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terça-feira, 9 de julho de 2019

RIO GRANDE DO SUL e URUGUAI - 66_2019


Mais uma vez, acho que é a terceira ou quarta, faço o percurso Curitiba - Colonia del Sacramento

Na penultima vez ainda listei os principais atrativos, para mim, deste passeio.

Então não vou me explicar muito. Mas a verdade é que resolvemos fazer de novo.

aproveitando o inverno, pois no verão a situação por lá fica meio dificil (calor com umidade é uma combinação complicada de lidar) saimos de Curitiba, pela 101 (super movimentada) e fomos até Tubarão. Lá fizemos leve desvio a direita e subimos a serra do Corvo Branco que vai na direção de Urubici. Dali tomamos rumo sul novamente até Bom Jardim da Serra e descemos a serra do Rio do Rastro. Dali, via Crisciuma retomamos o rumo sul até Porto Alegre. 

Ocorre que estava um dia de sol limpo e não dava para perder a chance de, passando tão perto, não ir conferir estas duas serras, que comumente estão com neblina, chuva etc.

Rapida visita em Porto Alegre e rumo sul novamente. A inevitável parada em Pelotas para comer o delicioso croquete de carne do Ponto da Cruz (no centro). A confeitaria Otto está bem pior do que era. Mas o antigo mercado foi recuperado e tem uma otima loja de doces lá dentro. Tem outras mas só experimentamos uma. 

Vale lembrar que tanto em Pelotas como Rio Grande o estacionamento nas ruas do centro é com parquimetro EXCLUSIVAMENTE com moedas. Os comerciantes (compreensivelmente) evitam ao maximo trocar notas por moedas. Então é mais uma vez o poder publico infernizando a vida do cidadão. Primeiro não tem moedas suficientes em circulação, depois não se consegue pagar o parquimetro com cartão de credito, notas ou algo assim. Enfim - levar moedas quando chegar nestas cidades. 

Pouso foi mais adiante em Rio Grande, onde fizemos amizade com Chico, um leão marinho que vive na beirada do porto antigo (estação de barcos para Sao José e mercado de peixe). Foi divertido

Dia seguinte, parada nos molhes da barra da Lagoa dos Patos, passagem pelo balneario Cassino, rumo ao Chui. Sempre legal atravessar as áreas alagadas do parque do Taim, capivaras, passaros etc.

Passamos - já no Uruguai - pelo balneario de La Paloma. Muito simpatico e agradavel. Tipo do lugar gostoso de ficar um tempo mais longo. Mas - não se esqueçam - água geralmente gelada.  Mas ali perto tem o balneario la Pedrera que é citado com uma praia especialmente bela. Não fomos... Pena.

Tentamos visitar o cabo Polonio, mas agora  é area fechada e privada. Tem que pegar o caminhão 4x4 deles. E como era fim de tarde, deixamos pra lá.

Iamos tentar chegar em Punta pelo litoral, uns 20 km após Rocha sai da ruta 9 para pegar ruta 10 litoranea. Mas era de terra e o final do dia estava chegando. 

Então este passeio tambem ficou para a proxima..... Haja insistencia neste roteiro não ?

Punta com quase tudo fechado. Mas pegamos o por do sol, demos umas voltas e foi possivel sentir um pouco o clima da famosa cidade. 

Incrivel a expansão da mesma (no rumo norte). 

Preços no Uruguai bem mais caros - gasolina na base de R$ 6,00, um refrigerante ou café na base de R$ 10 ou mais e por ai vai. 

Na saida, passamos pela Casa Pueblo, a vista do promontorio onde ela fica já é fantastica. Mais uma vez (3a ?) estive ali e não entrei na mesma. 

Montevideu continua no mesmo estilão. Tranquilo, limpa, achei que com menos gente à toa na rua. Fomos ao Mercado del Puerto iniciar o ataque a carne uruguaia. Asado de tira (costelinha borboleta) e Entrecot (bife de chorizo para os argentinos). Muito bom.

Caminhada noturna pela cidade velha, tempo tinha virado, garoa e frio.

Coisa curiosa é o café expresso daqui. Diria que é simplesmente ruim para nosso gosto. Tentamos em vários locais e desistimos. Em compensação o submarino é imperdivel (barra de chocolate derretida no leite super quente)

Outra curiosidade, sempre te dão nota fiscal e é uma tira de papel longuissima. No fim do dia a gente está com o bolso cheio de tiras de papel. Que coisa meio antiquada.... 

Dia seguinte fomos ver exposição (muito bem montada, pequena mas representativa) do Picasso no Museu de Artes Visuais. Depois visita ao Mercado Ferrando (espaço de alimentação moderninho, num espaço tipo oficina ou hangar). Várias opçoes para todos os bolsos.

Mais caminhadas pela cidade. Dia seguinte pegamos o carro e fomos ver a famosa carreta, o palacio legislativo, volta pelo porto e rambla. Mas o vento tava de moer ossos. Muito frio. Mas tudo sempre do mesmo jeito. Não há surpresas maiores.

Almoço no mercado del puerto novamente e a tarde caminhada tranquila pela cidade. 

Os uruguaios na sua grande maioria são muito bons de tratar, gostam dos brasileiros, são bons de conversa e o senso de cidadania é bem forte neles. Interessante ver como um pedaço de terra com pouca gente, imprensado entre Brasil e Argentina adquire seu estilo proprio.  

Assunto especial é que no domingo (30 junho) era o primeiro turno das eleições para presidente (segundo turno em outubro) e mais alguns cargos regionais.

Alguma propaganda na rua mas sem exageros, pessoal oferecendo folhetos mas de forma bem tranquila. 

O curioso é que neste primeiro turno, os candidatos de cada partido se apresentam e as pessoas escolhem quem vai ser candidato de cada partido. Tem que ser filiado ao partido e vota se quiser. Tudo muito tranquilo. Fiquei pensandoo impacto que traz na participação politica dos cidadãos este tipo de mecanismo. 

Dia seguinte (segunda 1 julho) - rumo Colonia com parada na fortaleza de Montevideu, vista linda da cidade e do mar e depois em Nueva Helvecia. Outra cidade muito gostosa. Pessoal simpatico, amigavel.  Valeu a visita. 

Chegamos em Colonia cedo, ainda foi possivel umas caminhadas e o por do sol na beira do mar (que é o rio da Prata em verdade)

Dia seguinte muita caminhada pela cidade. Levamos roupa acumulada para lavar. Dificil achar a tal lavanderia (20 reais - 3 kg de roupa seca - razoavel). Tentei cortar o cabelo. Mas são poucos os barbeiros. E tem que agendar. Deixei para outra hora.

Compras no super mercado (vinhos etc). Roupas por lá estão com preços bem razoaveis, especialmente roupas de inverno. 

Outra coisa que adoro no Uruguai é a cerveja Patricia e a agua mineral Salus. Vale experimentar. 

Na quarta fomos até Carmelo, cidade simpatica mas sem nada especial. O legal é o entorno. O que mais gostei foi a parte na beira do Rio. Delicia ficar ali curtindo o sol, vendo a Argentina do outro lado (Rio da Prata já bem estreito, ali já deve ser o rio Uruguai simplesmente), navios passando etc...

Para atravessar de Colonia para Buenos Aires (1 hora e 15 minutos) tem 3 empresas. base de R$ 200 a ida e volta. Enfim - boa opção para visita bate e volta na capital portenha. 

Tem varias vinicolas na região, fomos na El legado. pequena (8 mil litros por ano), então foi interessante pois todos os equipamentos estavam numa area pequena e dava para entender o processo numa olhada. Adega super tradicional. Fizemos uma degustação do Tannat (bem bom - 15 dolares a garrafa - caro....), do Syrah (razoavel, mesmo preço) e de um blend Tannat e Syrah (muito bom, 30 dolares a garrafa).

Na volta para Colonia - tomamos a direita na rua 2 de marzo de 1914 (vindo pela ruta 21) e fomos visitar a fabrica de azeite La Primavera. Gerente super simpatico nos recebeu super bem e mostrou tudo -pequena mas esclarecedora.  Esta saida fica a 9,5 km da rotula de entrada em Colonia.


Dia seguinte. Quinta feira, iniciamos nossa volta ao Brasil. Rodamos direto de Colonia até Jaguarão (600 km) com parada para docinhos na Irrisari em Minas. 

Paisagem meio parecida. Região de Canelones com muitas videiras, região de Minas com as tais montanhas (ponto mais alto do Uruguai é 360 metros algo assim) e finalmente a travessia para o Brasil.

Aliás - vale comentar. Quase tudo (comida e super mercado especialmente) quando a gente paga com cartão internacional, já vem o desconto automaticamente (faixa de 15%) referente ao abatimento do IVA. Roupas eles dão uma papelada para ser apresentada na saida. Só que nem todas as saidas do pais tem o local para dar entrada neste documento. Aeroportos e embarque dos barcos para Buenos Aires tem. Chui tem. Parece que Rivera tem tambem. Enfim - ficamos micados, ainda bem que valor não significativo.

Interessante, a partir do Rio Grande e bastante aqui no Uruguay, os cavalos sempre cobertos por causa do frio. Mesmo que seja uma capa feita destes sacos de polietileno ou algo assim. Depois fiquei sabendo que os cavalos são especialmente sensiveis a baixas temperaturas.

Fomos jantar no Batuva (em Rio Branco  - Uruguay) - Bem bom. Mas para não forçar nos preços eles estão servindo porções mais "economicas". Mesmo assim de bom tamanho.

Na sexta fizemos umas comprinhas no free shop uruguaio (as lojas tem quase todas as mesmas coisas, pouca variedade, preços um pouco mais altos que Paraguai ou Chui. Enfim - é mais barato que o Brasil mas nem tanto....). A loja mais completa é a Mario (numa esquina).  Depois disto, pé na estrada, pegando uma das extremidades da BR 116 - uma das rodovias mais extensas do Brasil (vai até Fortaleza - coisa de 4.400km). 

Mais uma passadinha em Pelotas e dai enfrentar o trecho de estrada entre Pelotas e Porto Alegre. Faz anos que a pista dupla está "quase "  pronta. Asfalto da pista em uso todo irregular, movimento pesadissimo, sinalização pessima e alem de tudo cobram pedagio. Realmente o Rio Grande do Sul neste quesito de incompetencia na administração de estradas pode abrir um mestrado ou doutorado.  Outro trecho absurdo é no acesso a Gramado via Taquara e depois seguindo para Sao Francisco de Paula. Cobra-se pedagio mas a estrada muito ruim. Alem do mais quem tem algum tipo de sistema de cobrança automatica, tem que entrar numa fila que eles chamam de semi-automatica e que aceita pessoal pagante tambem. Então dá na mesma. Que atestado de atraso mental. 

Fora este aspecto de rodovias, Rio Grande é um local que gosto muito de passear. Porto Alegre é uma cidade legal de se visitar. Vale a pena enfrentar esta tosquice das rodovias. Mas com cuidado.....

Dormimos em Porto Alegre e logo cedo no dia seguinte seguimos, passando por Gramado, visitando o Itaimbezinho e dormindo em Cambara do Sul. Onde pegamos - 7 graus.... (brrrr). Cidade muito simpatica, todos animados com o frio, lojas e restaurantes (poucos) mas aconchegantes. Enfim, bom de passar umas horas por ali. 

Dia seguinte cedo fomos ver o Canyon Fortaleza. Maravilhos. Mais bonito que Itaimbezinho (achamos) e aproveitar mais uma vez dias lindos e limpos de sol. Realmente muita sorte a nossa.

Dali fomos indo por estradas de terra até Sao José dos Ausentes depois Silveiras e até Bom Jardim da Serra.

É uma região com vários pontos para visitar. Outros canyons, o tal desnivel de rios, pico Montenegro, campo de geradores eolicos etc... Tudo ficou para uma proxima vez... Abaixo um mapa simplificado da região - estrada sombreada em amarelo é a que fizemos. destaques em vermelho são pontos de especial interesse na região.




Em Bom Jardim queriamos descer o rio do rastro mais uma vez, mas a pista congelada, filas gigantescas, espera totalmente indefinida. Demos uma verdadeira guinada de 180 graus e tomamos rumo Oeste, pizza rapida (e boa) em São Joaquim e depois dormir em Lages.

Dia seguinte, frio e sol magnifico chegada em Curitiba 

total 4.000 km em 15 dias. 

DETALHES PRATICOS

a) Restaurantes

El Porton (excelente) e Dos22 (bem bom) em Colonia
Atelie das Massas em Porto Alegre
Zuppa em Cambara do Sul
Batuva em Jaguarão
Veronica e La Chacra del Puerto (mercado de Montevideu)
Malfati massas no mercado Ferrando de Montevideu (delicia de ravioli)

b) Hoteis

Master em Porto Alegre - no centro velho, bom custo beneficio
SeaView em Punta - belas vistas do quarto - do mar
Oxford em Montevideu - bem localizado e bom custo beneficio
Swan hotel na Cristovao Colombo em Porto Alegre - faixa de preço um pouquinho mais alta- mas vale muito a pena

c) Confeitarias e petiscos

La Pasiva no Uruguai - rede de cafés, com boas comidas, doces, cafés etc
Boteco do Cruz  ou Cruz de Malta em Pelotas (assados e croquete de carne) 
Doçaria Fran´s no mercado antigo de Pelotas
Confeitaria Irrisari em Minas
Confiteria el buen gusto em Nueva Helvecia
Confiteria Artigas em Ecilda Paullier (saida nordeste da ruta 11) - Esta a maior surpresa da viagem - totalmente inesperada, atendimento super querido e as comidas maravilhosas.... VALE FAZER O DESVIO - AFINAL são apenas 2 km da ruta 1 entre Colonia e Montevideo. 
cafe delices em Punta.  

Aliás vale mencionar especialmente

- alfajores da Irrisari em Minas são maravilhosos
- agua mineral Salus é uma delicia
- cerveja Patricia é boa demais. As demais (venda de supermercado me refiro) nada especial
- trouxemos dois potes de doce de leite - Lapataia superior e Los Nietitos (ambos rotulo de fundo preto e letras um pouco pro dourado). Excelentes. Sou fã do doce de leite mineiro e não curto muito os da Argentina (diria que exageram na baunilha ou algo nesta linha). Mas os uruguaios fazem um bom balanço entre baunilha e doce de leite em si. 

- sorveteria Heladeria Dienzzo em Colonia na Av Gal Flores. Aparentemente herdeira de uma antiga otima sorveteria que tinha em outro endereço. Tava bom o sorvete. 

e seguem fotos....






vista do Rio do Rastro







subindo o Corvo Branco




 mercado de Pelotas





 canyon da Fortaleza e gila comprada em Cambara do Sul


ouvindo as ultimas fofocas de Cambara do sul





 por de sol fantastico em Colonia, logo depois do eclipse do sol





 Chegando no Corvo Branco - acima e abaixo


 a famosa garganta do Corvo Branco

as duas abaixo - Rio do Rastro




 Eliana tentando conversar com chico  - leão marinho mascote em Rio Grande

abaixo o Gasometro em Porto Alegre


 visita escolar a estatua de Julio de Castilhos
 as arquiteturas de Porto Alegre


 começo da praia de Cassino - 167 km até Chui

tratamento anti pulga na reserva do Taim  - Chui




 chegando no Uruguai





 veiculos em Montevideu

abaixo o mercado Ferrando


 praça principal de Montevideu e abaixo a Rambla junto ao Rio da Prata


 Congresso Uruguaio





 detalhe da carreta - gauchão forte

abaixo - cadeados na av 18 julho em Montevideu





as duas abaixo - casa Pueblo em Punta




 vista de Punta e as famosas manos


 livraria em Montevideu

campanhas pro vegetariano em Montevideu


 a cidade vista do forte

abaixo a calle dos suspiros




 Buenos Aires a 50 km atraves do rio

igreja espanhola construida sobre igreja portuguesa




 rua de Colonia

por de sol em Colonia - trafego intenso de navios subindo o rio da Prata




 buquebus saindo para Buenos Aires

vista de Montevideu


 predio moderno (ficou sozinho)

o antigo palacio Salvo - ficou pronto em 1925




praia em Carmelo - no rio da Prata. Lugar de muita paz.  bonita paisagem, navios passando ao fundo

geladeira usada como biblioteca de intercambio em Vila Helvecia




a tradicional chegada em Colonia (em 1976 já era assim)

outra ruelinha em Colonia


que passarinho será este ? parece que é um cardenal sin copete.... parece que no Brasil é conhecida como cavalaria 

navio passando no rio da Prata (subindo o rio) em frente a Carmelo







duas acima - Itaimbezinho

abaixo a famosa ponte em Jaguarão (por ali passava o trem Sao Paulo - Montevideu - que - dizem - era preferido por quem sentia enjoo no viagem maritima)


mais uma da cavalaria

casinha antiga portuguesa em Colonia - as duas fotos abaixo




adega da vinicola El Legado

abaixo antiga enfermaria em Jaguarão


campos de altitude perto de Cambará do Sul

lua se pondo em Cambará


o mitico inicio da BR 116 - quase 5 mil km até Fortaleza

abaixo adega el legado


instalaão de rua em colonia

assador da otima parrila el Porton em colonia


curtindo a praia em Carmelo -tava frio mas o solzinho amenizava tudo 

gavião (acho...) catando carrapato ou algo assim


casarão em Cambará

abaixo - sem comentarios....


geada braba em Cambará




Canyon Fortaleza

congelados na beira da estrada - 10 da manhã




Torres vista do Fortaleza

visão geral do Fortaleza


gavião e campos de altitude