de maio de 2013

GUAYQUIL - RETORNO PERU - HUARAZ - 25o DIA

Então e isso. Gostei de Guayaquil, como cidade grande. Tumulto, bastante agitação, o Malecon é bonito para se visitar ou ir tomar uma cerveja etc. Mas é uma cidade grande com seus probleminhas...


Ultimo dia não tava a fim de ficar suando na rua (o mormaço tava forte), fui pro tal Mall del Sol, junto ao aeroporto. Muito grande, diria que padrão São Paulo mesmo. Fui ver homem de ferro 3 – ainda bem que tinha um motivo para sair bem antes do final.

Bagagem e rodoviária (a famosa e enorme rodoviária e o engraçado é que apesar do tamanho funciona tranquila. 13 horas depois, dormi bastante na viagem, além da parada na aduana (felizmente desta vez era tudo num prédio só...) cheguei em Chiclayo. A cidade me pareceu mais calma. Acho que quando eu estava lá era dia das Maes e isto contribuía para o tumulto.

Almocei e peguei ônibus para Trujillo (mas já comprei a passagem seguinte de Trujillo para Huaraz. Uma ultima volta em Trujillo (a plaza de Armas é muito simpática....) e um ônibus super ajeitado para Huaraz. O motorista dirigia legal sem freiadas bruscas etc. Dormi um bom trecho. So que 4 e meia da matina ele ancorou aqui em Huaraz. O hotel me recebeu super bem, foi ótimo poder tomar um banho (foram 40 horas com a mesma roupa e25 horas em ônibus.....)

Hoje cedo fomos visitar as tais lagoas (LLanganuco e uma menor do lado) que ficam numa garganta de pelo menos uns 600 metros de altura (paredão reto) ao lado do Huascaran. Que estava lindíssimo e imponente. Que vista maravilhosa.

Fico é com vontade de estar de jipe e me enfiar nestes milhares de estradinhas que tem por aqui.

A cidade de Huaraz em si não tem nada de especial. As cidades daqui oscilam entre terremotos e avalanchas de pedra com lama e lodo. Yungay foi totalmente coberta por uma avalancha em maio de 70 (mais de 12 mil mortos....)

Dia seguinte (ontem - Corpus Christi - que nao e feriado especial por aqui) fomos a Chavin de Huantar - um achado arqueologico de pelo menos 500 AC), mas o passeio em si ja e muito legal pois a gente vai subindo a cordilheira branca, chega a 4510 metros (acho que o maximo que ja estive foi 4600 metros) e depois entra num vale (dai ja bacia do Amazonas - e engracado pensar na extensao desta bacia....) e la embaixo (descemos uns 1500 metros aprox) estao as ruinas

fui com uma excursao de peruanos - tava super divertido ver como e o comportamento deles comparado com os holandeses e belgas do diga anterior....



bom e o seguinte - nao consigo conectar meu notebook e este cyber ta ruim de usar e nem consegui carregar as fotos e nem corrigir acentos

assim que eu resolva isso atualizo o blog

pedimos desculpas pelas inconveniencias...


sexta-feira, 24 de maio de 2013

DEIXANDO QUITO - BAHIA DE CARAQUEZ - CANOA - 18o DIA

Alguns comentários gerais sobre o Equador

1) No geral eles são bastante informais e tranquilos no trato. Seja dirigindo, seja atendendo, seja na rua etc...  Evitam em geral formalidades de todo o tipo, inclusive policiais etc.... Na frente do Palácio Presidencial vi um cara gritando pelo presidente, em altos brados. Um policial da guarda do palácio simplesmente deu uma acenada para ele e pediu para ele baixar um pouco o tom de voz, de longe, sem stress. O cara baixou a voz e pronto. Gostei muito deste jeito.

2) Troco - é uma obsessão nacional a história do troco. Mesmo que a pessoa esteja cheia de moedas ou notas menores, se voce tenta pagar algo de 5 ou 6 com uma nota de 20 - já fazem (em geral) uma cara de terror e já começam a negociar se você não tem nota mais baixa etc.. Fazendo cara de que não tem mesmo, eles se viram. Param até o táxi na rua para ver se ele troca....

3) Os ônibus intercidades. Achava estranho que o piloto e seu assessor (mesmo na cidade sempre tem o motorista e um auxiliar - que basicamente cobra e arranja clientes)  ficavam tentando catar passageiros de todas as formas. Depois vi um ônibus de empresa normal com placa de vende-se etc. Alguém me explicou que nenhum empresa de ônibus no Equador possui os ônibus  Todas elas se montam na forma de cooperativas, onde cada motorista traz seu ônibus e cuida dele. Alem disso paga uma taxa para a cooperativa para ela divulgar, manter os postos de atendimento, defender os interesses junto ao governo etc.  O fato é que o transporte entre cidades funciona muito bem.

Voltando a Quito - uma cidade que dá pra ficar vários dias, curtindo passeios dentro e perto da cidade, indo a programas culturais, tomando café (todos que tomei eram muito bons - mas o melhor foi no Cafetto perto da  Igreja de San Agustin). 

Um dia a noite fui ate a tal la Ronda (rua das mais antigas de Quito que foi revivida etc.) Legalzinho, musica regional tocando (mas bem agradável - em 2 ou 3 locais) preços super razoáveis  mas bem pouca gente. Era uma quarta feira e estava fazendo frio. Talvez isso não ajude muito. 

As coisas que mais gostei - o hostal (L'Auberge Inn - Gran Colombia), o museu nacional, o museu da cidade ( em frente a Carmem Alto - tem uma Carmem Baixo também ...), a igreja da Cia de Jesus e a de San Francisco (incluindo o mosteiro) e especialmente a de La Merced (incluindo ai a devoção do pessoal - esta santa foi chamada para proteger Quito pois ajuda em caso de terremoto, vulcanismo e similares....), mas menção especialíssima para a Capilla del Hombre e a casa- museu do Guayasimin. Muito legal

A parte norte de Quito, que cresceu mais recentemente é totalmente atualizada, parecendo Santiago ou os Jardins ou algo assim (em termos é claro...)

De Quito peguei um ônibus para Bahia de Caraquez (a turma aqui se refere simplesmente como Bahia). Pra começar a gente encara uma descida de 3 mil para 200 metros de altitude. São uns 60 km descendo sem parar. Muitas cachoeiras, vegetação forte, paredões de pedra, rios encaixados em pedra e caudalosos, pessoal dirigindo de uma maneira meio arriscada etc. e tal. Depois que chega aqui na região costeira, a cara de Brasil (me refiro a Rio e Minas para o Norte) fica irretocável. Seja pela topografia, seja pela vegetação vegetação pelas bancas vendendo frutas na beira da estrada, pelo jeito das cidades mas especialmente pelo jeitão do pessoal circulando ou sentado na calçada ou batendo papo etc...  A predominância de feições indígenas desaparece e a turma do mulato (mas negro mesmo são poucos) passa a dominar. 

Bahia é um balneário super tranquilo, cidade antiga, e nas ferias e feriados fica mais cheio. Nada muuito insuportável. Mas enfim - é um tipico balneário classe media - só que de um tamanho bem legal. Bom andar pelas ruas e comer alguma coisa, tomar suco etc... A maré varia bastante - quando cheguei o mar tava lá longe e no meio da madrugada a espuma das ondas chega quase na piscina. 

De manhã peguei um ônibus e fui um pouco ao norte (15 km) até Canoa. Uma praia que o pessoal qualifica de melhor algo assim. Nada especial, devido ao feriado até meio farofa demais. Tipo aquele lugar que cai no gosto do povo em geral e daí fica lotado. De qualquer forma as praias aqui são de areia escura e dura e bem largas. O mar é batido e de água escura - enfim - nada que valha a pena muito esforço - a não ser para curtir a brisa, o cheiro do mar etc. 


Vão as fotos....


galeria comercial chamada - ESPIRAL....

pegando o ônibus para Bahia

 Bahia de Caraquez e abaixo onibus refrigerado a ar (raramente se este tipo de ônibus por aqui e aqueles com bananas em cima só vi um até agora....)


 Bahia acima e abaixo a praia de Canoa...

 Imóveis antigos de Bahia (parede de metal, marquise - serve pra sol e chuva,  comercio embaixo e moradia em cima...)

Capilla del Hombre em Quito - obra do Guayasimin (ele comentou a respeito que existem tantas capelas para santos e deuses que nem sabemos se existem, porquê então não fazer uma capela para o Homem...)


 outra vista de Quito vista da BellaVista que é onde fica a capilla del hombre..

abaixo a Capilla de outro angulo.

 


terça-feira, 21 de maio de 2013

LATACUNGA - QUILOTOA - QUITO - 15o DIA

Deu uma acumulada, principalmente em fotos, ai vai


Parei em Latacunga porque serve de base para conhecer aqui a volta do Quilotoa e visitar o Cotopaxi. Este ultimo desisti por causa da altitude que realmente ta me fazendo sofrer.
Cotopaxi basicamente sai de manha, chega na hora do almoço no campo base (tipo 4800 metros de altitude), durante a tarde faz algum treinamento na geleira, descansa ate meia noite e vai ver o sol nascer lá no topo (aprox. 5800 metros), na hora do almoço do dia seguinte já voltou.
Pra Quilotoa pega um ônibus em geral ate Zumbaghua e lá uma camionete ate Quilotoa (1,50 o ônibus e 5 doletas a camionete – tendo tempo tem coletivo neste ultimo trecho).
 Lindo de ver a lago lá de cima (uma boca de vulcão) , tem trilhas para caminhar por aqui mas realmente não me pareceram assim tão interessantes. Desci ate a agua (todos descem) – 360 metros de desnível. Agua verdinha tipo piscina mal cuidada. Volta de mula (8 dólares) vim com a Fosforita (15 anos de idade) – achei que ela não ia aguentar – mas aguentou....
É uma região bem mais pobre que a media onde estive. Campos de altitude (faixa de 3700 metros) – grama rala, algum gado, trigo e coisas assim. Mas dizem que neva pouco. O fato é que vai mudando completamente tudo – os tipos de ônibus, o jeito das pessoas, as lojas e feiras etc...
Eles adoram perguntar se a gente esta gostando etc e tal....  Lembrando que o Equador tem aprox. 300 mil km2 e 14 milhões de habitantes. Ou seja uns 40~50% o Parana.  Este vale central que tenho percorrido desde Cuenca fica na faixa de 3700 metros de altitude e é todo cultivado e parece com bom clima e boa terra.
Ontem (domingo) voltei correndo pra Lacatunga (a altitude realmente me pegou bem desta vez, tanto na respiração, como no intestino como no pensamento em si – fiquei quase preocupado....). Peguei as malas no hostal Tiana (tao legal o lugar – dá vontade de ficar ali so para curtir o local...). 1 hora e meia de ônibus (deu pra ver um pedaço do gelo do Cotopaxi, mais uma vulcão na chegada de Quito) e chegamos no novo terminal de Quitumbe. Enorme, parece um aeroporto. Mas bem longe do hotel. 10 dólares a corrida.  Depois de ir no guichê da Bolivar e – com alguma esperança confesso – ver que de fato meu casaco de chuva sumiu (tinha esquecido no trecho Guaranda para Lacatunga).
Ótima impressão da cidade e o hostel (Auberge inn – na gran colombia 15 – 200) também ótimo. Domingo a tarde sempre com o mesmo jeito nas diferentes cidades. Fui andar na região dos turistas (Mariscal ou gringolandia) – Vi casacos de chuva por 150 a 200 dólares. Vai ficar pra depois isto.
O centro parece uma mistura de Salvador e Rio e Lisboa (o casario, as calcadas, rampas etc..) As montanhas em volta dão  um ar de Belo Horizonte (acho que as daqui são bem mais altas...)
Hoje (segunda) fui pro centro velho. Ônibus sistema via exclusiva – mas muita gente no caminho. 0,25 US e vai rapidinho – tranquilo. Mas é local tradicional de furtos. Ojo como dizem por aqui. Segunda feira é tradicionalmente dia de muitos museus fechados. Mas o passeio pelo centro já valeu. Super agitado, muitas lojas de bugigangas, cerimonia no palácio do governo. Almoco no rest. Santo Agustin (perto desta igreja) – bem razoável (sorvete de guanabano ótimo).  Igreja dos Jesuítas absurdamente enfeitada e cheia de ouro. Nunca vi nada igual – fora os enfeites com motivos árabes. A igreja de São Francisco também super decorada mas o museu de arte sacra ao lado é mais interessante.  Caminhar no centro é um pouco cansativo, pois tem muita gente, calcadas estreitas e alguns morrinhos. Fui no Teatro Sucre. Foi construído em cima de uma mina de agua – todo cheio de manchas nas paredes externas, mas bem simpático, nada de muito luxo mas deve ser legal assistir alguma apresentação por ali. Mais tarde vim pros lados do Mariscal, comprei uma capa de chuva para cortar o vento no Peru, fui comprar passagem pro dia 23 para ir pra Bahia de Caraquez, pois não é que o noturno estava lotado (talvez tenha sido melhor – pois não me pareceu que seja tipo leito ou algo assim). Passeio pela gringolandia – mesmo esquema de sempre. Os estrangeiros meio abobados por ali e os daqui de olho para ver se surge alguma oportunidade.
Fechou e esfriou o tempo – alias a questão da mutabilidade do tempo aqui é algo fora do normal. Nunca tinha visto isto.
Galapagos michou. 1100 doletas para 4 noites num barco mais 550 de passagem – foi ficando meio caro para ver a tal tartaruga.... Na próxima – talvez....





catedral de Latacunga (no estilo comum por aqui) e abaixo o parque em frente - super bem cuidado e com muito policiamento

no caminho para Quilotoa - subindo de 2700 para 3700 metros

abaixo a famosa laguna de Quilotoa

os burricos salvadores que trazem a gente de volta lá de baixo

a prainha onde dá o caminho de descida. Mas não pode nadar e não tem peixe - água não muito saudável....

outras vistas da Laguna

e mais ainda

abaixo o pobre coitado que foi escolhido para me levar de volta (Fosforita - a mula - com 15 anos de idade...) Que bom que aguentou até lá em cima....

a dona da Fosforita, eu e orelha da mula....

montanhas no entorno de Quilotoa (estao acima de 4000 metros)

de manhã cedo indo trabalhar (bem frio ainda - diria abaixo de 5o C)

abaixo uma nesga do Cotopaxi (5800 metros)


meu quarto e a vista da janela - hostal em Quito

La Ronda em Quito - uma das ruas mais antigas e que agora é ponto de encontro da cidade - reparar nos morros atrás

Praça e Igreja de Sao Francisco - impressiona mesmo esta praça

dentro do convento de Sao Francisco e a propria Igreja

fachada da Cia de Jesus - lá dentro não pode fotografar - mas nunca vi tanto ouro, tanta decoração (a maioria com origem árabe....) enfim - um exagero total

palacio do Presidente do Equador

patio turistico 

na Plaza Mayor um primo proximo da nossa Araucaria (vi diversos por aqui - não muitos mas o suficiente)


Casa da Cultura de Quito - tem cinema, teatro, museu etc..

abaixo o órgão da Igreja de la Merced (uma das principais protetoras da cidadee pois ajuda em caso de vulcanismo e tremor de terra....)

dentro da igreja de la Merced - varios quadros descrevendo milagres que ela patrocionou

abaixo bueiro bem humorado....

reconstrução de interior de cabana do pessoal que estava aqui quando Pizarro e sua turminha chegou...

eu na frente do Palacio Presidencial (não vi ninguem falar mal do Rafael Correa e parece mesmo que ele é um bom presidente - só falta ver o que vai acontecer quando ele terminar este mandato.... 2017)

restaurante super gostoso - pedi pra garçonete tirar foto - ela"sugeriu" colocar o cardapio...

o prato que veio - FRITADA (bolinho de fuba com queijo, banana, milho cozido, pedaços de porco e abacate - BOM DEMAIS....

Vista geral do centro de Quito - parte antiga

e aqui a parte nova - para o Norte


mais uma vista do centro antigo

ja tem varios destes bicicletarios pela cidade. Prefeitura está incentivando e tem alguns usando....

ai que leseira.....

ralador de mandioca etc... 500 A.C.


Será que o cara desconfiava (400 DC) que estava fazendo arte contemporanea???

sexta-feira, 17 de maio de 2013

RIO BAMBA - BANHOS - 11o dia


Antes que eu me esqueça, quero comentar sobre os ônibus aqui no Equador. Não são de alto padrão, raramente existe diferenciação entre eles, mas funcionam muito bem, tem transporte para tudo que é lado e sempre está pra sair outro ônibus. Único problema é que é comum eles estarem com radio ou player em musica tipo caribenho, mandando ver.... Em média cobram um dólar por cada hora de viagem, que equivale a uns 60 km em geral (devido a montanhas e curvas etc...).
Voltando ao passeio – de Alausi fui para Riobamba. Cidadezinha feia.... Mas enfim – estava no roteiro. Dei umas volteadas pelos locais históricos e no dia seguinte peguei um ônibus para Banhos – que é super famosa tanto para os estrangeiros como para os equatorianos. Fica no pé do vulcão Tunguraga (que ainda esta na ativa) e com isto sempre tem agua quente por ali. A cidade fica encravada num vale super inclinado e cheia de cachoeiras. Muito simpática e agradável de passear. Todo mundo bem tranquilo etc.  Peguei uma excursão que faz o inicio da estrada para a Amazônia (rumo Puyo) e estava muito bom. Custou apenas 6 dólares, a turma de turistas bem animada. E as paisagens  legais. Montanhas com vegetação, o rio Pastaza no fundo, tirolesa, teleférico, caminhadinha ate uma cachoeira etc..  Ótimo programa.
O passeio de hoje esta no post anterior. 


 catedral de banhos, dentro nas paredes tem pinturas de milagres que ocorreram nos ultimos 2 seculos...

 na tal Chiva (onibus aberto...) pra excursão em Banhos

abaixo prato de lanchinho rapido - molho de tomate, porco frito e banana (tipo da terra mas melhor) assada - 3 doletas - uma delicia


 a cascata do Diabo - a mais famosa deste roteiro....

Eu no pé de outra cascata.

 um dos quadros descrevendo os milagres

abaixo praça de touros de Riobamba. Alem disso eles tem algumas cidades com touro na rua (estilo Pamplona) e umas praças de touro onde o proprio pessoal da cidade vai brincar de matar touros...