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quarta-feira, 25 de maio de 2022

RJ MG ES SP - mai 2022 - 82_2022

E vamos nós de novo - uma volta por alguns recantos em MG, ES e SP principalmente, mas com passagem pelo Rio e Niteroi.

18 dias, 4500 km

Pernoite em Cachoeira Paulista. Lá tomo contato com a igreja da Nova Canção (sediada lá) que atrai milhares de pessoas toda a semana. A cidade é cheia de pousadas que ficam lotadas no final de semana. Por sorte cheguei no domingo a noite (1 de maio) e os onibus de turismo já estavam indo embora. A cidade em si é bem simples, me chamou atenção apenas a enorme estação de trem - provavelmente devido ao tempo do café. Imagino. Mas, durante a semana, se necessário é um otimo ponto de pouso na via Dutra, pois as pousadas ou hoteis são bons e com preços super convidativos. Atravessando o rio Paraiba do Sul tem a casa do Cheff - um bar em area aberta - muito simpatico - praticamente unico ponto de encontro da turma de lá. Seguindo adiante tem o mirante - com vista pra Mantiqueira, Bocaina, Vale do Paraiba etc... Vale muito a pena dar uma chegada lá. Voltando tente atravessar pela ponte antiga - metalica. fica mais ao norte da cidade. 

Dali subi para a Bocaina. Tem varias estradas que sobem a Bocaina. Saindo dos 550 metros aproximadamente (altitude do vale do Paraiba nesta região) para a faixa de 1.200 metros que estão os campos da Bocaina. Enfim - desta vez tomei a estrada asfaltada que vai na direção do Bairro dos Macacos.  Um pouco antes tomei caminho a esquerda. No rumo do pico da Boa Vista, nascente do Rio Paraiba e morro do campo de aviação. Mas tive que voltar, Aparentemente só bicicleta, mula ou a pé para fazer esta travessia. Talvez de moto para trilha. Não sei. A estrada vai sumindo e virando picada. 

Quanto a este local chamado nascente do Paraiba do Sul, devo dizer que inicialmente fiquei com serias duvidas, pois a gente se acostuma a ver o rio nascendo lá pros lados de Jacarei - quase Sao Paulo capital. Mas fui olhar os mapas e fiquei realmente na duvida. Pois o curso do rio faz tipo um retorno e volta na direção de Cunha e portanto da Bocaina. Então fica ai esta novidade. Um rio que nasce, segue rumo sudoeste um bom tempo e quase na cidade de Sao Paulo faz 180 graus e toma o rumo nordeste. Interessante. 

Enfim - a partir do bairro dos Macacos tem varias estradas, fui na direção do tal morro do campo de aviação, depois fui dando voltas até chegar na região da tal casa de Pedra (aparentemente medico quis ir morar lá no final do 2o imperio, com a familia.... Não deu certo). As estradas meio abandonadas. De vez em quando uns trechos que só com 4x4 (e algum braço) para passar... Creio que com um carro normal (não muito baixo) dá para ir em vários lugares, mas é bom checar antes, ir devagar e com atenção. È legal poder passear na região sem ter muita gente zanzando (devido a dificuldade da estrada), mas é uma pena que região tão bonita e cheia de passeios tenha o acesso tao complicado. 

Em alguns pontos mais altos é legal tentar reconhecer o que está em volta. Mantiqueira, vale do Paraiba, Cunha e Campos de Cunha, pedra da Macela etc. 


Lembrando a serra da Bocaina é um maciço no estado de São Paulo, beirando o estado do Rio  e que praticamente se gruda na serra do Mar (altura de Angra dos Reis). São campos de altitude (faixa de 1200 a 1400 metros), com mato nos vales dos rios. Em geral. 

Pessoal lá em cima parece que vive uma vida em outro ritmo. Tranquilos. 

Desci da Bocaina em Barreiro - continua com aquela praça simpática mas não parece que está acontecendo muita coisa por lá. Fui direto para Bananal - bem mais agitada. Fiquei numa pousada bem meia boca. Mas passear pelas ruas da cidade, tomar um café, comer uma tapioca, comprar uma goiabada etc.. Já é bom demais. Gosto de Bananal. Dia seguinte rumo ao Rio de Janeiro, mas por dentro usando a estrada antiga que fazia a rota Rio - Sao Paulo. Quase chegando na Dutra - em Pirai, a partir de Passa Tres, fui pela RJ 139. Bem pouco usada, vegetação quase fechando a estrada, mas tranquila de passar. Atravessa uma reserva florestal muito legal. Vale o passeio. 

Bom lembrar que gasolina em SP é usualmente mais barata que no RJ - então na saída de Bananal é bom abastecer o carro, se o rumo é estado do RJ. 

Chegada no Rio tumultuada, acidentes, congestionamento, baixada fluminense, a gente fica um pouco desanimado. Mas logo passa isto e estamos em pleno Rio. Encontrei amigos (não todos - não dá tempo e um ou outro fora da cidade...) - passeei pelo centro do Rio - muito bom sempre. Comi empada no Bracarense (Leblon).  Dali fui pra Niterói - vivi 8 anos lá então sempre tem memorias boas. A cidade cresceu bastante etc... Mas tem muito lugar legal. A vista da barra da baia de Guanabara estando na praia de Camboinhas no final da tarde já é algo muito especial.  Tambem encontrei bons amigos lá.

Fui ver a exposição do Monet- é legal e bom de ver mas o pessoal abusou um pouco dos efeitos - dai ficou meio artificial demais. Minha humilde opinião - Não creio que valha a pena sair de Curitiba ou outra cidade para ir lá ver.... Mas sempre é bom.....  

Segui em frente, passada rápida por Buzios. Fazia mais de 40 anos que não ia lá. Impressionante o tamanho que ficou. Não gostei, mas não estava com espirito de ir a praia digamos assim. Dei uma rápida parada na praia de Geribá e segui em frente- para ir dormir em Campos. Não fui ao farol de Sao Thome pois achei que ia ficar muito tarde. 

Como a entrada na trilha do parque da Pedra Azul é por ordem de chegada, na manhã seguinte acordei cedo, tava disposto, resolvi colocar o pé na estrada. Afinal de Campos a Pedra Azul são 3 horas e meia fora a vantagem de pegar BR 101 vazia ainda. Em Cachoeiro a gente deixa a BR 101 e vai pelo interior. 

A região de Campos é plana, mas logo que a gente entra no ES começam as ondulações, morros, pedras aparecendo e assim continua por todo o trecho. A cidade de Cachoeiro eu não conhecia. Passei rapidamente, espremida num vale, varias rampas. Devem sofrer com inundações por ali. Mas fiquei com vontade de ficar mais tempo. A estrada a partir dali vai sem embrenhando nas famosas serras Capixabas. Paisagens bonitas e de repente estamos na Pedra Azul.  Chegando justamente pela tal rota do Lagarto - que é uma estrada bem sinuosa e estreita de uns 8 km que liga Arace a Pedra Azul. 

Cheguei um pouco antes das 9 horas, ingresso apenas para as 11 horas. Mas como eu estava sozinho, acabaram me deixando entrar um pouco depois das 9. Foi bom. A trilha é tranquila, tem um trecho de uma rampa com corda. Uns 100 metros. Não diria que é para qualquer um. Principalmente se a pessoa entrar em panico. Mas vale a pena, paisagens, a mata, as vistas da pedra em si, as tais piscinas.  Depois da trilha almocei e dei umas volteadas por ali. Gente toda muito simpática, tranquila. É um lugar turístico, mas o ambiente não tem aquela pressão por consumo, impessoalidade etc. Eu realmente tinha uma certa prevenção de ir lá - pois é um destino considerado romântico ou familiar e eu sozinho não combinava nada com isto. Mas foi tudo muito legal. Gostei mesmo. 

Como era final de semana os hotéis por ali estavam com preços bem acima do meu orçamento... Fui dormir alem de Venda Nova, no rumo de MG. Um pouco antes de Venda Nova tem uma rampa para ParaGlider - a esquerda da estrada (rumo MG)- vale a pena dar uma subida lá (não muito fácil para veículos comuns, mas tinha dois lá em cima...)  - Morro do Filetti.


Dia seguinte fui no rumo de Ipanema onde meu avô teve fazenda e meu pai foi boiadeiro (ou tropeiro - basicamente ele e meu avô iam comprar gado no norte de Minas ou Bahia e traziam para vender na região) por algum tempo. Já estive lá duas vezes mas acabo voltando.

No caminho passei por uma cidade chamada Lajinha que adorei quando terminou (apesar que no lado norte da cidade tem uma subida pra um mirante bem interessante - vale a pena e não precisa ser 4x4) e logo em seguida a cidade de Chalé. Esta já diferente, simpática e agradável. Não consigo exprimir ou definir muito bem o que faz a gente simpatizar logo de cara com uma cidade e - pior - antipatizar com outra. Com certeza algum tempo em cada um destes lugares provavelmente mudaria nossa impressão. Não sei.

Perto da fazenda que era do meu avô - encontrei um cara mais jovem , mas de família que vive por lá faz tempo. Ele não lembrava do meu avô mas lembrava dos proprietários (posteriores imagino) da fazenda. Foi um bom papo. Só que a estrada para ir da MG 111 até a fazenda e depois dali até a BR 474 (que liga Ipanema a Caratinga) não é fácil. Uma ponte pênsil super estreita, uma ponte sem guarda corpo e com atoleiro em cima dela, vários atoleiros. Enfim - tem que ir com cuidado. 

É engraçado ir a Ipanema (ainda mais domingo a tarde - tudo bem parado...) e olhar uma cidade comum como as outras e imaginar que minha família teve tanta relação com esta cidade em outras épocas. De certa forma tudo se perde ou se esvai. Os mais velhos morrem e não fica nada disto. Só as memórias que a gente consegue recolher aqui e ali.  Pra mim tem um significado especial,  justamente por ter passado uma temporada na fazenda quando eu tinha 5 anos de idade. Me marcou muito, tudo. A viagem (3 dias de Juiz de Fora até a fazenda - 340 km aproximadamente...) e mais toda a vida naquele local tão remoto. Quando estávamos lá foi ativada energia elétrica (apenas a noite, algumas horas...) 

Fui dormir em Caratinga. Tinha uma impressão assim mais ou menos de lá. Mas gostei de ter pousado lá. Cidade agitada com boa aparência. Na beira da famosa Rio - Bahia. Caminhão tempo todo. Na chegada consegui um lava jato para tirar a muuita lama que tinha no carro. Pra não causar muito mal estar na turma. Apesar de alguns parece que fazem questão de andar com o carro enlameado, assim meio como simbolo de algo. Não curto muito a ideia ou não acho importante. Vai saber. 

De Caratinga fui no rumo do parque estadual do Rio Doce. Parece que é area privada mantida sob alguma tutela do estado. Mas a questão é que pra entrar na reserva, tem a tal PONTE QUEIMADA - uma ponte de madeira em cima de estrutura metálica sobre o rio Doce. Um local onde ele vai de 100 metros de largura para poucos mais de 10 metros. Uma garganta de pedra. Impressionante. Bonito de ver. Me deu algum receio de atravessar a ponte. Tinha marca de pneu na estrada, vi um carro passar e depois conversei com um cara numa moto. Ele me chamou a atenção para algum prego solto nas tabuas (provavelmente iria furar 2 pneus) e que as vezes cai  uma arvore na estrada e eu teria que voltar (não era o caso hoje - pelo que ele informou). Enfim - amarrei uma garrafa plastica de 5 litros (vazia) no para-choque (para pelo menos achar o carro caso a gente afundasse....) e pus carteira, celular e maq fotográfica em saco plastico amarrado na cintura. Fui bem devagar, escolhendo as tabus e fiz a travessia tranquilamente. Ufa.... Depois são uns 20 km de estrada estreita (vegetação vai fechando a estrada, naturalmente).  Mas uma delicia contemplar a natureza numa situação mais protegida etc... Poucos animais no caminho (horário não era propicio). Mas um belo trecho a ser percorrido sempre que possível e enquanto a ponte e as arvores caídas deixarem....

Antes que me esqueça - no trecho a partir de Caratinga - entre Bom Jesus do Galho (cada nome...) e Córrego Novo tem uma bela serra para atravessar. Belas paisagens. 


Na saída do parque rumo Timoteo e então pegar a BR 381. Continua um horror. Esta estrada (que vem de Gov Valadares rumo BH) e a BR 262 (Vitoria - BH) são exemplos do descaso do governo com a sociedade. Obras abandonadas, trechos com o asfalto totalmente destruído, perigos a todo o momento. Por sorte os motoristas vão com calma e a situação é contornada....

As cidades e a região também totalmente destroçadas, reviradas pela ação das minerações. Triste de ver. As cidades sendo degradadas. Enfim - as tais riquezas naturais de Minas, acabam virando uma maldição (exagerando claro) - de tanto maleficio que trazem. 

Acabo chegando em Senhora do Carmo. Vilarejo simpatico e agradável. basicamente ao longo da rua ou estrada que segue de Ipatinga para Itambé do Mato Dentro. Mas um lugar gostoso de fazer base. Afinal fica junto da famosa Serra dos Alves....

Serra dos Alves é o nome de uma serra especifica E de um vilarejo no pé desta serra mas também e principalmente da região como um todo. Trata-se do lado leste (sudeste sendo mais preciso) da serra do Cipó. A cidade e região mais visitada desta serra (a do Cipó me refiro) fica na direção Oeste a partir da Serra dos  Alves. Tem muitos lugares para visitar, muitas pousadas para ficar. A vila de Serra dos Alves fica bem central e dá acesso em todas as direções. Só que é bem deserta e com pouquíssima opção durante a semana e fora de temporada. Onde fiquei - Senhora do Carmo - aumenta um pouco alguns deslocamentos, mas é uma cidade com mais opções (mercado, padaria, pouso etc...) - Enfim - gosto de cada um para ver onde fica ou uns dias numa e outros dias em outra ou ainda em alguma terceira região por ali.  

Outra coisa - Lembrando e valido para todos estes passeios. Sempre regiões com picadas etc... Um sapato para andar no mato (tênis NÃO é a melhor opção, mas claro que é melhor que um sapato social ou salto alto) e um bastão de apoio - especialmente para turma que já passou dos 50 ou tem alguns kg a mais são AMBOS altamente recomendáveis. 

Enfim: fui na cachoeira do Bongue - muito bonita mas recomendo não ir muito cedo, pois ela fica encaixada dentro de uma encosta, então o sol só chega ali lá pelas 10 da matina e vai embora cedo também (no inverno isto, claro...) .

Mas o grande passeio que - pelo que vi - é o mais legal e acabei fazendo é a partir da vila de Serra dos Alves, deixar o carro por ali  e ir até a tal Casa Verde e depois até o Canyon Boca da Serra. Passando pela cachoeira dos Cristais (atenção que a trilha leva a parte superior - mas o local bom pra um banho é na parte inferior da cachoeira  claro...).  No total dá umas 5 horas de caminhada com uns 550 metros de subida. Mas que passeio legal. Paisagens, tranquilidade, variação da vegetação e do terreno, banho de cachoeira etc... Muito bom. Esta trilha segue adiante - creio que mais uns 30 km, por cima da serra do Cipó até o parque da serra do Cipo especificamente (Cânion das Bandeirinhas). Para quem se animar. Caminhar lá nos altos da serra deve ser bom demais....

Mais tranquilo e parece que legal (não fui) é ir até a cachoeira dos Marques e Coca Cola. 

Ao longe vi a igreja no topo do Morro Redondo - deve ser muito bonita a vista lá de cima. Estes lugares com visão ampla costumam ficar ainda mais belos ou atraentes no nascer ou por de sol....

Dali parti rumo Norte por uma estrada alternativa, para chegar em Itambé Mato Dentro; passando pela vila da Cabeça de Boi e - antes - pela serra da Posse. Vistas fantásticas. Passeio excelente. Quando chega lá no alto - uns 10 km a partir de Senhora do Carmo, recomendo tomar a direita. Fui pela esquerda. É legal, especialmente porque passa bem embaixo da Serra da Posse mas tem muita porteira para passar. Enfim - questão de opção.

Itambé do Mato Dentro é uma cidade simpática. Dali no rumo de Morro do Pilar - lindas vistas da serra do Cipo e do canyon do rio do Peixe -que se inicia justamente no Travessão - local onde já estive em outra caminhada há muitos anos atrás. Este travessão é uma conexão entre dois morros e de cada lado nasce um rio de bacia diferente - um pro lado do São Francisco e outro pro lado do rio Doce (este lado que eu estava passando).

Morro do Pilar é uma das cidades com mais ladeiras que já vi. Fundada e expandida na encosta de um morro bem inclinado. Impressionante ver a dinâmica do pessoal subindo e descendo o morro. De Itambé até aqui - MUITO MUITO PÓ FINO. Bom embrulhar a mala de roupas etc em saco plastico. Depois melhora a estrada até Conceição do Mato Dentro

Conceição virou polo da Mineração na região. Era uma cidadezinha pacata, não muito bonita mas virou uma confusão: transito, movimento, crescimento desordenado. Um horror. Dá para fazer um CASE sobre como a mineração destrói tudo no seu entorno. Dali a estrada até Serro bem tranquila e mantida (por causa da mineração claro).

Continuo gostando muito do Serro - é uma das cidades históricas de Minas que mais me agradam. Não saberia dizer bem o porque. Mas acho que ela consegue conservar o jeitão de cidade histórica e ao mesmo tempo tem o jeito de uma cidade do interior normal. Alem de fazer o melhor queijo Minas para meu gosto. Sem prejuízo do famoso queijo da Canastra. 

Fui ali para no dia seguinte ir até o pico do Itambé. Já tinha estado perto dele 2 vezes e sempre fiquei com vontade de subir. Desta vez vamos tentar. Mas já sabia que não ia ser fácil. 850 metros de desnível e 5200 metros de trilha. E eu ainda com cansaço da Serra dos Alves dois dias antes... (os mais jovens nem imaginam o que possa ser isto...)

Mas fui lá. Meia hora de carro até Santo Antonio do Itambé, depois mais um pouco até a entrada do parque. TODOS, o site do parque inclusive ou principalmente, exigem que a gente faça reserva antecipada. Eu fiz - claro. Mas cheguei lá, o funcionário nem se preocupou.. Tambem eu era o único a andar pelo parque naquele dia. Da portaria até o inicio da trilha são 6 km que eu com um carro 4x4 que eu chamaria de valente e com alguma habilidade no volante - me bati para atravessar. Ou seja - a trilha na pratica dobra de extensão. Pois as pessoas em carro normal tem que deixar o mesmo ali na portaria. Bem triste isto. Mas enfim....

A partir de onde termina a trilha para carros, tudo bem sinalizado e um caminho muito legal. Paisagens, pedras, vegetação, a vista do pico ao longe etc... Bela caminhada. Um pouco adiante da metade tem uns poços de água potável onde também é possível um bom banho dentro dos mesmos. Delicia total. Alguns trechos a trilha vai entre pedras. Tem varias lapas onde é possível dormir embaixo ou se proteger da chuva ou apenas comer e dar uma dormidinha. Quando faltavam uns 2 km de trilha para chegar no pico - tem um desvio (invisível..) a direita que vai num topo onde se vê uma formação de Cânions muito muito bonita. Vale muito a pena. Fora ser um local agradável para descansar, comer etc.

Coloco as coordenadas porque gostei demais do local e não há indicação para o mesmo.     18°23'44.1"S 43°20'23.8"W

Dali voltei. Como é bom ter esta serenidade. Acho que eu aguentava um pouco mais. Diz que tem uma ponte sobre um canyon bem legal. Mas eu achei que tava ótimo para a 1a tentativa e voltei. Longa volta... Mas cheguei bem.

Dia seguinte, direto a BH. O tradicional, passeio pela Savassi, experimentar bons cafés, pão de queijo, caminhar de volta para o centro pela praça da Liberdade. Sempre tem alguma exposição legal no conjunto de centros culturais da praça. Como ficou legal esta região. Mas pra mim o top mesmo é ir no Mercado Central. eita coisa boa. Fui com primos comer uns peixes no bar Peixe Frito. Muito bom também.  Me impressionou muito mal a quantidade de gente na rua - morador abandonado quero dizer - em BH. Muito mais do que das outras vezes. Algo que está acontecendo geral no Brasil - especialmente nas cidades grandes. Abismo social do Brasil vai se aprofundando. E nós privilegiados vamos tentando não olhar... 

Dali segui para Juiz de Fora, depois via Caxambu para a via Dutra, São Paulo (onde fui ver a exposição multi midia do Van Gogh -que gostei muito) e de volta para casa. 



DICAS na pouso, comida etc. 


a) Cachoeira Paulista - pousada Santa Catarina

b) Bairro dos Macacos - bem onde tem uma bifurcação de ruas (Sao Sebastião e N Senhora) , tem uma padaria - ótimos salgados e queijo Minas para levar. 

c) Bananal - Bella Tapioca - bem boa. Produtos da região na loja Rei da Roça - tudo na rua principal. 

d) Rio de Janeiro - hotel AROSA - Lapa (garagem, preço bom, café da manhã ótimo, atendimento super cordial, quarto legal e silencioso - localização um pouco estranha...) -  cafe fazenda Paradiso na rua dos Invalidos (excelente) - ali do lado - almoço no boteco PH. Muito bom também. 

e) Cachoeiro do Itapemirim. padaria Canal  - eficiente.

f) Pedra Azul - café na Cafeteria da fazenda (perto rest Don Due), café  Alto da Rota (do Mario) - bom demais - imperdivel... - fica quase no final da rota do Lagarto em Arace - uns 1.100 metros da estrada. Não está assim tão facil - mas vale muito a pena. O café servido no portal de entrada do parque - bom tambem. Gente muito legal. Almoço no rest e pizzaria Pedra Azul - simples e efetivo. 

g) Caratinga - hotel GoInn e boteco Trindade. 

h) Jaguaraçu - BR 381 logo apos Timoteo rumo Ipatinga - restaurante Mexidão - bom demais. 

i) Senhora do Carmo (Ipatinga) - pousada (pensão) Neves;  laticinios Carmolac (doce de leite e queijo - muito bons) e padaria (São Jose?) em frente a Policia Militar. 

j) Itambé do Mato Dentro - padaria Itacolomi. Muito boa. 

k) Serro - café da praça e bar dodoia e junior. 

l) BH - bar Peixe Frito na rua Juiz de Fora. Nicolau bar da esquina (em Santa Tereza) - preços um pouco salgados (padrão São Paulo) mas tudo muito bom e o lugar muito legal. 

m) BR 040 Barbacena - Nosso pão de queijo. 

n) Juiz de Fora - hotel Serrano (maravilha de custo beneficio - muito bom mesmo) , boteco bigode e xororó (os vários tipos de torresmo) e os bares (do Leo parece ser o melhor) em torno da praça do jardim Gloria. Como ficou legal aquele lugar. 

o) Pouso Alto - Santana do Capivari - casa de queijos do Neto ma BR 354 uns 500 metros antes do trevo que vai para Itamonte ou Passa Quatro (lado esquerdo indo p via Dutra). 3km apos o trevo para Sao Lourenço - na mesma BR - no sentido Dutra tambem -  bem num alto - lado esquerdo (quem vai para Dutra) tem uma venda amarela - bem na curva - CUIDADO !!! - tem a venda PE DE MOLEQUE PIRANGUINHO. muito boa tambem. bons queijos, otimo pão de queijo etc




A EVITAR

a) Pousada Rancho nas Montanhas -  na BR 262 quase em Ibatiba. rumo MG. Tudo bem ruim.... 

b) Pousada Matriz no Serro





Seguem fotos


serra da Mantiqueira e pico dos Marins - visto da via Dutra

a enorme estação de trem (hoje abandonada, mas não destruida) em Cachoeira Paulista

Mantiqueira com pico dos Marins mais pro lado direito

subindo a Bocaina - vendo a Mantiqueira ao fundo e vale do Paraiba no meio

no alto da Bocaina - vista direção sul - Campos de Cunha

igreja no alto dos campos - isolada.  Local de meditação. Igreja N Sra da Divina Revelação

chegada ao morro do campo de aviação - achei melhor deixar o carro antes destas valetinhas. Mas acho que com um pouco mais de coragem passava. Pneu esquerdo raspando a beirada e o direito tranquilo. 

descida do morro do campo de aviação - direção sul. 

campos da Bocaina

Cachoeira é o que mais tem por ali

Morro parte do maciço do pico Tira Chapeu... Ponto alto da região - 2050 metros aprox. 

Descendo a Bocaina rumo a Barreiro - Mantiqueira quase visivel ao fundo

o famoso cais do Valongo na area portuaria do Rio de Janeiro

acima - Valongo

abaixo mural e prédio contemporâneo na região do Porto - Rio de Janeiro

dentro da exposição Multi Midia do Monet 

Central do Brasil e Cristo Redentor

atravessando a ponte - que vista, que sensação gostosa - tanta coisa bonita, dia maravilhoso. 

os porta aviões brasileiros. Fico pensando quantas horas por ano eles ficam fora daquele cais. Mistério....

Gávea e Corcovado visos de São Francisco - Niterói

praia de Camboinhas- ao fundo pedra de Itacoatiara.

abaixo - Gávea e Pão de Açúcar vistos de Camboinhas



igrejinha em Sao João da Barra

Nascer do sol nas pedras de Cachoeiro do Itapemirim

Vista de Cachoeiro e serras vizinhas

abaixo a famosa Pedra Azul 

plantação de lavandas (será?)

a pedra azul vista bem de baixo

corda de uns 100 metros para subir nas cachoeiras e uma parte da pedra azul

as tais piscinas - como é epoca de seca - estavam meio tristinhas. Tinha gente inclusive com nojo de entrar na água - achei exagerado, pois tinha um fio de agua renovando as piscinas - lentamente é verdade...


as piscinas e o vale ao fundo

lagarto me vigiando. Em geral eles deixavam a gente se aproximar bem mais do que o usual.

fazenda de café antiga 

a famosa foto do centro de turistas (ali do lado que é a entrada para o parque e para a caminhada) com a pedra dominadora ao fundo

Nenúfares no caminho

fazenda na região da rota do Lagarto

já em Minas- outras pedras. região de Chalé

Anu - na estrada 

uma ponte com lama por cima - quase atolei em cima da ponte- melhor que deslizar, não tendo guarda corpo. Região de Ipanema MG - rio Manhuaçu

fazenda Cachoeira alta - que foi de meu avõ Onofre (anos 40 até anos 60) - perto de Alegria - Ipanema MG

cruzando lajeado muito escorregadio, carro deu uma mini derrapada, por sorte pro lado de dentro e não na direção da cachoeira....

Como o dia estava dedicado a travessias.... ponte pensil sobre o Manhuaçu. tem que dobrar os espelhos do carro. Imagino que seja para impedir carros de maior porte passarem

ferrovia abandonada perto de Caratinga. 

ponte de tabuas (chama ponte queimada na verdade) sobre afunilamente fantastico do rio Doce de 110 metros de largura para 13 - numa garganta empedrada....



estrada dentro do parque do Rio Doce - apos a ponte. 20 km de mata tranquila.
região da Serra dos Alves- contraforte ou beirada leste do maciço da serra do Cipó.

Cachoeira do Bongue - bom não ir muito cedo - nem muito tarde. Para pegar o sol nela mesmo

passaros (qual?) na região da serra dos Alves


igreja no topo do morro Redondo. 

gavião 

as serras da serra dos Alves

igrejinha famosa na vila da serra dos Alves - em reforma. 

atravessando o ribeirao do Tanque (que corta toda a região) - bom demais o banho ali. 

este bicudo tem jeito de beija flora - mas não é....

este morro é o que de fato se chama serra dos Alves

cachoeira dos Cristais - na subida para o Canyon 

arvores com folhas secas avermelhadas - na encosta da serra

casa na subida da serra - ainda em bom estado. Parece que pessoal usa. 

mais embaixo a cozinha da casa. Fica em nivel mais baixo que os quartos. Ar quente deve subir pros quartos... 


o Canyon ao longe e os topos da serra do Cipo

a tal casa verde - perto do Canyon

mais folhas avermelhadas

subindo para o Canyon - topo da serra dos Alves ao fundo

arvores de cerrado

o fundo do Canyon... 




me observando...

o canyon novamente - quantos milhões de anos a água leva para escavar isto ?

indo para Itambe Mato Dentro - via cabeça de boi....

vale com neblina - bem lá no fundo as serras do Espinhaço - região do Caraça - Catas Altas - quase 2 mil metros altitude. 



abaixo no topo rumo Cabeça de Boi

novamente a serra do Caraça

Cará Cará no topo da serra



vistas da região




matriz em Itambe do Mato Dentro

Serra do Cipo - ao longe - canyon do rio do Peixe - no fundo deste canyon está o tal TRAVESSÃO (que divide duas bacias - São Francisco - lado de lá e Doce lado de cá)


boi vigiando o caminho...

casinha que marca o inicio da subida para o pico do Itambe -  850 metros de desnível


creio que seja um tipo de orquidea

esta folha me impressionou pela textura dela.... bom para carimbar na argila

subindo...

passagem entre pedras (muitas pedras no caminho....) 

serra alem de Diamantina - região do parque do Rio Preto

abaixo um canyon (na verdade é um reticulado de canyons neste canto da subida...) 

a sorte de pegar um beija flor no ar...

região de pedra plana -que junta agua nas chuvas


flores  e canyon visto do inicio dele

da-lhe pedra

outra piscina - tambem com agua meio pouca - mas otima pra um banho. Interessante como a agua desgasta a parte de cima da pedra - deixando este amarelado aparecer...



beija flor descansando

cemiterio em Santo Antonio do Itambé

Lua e sol nascendo em São Paulo