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quinta-feira, 23 de março de 2017

MINAS etc parte 2

Para não fazer que alguém tenha que voltar no Post anterior (inicial desta viagem), vou continuar por aqui, mesmo cortando pela metade a visita e parada em Aracruz.

Pois então, como estava agradável ficar com o Ricardo em Aracruz, resolvi ficar mais um dia (domingo) por ali.

Resolvemos de manhã ir visitar o mosteiro Zen Budista que fica na beira da BR 101, pertinho dali.

Aos domingos eles fazem visitas guiadas e foi algo muito interessante. Os monges nos levaram visitar os diversos recantos do mosteiro, que contem diversos templos, jardins etc. Foi iniciado em 1974 numa área já devastada (era fazenda de gado) e de lá para cá virou uma Reserva Estadual. Eles mesmo plantaram centenas de milhares de árvores nativas.

Aparentemente o que o pessoal zen budista preza é o ritmo de trabalho, alimentação, banhos, etc sempre de forma disciplinada e sem moleza. Fizemos até um treino para meditação e - não sei como - Ricardo e eu conseguimos ficar 10 minutos parados, com a cabeça quase vazia. Vale a pena dar uma olhada para quem passa por ali.

Do mosteiro voltamos no povoado de Santa Cruz para mais uma moqueca no mocambo. Desta vez levamos uma garrafa de vinho branco e tava bom como sempre. Gostei muito daquele local. Boca de rio, vista do oceano, tudo bem simples, vento soprando, barcos de pesca no cais. Acho que eu passaria uns dias ali. Esta região teve visita de padres bem cedo (1570 por ai) e este local de Santa Cruz foi a primeira sede do municipio.

Segunda feira sai cedo (antes das 5 da matina), peguei a 101, já com algum movimento que foi aumentando e muito a medida que chegávamos em Vitoria. Por sorte um pouco antes tem o contorno da cidade e o transito fica muito muito mais aliviado. Bem no trevo da 101 em Ibiraçu (onde entra para Aracruz) tem uma parada muito boa.

Fui seguindo rumo sul, movimento intenso de caminhões especialmente até Cachoeiro do Itapemirim. Depois deu uma aliviada. Mas nada de terceira pista ou algo nesta linha. O contorno de Vitoria é duplicado.

Em Campos tomei a esquerda e fui na direção de São João da Barra. Logo que a gente entra no Estado do Rio (uns 60 km antes de Campos) o terreno vai aplainando de tal forma que em Campos lembra a região de Pelotas e sul - muuuuito plano.

Em São João tem a praia de Atafona, um pouco adiante, onde o rio Paraiba do Sul encontra o mar. Sempre quis conhecer este local, então chegou a vez finalmente. As praias são água misturada com areia (meio escura), mas o local é todo muito tranquilo, tipo balneário antigo. E a foz do rio em si é muito legal de ver. Aparentemente é constante a mudança das formas de escoar a água doce. Nem cogitei de encostar o pé na água. Afinal este rio vem lá de São José dos Campos, atravessa muitas cidades grandes, áreas industriais etc....

Almocei no Ricardinho, meio escondido atrás da igreja de Atafona. Muito bom, buffet com peixe e camarão, vista dos barcos, sombra tudo beleza.

Dali fui tentar visitar o porto de Açu, mas não consegui chegar perto, fui seguindo por estradinhas de terra e acabei chegando no farol de São Thomé. Belo local, vale a visita, também um balneário antigo, tudo tranquilo. O que me chamou a atenção foram os grandes barcos de pesca, rebocados por trator pela areia. Muito peculiar.

Fui seguindo a estrada rumo sudoeste, passando por Pau Grande (cheia de lagos e comportas) depois planície enorme, beirando a lagoa Feia, mais um pouco Quissamã (cidade simpática) e a estação de trem do conde de Araruama, que foi reformada mas bem abandonada.

BR 101 e chegada no Rio.

Dia seguinte passeio pelo centro antigo do Rio, almoço no Monte Líbano na Conde de Bonfim (mais ou menos). Fiquei altamente impressionado pelo resultado final das obras na região da praça Mauá. Alias na chegada usei o túnel Marcelo Alencar, que passa por baixo do porto e do centro, de certa forma substituindo aquele elevado a beira mar. Enfim - tudo funcionando muito bem e principalmente tudo muito bonito. O museu do Amanhã no pier que entra baía adentro é o ponto alto.

andamos no novo bonde (VLT) tanto no trecho da Cinelandia para praça Mauá como no trecho da praça XV até campo de Santana -ficou ótimo. Tomara que seja usado e prospere.

Na quarta fomos para Salvador. Lembrando que agora existe a opção para ir pro Galeão de pegar o metro até a estação Vicente de Carvalho e de lá pegar um onibus (BRT) em via exclusiva até o Galeão. Leva mais tempo que o frescão que passa pela praia, mas em caso de algum congestionamento especial no caminho é uma boa opção.

Em Salvador -

- o por do sol no apto de Nivaldo e Janete sempre algo imperdível.
- banho de mar no porto da Barra e depois tomar uma agua de coco na barraca de Jô, que era um quiosque na calçada e agora tem que entrar num corredor para encontrar ela. Vale a pena.
- maltado da Cubana
- almoço no Sertão e Mar numa travessa em Ondina. Pra mim a combinação perfeita de sabor, preço, ambiente e serviço. A moqueca de camarão é o top.
- almoço na cabana da Cely em Pituaçu (vermelho frito e pastel de camarão)
- no Rio Vermelho, onde era o mercado do peixe agora é o espaço Caramuru, Vários restaurantes, bares, sorveteria etc. Fora roda de samba correndo solta, muita moça animada, bonitas, bem vestidas...
- atravessar no barco de passageiros, do mercado modelo para Mar Grande. Só a travessia já é uma maravilha. Duro é ver o gigantesco e horrível prédio que estão construindo atrás da igreja da Vitória, no topo da ladeira da barra.
- Uber funciona em toda a parte, super bom.
- Inaugurada em 2014, a casa onde Jorge Amado e Zelia Gattai moraram é IMPERDIVEL. Nem precisa ser fã de literatura ou das obras de um dos dois ou dos dois. Só imaginar o que rolou naquela casa em termos de papos, projetos, iniciativas, conspirações etc já é um exercicio bom. Tem muito material gravado (dizem que mais de 30 horas somando tudo) 

voltando ao Rio, fomos subir o morro do Leme, no forte Duque de Caxias. Boa caminhada no mato, vista fantástica lá de cima, Imperdível. Fecha na segunda feira. Almoço no Pavãozinho (Paula Freitas com Barata Ribeiro) - tipica comida de boteco carioca. Bom....

Dali fiz um trajeto pela BR 101 norte, em Casimiro de Abreu fui a Sana (faixa de 350 metros de altitude) e Lumiar (faixa de 650 metros), já nas montanhas. Tem cachoeiras, rafting, caminhadas na mata, alguma escalada, trilhas, restaurantes e pousadas simpáticas (outras nem tanto...) e a paisagem em geral, a transição de um litoral quente para uma montanha com floresta Atlantica já por si é um ótimo passeio.

Lumiar especialmente tem uma área digamos central, muito simpática. Gostosa de ficar por ali fazendo nada ou bem pouco. 

Dali subi mais ainda, até 1200 metros para chegar em Friburgo. Estive nesta cidade quando tinha menos de 11 anos, lembrava da praça Getulio Vargas (lembrei o nome ao chegar ali e reconhecer o local), Muitas lojas de confecções de roupas, Assim como Petropolis e Teresopolis, apertada num vale, mas aqui com mais espaço. Gostei daqui. Almocei no Excalibur - bem bom, mas ali por perto tem outros bons tambem - Chantilly e Caldeirão me pareceram bons.  Tem tambem hotel Habitare, com boa cara. 

Fui em frente, estradinhas estreitas, curvas, subidas e descidas (afinal to indo pra Minas Gerais) - entrei em Minas e cruzei o Paraiba do Sul em Alem Paraiba, e dali fui até Juiz de Fora

Em Juiz de Fora, sempre uma visita ao bigode e xororó (boteco) para comer um torresmo. Eita coisa boa. 

Fomos em Dona Euzebia comprar plantas, almoço em Cataguases (Caruso - beleza).  Em dona Euzebia são diversos e muitos locais de cultivo de tudo que é planta (flores, arvores decorativas, palmeiras, frutiferas e por ai vai) - Incrivel a variedade que se encontra por lá

De lá praticamente direto voltei para Curitiba

total 3.600 km






 Pão de Açucar e Copacabana vistos do morro do forte Duque de Caxias

 mais do mesmo... com a barra da baía de Guanabara

 Dois Irmãos e Gávea, mais pra baixo Peçanha, Clarice Lispector e o redator do blog

 Copacabana em dia de maré forte _ vento quase sul

nascer do dia na ponte Rio Niteroi - as duas pra baixo


 cachoeira na estrada entre Lumiar e Nova Friburgo

abaixo perto de Leopoldina na BR 116 - rumo norte - vontade de ir seguindo até onde der...

 ainda mais com esta placa ai em cima

abaixo estação de trem em Cataguases - bem no meio do centro da cidade e também hotel historico, ainda funcionando normalmente


 praia perto de Aracruz e Ricardo e Amilcar



 na BR 101

abaixo foz do Rio Paraiba do Sul em Atafona  - as duas seguintes. Esta foz varia bastante, pois a maré e o rio remexem os bancos de areia.


 entre Atafona e farol de Sao Thome

abaixo barcos que são rebocados com trator na praia do farol de São Tomé


 o farol e abaixo eclusas nos canais que ligam a lagoa Feia com a mar, em Pau Grande 

 estação de trem perto de Quissamã - barão de Araruama

abaixo na casa de Jorge Amado no Rio Vermelho, incluindo as famosas camisas dele


 a turminha na "varandinha" de Nivaldo em Salvador..

para contemplar estes por de sol maneiros...

 saindo de Salvador

abaixo a cidade vista de Mar Grande (Itaparica) 






sábado, 11 de março de 2017

MINAS, ESP SANTO, BAHIA, RIO e o que mais aparecer no caminho 57_2017

Já fazia tempo que estava querendo retornar a BH e Juiz de Fora para rever parentes e dai resolvi juntar mais alguns pontos locais que tinha interesse em conhecer meio no trajeto ou apenas um pouco fora dos mesmos, uma forçadinha de roteiro digamos assim

sai de Curitiba no sábado (4 de março) e fui direto a BH. Dia quente, eu não tinha dormido direito etc,, o fato é que a Fernão Dias, especialmente a segunda metade no rumo de BH é uma estrada bem monótona em termos de paisagem etc... 

para evitar a marginal Tietê, peguei a Anhanguera desde o rodoanel, rumo a Jarinu, dali até a rodovia Dom Pedro, depois em Atibaia peguei a F. Dias. Ocorre que desde a Anhanguera até a D Pedro são 42 km em pista simples, bem movimentado.Ganha-se alguns quilômetros e se evita a marginal em compensação.


Na Fernão logo que entra em Minas tem uma parada chamada leitão pururuca. A ser evitada ao máximo. Almocei na altura do km 831 (do outro lado da estrada, tive que fazer o retorno) - comida e local simples mas saboroso e barato. Mais a frente na altura do km 800, dos dois lados da rodovia, tem a parada da fazenda Vale Verde, muito bom local. 


Em BH meu programa principal é passear no Mercado Central. Acho local excelente, provavelmente o melhor mercado público do Brasil, especialmente pelo balanço entre coisas para o povo de BH em si (utilidades, frutas, verduras, alimentos em geral) e pro pessoal que está lá como turista ou a lazer (botecos, artigos típicos etc). Então claro que já ia direto tomar café da manhã por lá, abacaxi, melancia (banca pequena na frente da farmácia Araujo), alguma outra fruta que apareça, café com bolo e pão de queijo na tabacaria Sabiá, doces na Laticínios Costa e cachaças no Ronaldo. Com certeza existem locais iguais ou melhores dentro do mercado, mas eu já conheço o pessoa e estes locais ficam um perto do outro. Almocei no Jorge Americano, muito bom. Dizem que Mané doido ou ou louco é bom também. 


No domingo fui com primos visitar o parque do Alambique Vale Verde, fica meio distante (um pouco depois de Betim) mas é um local legal para passear, com vários animais, plantas, passeios, exposição de repteis e insetos, visita ao alambique e um ótimo restaurante. Gostei da ideia.


Também visitei tia (98 anos e animada ainda) e amigos. Na terça feira sai dali, rumo de Rio Acima, de lá tomei a esquerda rumo a cachoeira Chica Dona, depois subi a serra e fui no mirante da Gandarela. Tanto o mirante como o trajeto é acima de 1600 metros de altitude, com paisagens fantásticas, vale muito a pena e nao é necessário veículo especial, apenas um pouco alto e ir tranquilo. De lá desci no rumo Norte na direção de Socorro e Barão de Cocais, passei por Santa Barbára (que considero uma cidade histórica especialmente simpática) e fui pela BR 262 no rumo leste. Calor forte especialmente ao descer para a faixa de 300 metros para cruzar os vales dos Rios Piracicaba, Doce e o Manhuaçu. Antes de Abre Campo tem a lanchonete do Gaúcho, muito boa. Um pouco antes tem uma parada chamada 150 (pela quilometragem) - uma pequena amostra do que pode ser ruim numa parada...


Em Manhuaçu dormi no hotel Monte Verde (R$90 com ar condicionado - que acabei não usando pois choveu muito e fez frio em Manhuaçu - algo quase inacreditável - me refiro a frio tipo 22 graus). Jantei na Cantina (beira rio), tem bons caldos, pizzas, pratos de peixe, carne e bacalhau. Mudou de local, perdeu um pouco a personalidade mas continua uma boa opção)


dia seguinte, com neblina e frescor da manhã segui rumo a Ipanema, local onde meu avô paterno teve uma fazenda e veio a falecer. Parei um pouco na cidade, no cartório local consegui fotografar o registro de óbito dele (o original, lavrado no dia que ele faleceu - me fez viajar nos pensamentos). Comprei doces na Nhá Maria (não tenho certeza do nome, fica pertinho da chegada de Manhuaçu). Fora isto o trajeto foi muito legal de fazer, paisagem bonita, eu animado, a neblina lutando com o sol etc. 


De Ipanema segui em frente rumo ao rio Doce, que encontrei em Aimorés (onde nasceu Sebastião Salgado). Ainda não tem como comer peixe ali, pois o rio continua interditado, mais de um ano após o vazamento da Samarco. E pensar que existem muitas e muitas lagoas daquele tipo espalhadas pelas minerações de Minas Gerais. Calor pegando forte. Ali perto é o encontro do rio Manhuaçu (que fazia limite da fazenda do meu avô) com o Doce. Também por ali passa a ferrovia da Vale (antiga Vitoria Minas). Trilhos duplos, as composições passam sem grandes ruídos ou vibrações. 


Segui pelo asfalto, entrei no Espirito Santo logo em seguida, tem uma bela ponte cruzando o rio Doce, meio em diagonal. Logo depois dela peguei a direita para pegar uma estrada de terra para Pancas. Distancia mais curta -o que não significa tempo menor, claro. Mas fomos por um vale um bom trecho, paisagens bonitas, fazendolas antigas. Interessante ver como a partir de Manhuaçu o terreno vai ficando mais pobre, os morros vão ficando mais baixos na direção do vale do rio Doce. 


Mais pra frente uma serrinha razoável, uns 400 metros de desnível, e varias minerações que sacam aqueles blocos de granito utilizados em pias, tampos etc...


Também desde longe, muito pé de café. No Esp Santo mais da variedade Cotilon (imagino que seja o robusta, não descobri porque o pessoal prefere plantar uma variedade que rende menos - mas com certeza boa razão haverá) - R$ 410 a saca. 


No topo da serra tem uma mega fazenda de café (Galileia), começa o asfalto (então de terra foram uns 27 km algo assim), logo em seguida a vila de Alto Mutum e daí a estrada começa a descer para o vale de Pancas, e a gente começa a ver as formações tao especiais desta região. Logo no topo antes da descida tem uma saída a esquerda com os dizeres - rampa de voo livre. Se tiver tempo já entre ali. São uns 7 km de terra (mais ou menos) e chega-se a uma rampa justo em cima da cidade de Pancas - VISTA FANTÁSTICA E MARAVILHOSA. 


Em Pancas fiquei no hotel Ninho das Águias (vista, atendimento, silencioso etc.. tudo bom - R$ 70 o apto). Os outros hotéis ficam na Av Central da Pancas (13 de maio acho que é o nome), mas são bem deprimentes e além de tudo tem barulho de caminhões passando a noite....


para almoço, janta, lanche etc.. tem o Schumacher (vindo de Colatina, logo na entrada pega a esquerda, umas 3 quadras) - EXCELENTE. Dizem que o Carcará (do outro lado da cidade) também é bom.


Imagino que uma das principais atividades em Pancas seja escalar algum paredão de pedra ou "escalaminhar"  por algum caminho menos exposto os picos. Ai pela Internet tem relatos de pessoal que subiu diversos picos da região. Tambem tem a opção de rampas de voo livre (esta que mencionei na Estrada para Alto Mutum, parece que Lajinha tem outra etc..)

Eu me dediquei mais a passear de carro por estradinhas, rápidas caminhas a pé, conversa com moradores e coisas deste tipo. Em geral os contatos com os moradores da area rural foram bons mas encontrei uma quantidade de pessoas arredias ou desconfiadas acima da media.

Os caminhos que fiz, na direção oeste (saindo de Pancas rumo a Alto Mutum) foi o do Paranazinho (a direita de quem sai de Pancas). Andei pouco por ali, mas parece que as estradas nesta direção se ramificam bastante e é possível passear por muitos locais na parte alta das montanhas. Na outra direção - leste - tomei o caminho de São Luiz (na Estrada tem a indicação de canto do camelo)  e fui até uma porteira. Para frente a Estrada piora muito e diria que é melhor estar com uma moto, a pé, bicicleta ou no lombo de um burro. Dizem que este caminho tem acesso ao Paranazinho e Lajinha. Mais pra frente tem a entrada para o Palmital (tambem a esquerda - com placa indicando Cantinho do céu). Este trecho termina numa porteira com aviso bastante incisive (INVASÃO DE PROPRIEDADE É CRIME) mas a paisagem dos picos do lado esquerdo vale andar pelo mesmo.

Ainda do lado esquerdo, a 9 km de Pancas, tem a entrada para o distrito de Lajinha. A vila em si não tem nada de especial mas a paisagem tambem é bonita de se ver.

Passando um pouco de Lajinha entrei numa estradinha que (pelo google maps) vai encontrar com as estradas do Paranazinho e de São Luiz) - mas ela piora rapidamente e achei melhor não prosseguir.

Um pouco adiante em outra entrada, acabei me distraindo e deixando o carro cair numa valeta. Pepino, chovia, eu não estava muito bem dos intestinos etc.  O carro ficou literalmente no ar, pois a quina da valeta pegou o protetor de carter e mais duas barras transversais do chassi da TR 4.  Achei um senhor (Vicente) que mora um pouco adiante, ele trouxe 3 filhos ou amigos e acabamos tirando fácil, meio no empurra e colocando umas tábuas por baixo.

Saindo de Pancas para Colatina, no lado direito da Estrada, entrei por um caminho que leva a algumas igrejas e à comunidade de São Pedro. Este caminho chega ao pé do pico da Agulha (quase um símbolo fálico) e a Estrada continua subindo mas preferi ir até ponto somente. Boa visão do pico. Um pouco antes (para quem vem de Pancas) tem uma placa indicando pico da Agulha e pico da Gaveta. Logo na entrada tem uma casa estilo Pomerana (no caminho para a Lajinha tem outra em estilo similar) muito simpático e bonita. Vale contemplar e eventualmente fotografar. Mais pra frente atravessamos um riachinho em cima de uma laje de pedra, lugar quase escondido mas bonito de parar para contemplar. A região é famosa pelas frutíferas. Vi várias e tive a sorte de achar um caju madurinho e não tive dúvidas em atacar e comer na hora. Que delícia.

Fiquei quarta a tarde, quinta o dia todo e sexta de manhã na região. Tive uma boa visão, mas com um tempo mais frio (a avenida central de Pancas está a 100 metros de altitude....) deve ser legal de fazer uma caminhada mais longa.

O que mais se vê na região é plantação de café Conillon, muito eucalipto, gado, e na região do Alto Mutum tem extração de blocos de granite. Carretas de grande porte atravessam o centro da cidade o tempo todo. Alias o transito em Pancas é bem enrolado. A cidade em si não agrada, Tudo bem simples, mal feito, mal arranjado. O comercio todo (inclusive super mercados e LAN House) fecha antes das 17:30 horas. Enfim - uma cidade que em si não apresenta atrativos dignos de nota. Mas a paisagem em volta compensa com MUITA sobra tudo isto.

De Pancas saí no rumo de Colatina (restaurante sabor e cia, perto da antiga estação de trem e da prefeitura - muito gostoso). Dizem que o Água Viva é um pouco mais caro mas bom também. A cidade em si, fora a vista do rio Doce não tem maiores atrativos.

Mais um pouco cheguei em Aracruz. No caminho circulei pela BR 101 (ES - Norte) e fiquei completamente perplexo ao perceber que ela está exatamente na mesma situação de 20 anos atrás, quando várias vezes passei férias na Bahia e região. Realmente é impressionante nossa inoperância em fazer qualquer melhora em infraestrutura. Para piorar esta Estrada é pedagiada já faz alguns anos. Que barbaridade !!!!!

Aracruz é uma cidade simples, tem um tipo shopping (Oriundi) que é razoável mas nada muito alem disto.

Fomos jantar no bairro Santa Cruz (beira mar um pouco abaixo do Coqueiral) - no restaurante Mocambo. Ótimo restaurante e o local muito agradável. Já tem um jeito de Bahia, aquela decadência colonial que nos acompanha nestas partes litorâneas que meio que param no tempo, faz tempo...

Sábado fomos até Santa Teresa. No meio das montanhas (aprox. 50 minutos de Aracruz), terra do Ruschi (o homem dos beija flor). Cidade simpática, boa para passear a toa, tem uma rua dedicada a alimentação (almoçamos no Fabrício - muito bom e tomamos um café com quindim no café Zanoni - também muito bom ainda mais batendo um papo agradável com a dona do mesmo). Ela comentou de 3 festivais que rolam em Santa Teresa ainda no primeiro semestre (Jazz, Gastronomia e Imigração)



 porquinha Beth no parque do alambique Vila Verde

abaixo toneis para envelhecer a cachaça - vale observar que estes tonéis já foram usados com outras bebidas (tipo vinho etc.)

 vários Marques reunidos - meus primos Ronaldo e Rogerio, Uiara esposa de Ronaldo e Tiago filho de Uiara e Ronaldo 

vai tatu, tatuzinho, me abre a garrafa e me dá um pouquinho - coisa para muito antigos...

 cachoeiras no parque da Gandarela e abaixo vista pro lado leste subindo pro mirante da Gandarela

 pico do Itabirito ao longe e predios de BH

 no alto do mirante - lado leste e abaixo os cará-cará vigiando o monumento do mirante

 mais uma do lado leste

mais pra cima marco de mineração e o tipo de solo - quase só pedra e as plantas rasteiras brotando nas gretas que surgem

 lado sul e o próprio mirante - aqui continuando a subir no rumo de Barão de Cocais - abaixo as montanhas pro lado Oeste 

 vale na altura de André do Mato Dentro  e abaixo igreja no vilarejo de Socorro 

 a igrejinha em Santa Barbara
olha o método tranquilo de carregar colchões e o cara ainda dirigia rápido

 venda em Ipanema onde comprei cinto e este senhor (tem a venda há 60 anos)conheceu vizinho do meu avô

rio Doce em Aimorés - a a junção com o rio Manhuaçu (mais a esquerda) 

 indo pra Colatina - ponte sobre rio Doce, aqui abandonei o asfalto e fui pra Pancas passando por Alto Mutum

abaixo venda na beira da estrada - quanta história rolou por ali....

 primeira vista do vale de Pancas

as pedras pontudas tão comuns na região

 vale de Pancas

abaixo vista dos pontões desde a rampa de voo livre

 Pamcas e as montanhas

detalhes das montanhas rumo Norte


 uma formação rochosa incrustada - dá impressão que 'apodreceu '  

embaixo algo similar - como se estivesse descascando 

 riacho no caminho de São Luiz

TR4 fez sucesso com as vaquinhas do casal de pomeranos que morava ali 

 travessia do rio na areia

a leve encavalada na valeta - saiu no muque

 antiga casa de fazenda no meio do cafezal

picos no caminho do Palmital



 um caju maduro me esperando - no caminho pro pico da Gaveta
 nascer do sol na varanda da pousada Ninho da Aguia - 

 pico da agulha visto de longe

lajeado de pedra



 casa pomerana

no pé do pico da agulha - as duas abaixo


 deixando a regiáo de Pancas rumo a Colatina - acima e abaixo


Colatina e o rio Doce