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sábado, 11 de março de 2017

MINAS, ESP SANTO, BAHIA, RIO e o que mais aparecer no caminho 57_2017

Já fazia tempo que estava querendo retornar a BH e Juiz de Fora para rever parentes e dai resolvi juntar mais alguns pontos locais que tinha interesse em conhecer meio no trajeto ou apenas um pouco fora dos mesmos, uma forçadinha de roteiro digamos assim

sai de Curitiba no sábado (4 de março) e fui direto a BH. Dia quente, eu não tinha dormido direito etc,, o fato é que a Fernão Dias, especialmente a segunda metade no rumo de BH é uma estrada bem monótona em termos de paisagem etc... 

para evitar a marginal Tietê, peguei a Anhanguera desde o rodoanel, rumo a Jarinu, dali até a rodovia Dom Pedro, depois em Atibaia peguei a F. Dias. Ocorre que desde a Anhanguera até a D Pedro são 42 km em pista simples, bem movimentado.Ganha-se alguns quilômetros e se evita a marginal em compensação.


Na Fernão logo que entra em Minas tem uma parada chamada leitão pururuca. A ser evitada ao máximo. Almocei na altura do km 831 (do outro lado da estrada, tive que fazer o retorno) - comida e local simples mas saboroso e barato. Mais a frente na altura do km 800, dos dois lados da rodovia, tem a parada da fazenda Vale Verde, muito bom local. 


Em BH meu programa principal é passear no Mercado Central. Acho local excelente, provavelmente o melhor mercado público do Brasil, especialmente pelo balanço entre coisas para o povo de BH em si (utilidades, frutas, verduras, alimentos em geral) e pro pessoal que está lá como turista ou a lazer (botecos, artigos típicos etc). Então claro que já ia direto tomar café da manhã por lá, abacaxi, melancia (banca pequena na frente da farmácia Araujo), alguma outra fruta que apareça, café com bolo e pão de queijo na tabacaria Sabiá, doces na Laticínios Costa e cachaças no Ronaldo. Com certeza existem locais iguais ou melhores dentro do mercado, mas eu já conheço o pessoa e estes locais ficam um perto do outro. Almocei no Jorge Americano, muito bom. Dizem que Mané doido ou ou louco é bom também. 


No domingo fui com primos visitar o parque do Alambique Vale Verde, fica meio distante (um pouco depois de Betim) mas é um local legal para passear, com vários animais, plantas, passeios, exposição de repteis e insetos, visita ao alambique e um ótimo restaurante. Gostei da ideia.


Também visitei tia (98 anos e animada ainda) e amigos. Na terça feira sai dali, rumo de Rio Acima, de lá tomei a esquerda rumo a cachoeira Chica Dona, depois subi a serra e fui no mirante da Gandarela. Tanto o mirante como o trajeto é acima de 1600 metros de altitude, com paisagens fantásticas, vale muito a pena e nao é necessário veículo especial, apenas um pouco alto e ir tranquilo. De lá desci no rumo Norte na direção de Socorro e Barão de Cocais, passei por Santa Barbára (que considero uma cidade histórica especialmente simpática) e fui pela BR 262 no rumo leste. Calor forte especialmente ao descer para a faixa de 300 metros para cruzar os vales dos Rios Piracicaba, Doce e o Manhuaçu. Antes de Abre Campo tem a lanchonete do Gaúcho, muito boa. Um pouco antes tem uma parada chamada 150 (pela quilometragem) - uma pequena amostra do que pode ser ruim numa parada...


Em Manhuaçu dormi no hotel Monte Verde (R$90 com ar condicionado - que acabei não usando pois choveu muito e fez frio em Manhuaçu - algo quase inacreditável - me refiro a frio tipo 22 graus). Jantei na Cantina (beira rio), tem bons caldos, pizzas, pratos de peixe, carne e bacalhau. Mudou de local, perdeu um pouco a personalidade mas continua uma boa opção)


dia seguinte, com neblina e frescor da manhã segui rumo a Ipanema, local onde meu avô paterno teve uma fazenda e veio a falecer. Parei um pouco na cidade, no cartório local consegui fotografar o registro de óbito dele (o original, lavrado no dia que ele faleceu - me fez viajar nos pensamentos). Comprei doces na Nhá Maria (não tenho certeza do nome, fica pertinho da chegada de Manhuaçu). Fora isto o trajeto foi muito legal de fazer, paisagem bonita, eu animado, a neblina lutando com o sol etc. 


De Ipanema segui em frente rumo ao rio Doce, que encontrei em Aimorés (onde nasceu Sebastião Salgado). Ainda não tem como comer peixe ali, pois o rio continua interditado, mais de um ano após o vazamento da Samarco. E pensar que existem muitas e muitas lagoas daquele tipo espalhadas pelas minerações de Minas Gerais. Calor pegando forte. Ali perto é o encontro do rio Manhuaçu (que fazia limite da fazenda do meu avô) com o Doce. Também por ali passa a ferrovia da Vale (antiga Vitoria Minas). Trilhos duplos, as composições passam sem grandes ruídos ou vibrações. 


Segui pelo asfalto, entrei no Espirito Santo logo em seguida, tem uma bela ponte cruzando o rio Doce, meio em diagonal. Logo depois dela peguei a direita para pegar uma estrada de terra para Pancas. Distancia mais curta -o que não significa tempo menor, claro. Mas fomos por um vale um bom trecho, paisagens bonitas, fazendolas antigas. Interessante ver como a partir de Manhuaçu o terreno vai ficando mais pobre, os morros vão ficando mais baixos na direção do vale do rio Doce. 


Mais pra frente uma serrinha razoável, uns 400 metros de desnível, e varias minerações que sacam aqueles blocos de granito utilizados em pias, tampos etc...


Também desde longe, muito pé de café. No Esp Santo mais da variedade Cotilon (imagino que seja o robusta, não descobri porque o pessoal prefere plantar uma variedade que rende menos - mas com certeza boa razão haverá) - R$ 410 a saca. 


No topo da serra tem uma mega fazenda de café (Galileia), começa o asfalto (então de terra foram uns 27 km algo assim), logo em seguida a vila de Alto Mutum e daí a estrada começa a descer para o vale de Pancas, e a gente começa a ver as formações tao especiais desta região. Logo no topo antes da descida tem uma saída a esquerda com os dizeres - rampa de voo livre. Se tiver tempo já entre ali. São uns 7 km de terra (mais ou menos) e chega-se a uma rampa justo em cima da cidade de Pancas - VISTA FANTÁSTICA E MARAVILHOSA. 


Em Pancas fiquei no hotel Ninho das Águias (vista, atendimento, silencioso etc.. tudo bom - R$ 70 o apto). Os outros hotéis ficam na Av Central da Pancas (13 de maio acho que é o nome), mas são bem deprimentes e além de tudo tem barulho de caminhões passando a noite....


para almoço, janta, lanche etc.. tem o Schumacher (vindo de Colatina, logo na entrada pega a esquerda, umas 3 quadras) - EXCELENTE. Dizem que o Carcará (do outro lado da cidade) também é bom.


Imagino que uma das principais atividades em Pancas seja escalar algum paredão de pedra ou "escalaminhar"  por algum caminho menos exposto os picos. Ai pela Internet tem relatos de pessoal que subiu diversos picos da região. Tambem tem a opção de rampas de voo livre (esta que mencionei na Estrada para Alto Mutum, parece que Lajinha tem outra etc..)

Eu me dediquei mais a passear de carro por estradinhas, rápidas caminhas a pé, conversa com moradores e coisas deste tipo. Em geral os contatos com os moradores da area rural foram bons mas encontrei uma quantidade de pessoas arredias ou desconfiadas acima da media.

Os caminhos que fiz, na direção oeste (saindo de Pancas rumo a Alto Mutum) foi o do Paranazinho (a direita de quem sai de Pancas). Andei pouco por ali, mas parece que as estradas nesta direção se ramificam bastante e é possível passear por muitos locais na parte alta das montanhas. Na outra direção - leste - tomei o caminho de São Luiz (na Estrada tem a indicação de canto do camelo)  e fui até uma porteira. Para frente a Estrada piora muito e diria que é melhor estar com uma moto, a pé, bicicleta ou no lombo de um burro. Dizem que este caminho tem acesso ao Paranazinho e Lajinha. Mais pra frente tem a entrada para o Palmital (tambem a esquerda - com placa indicando Cantinho do céu). Este trecho termina numa porteira com aviso bastante incisive (INVASÃO DE PROPRIEDADE É CRIME) mas a paisagem dos picos do lado esquerdo vale andar pelo mesmo.

Ainda do lado esquerdo, a 9 km de Pancas, tem a entrada para o distrito de Lajinha. A vila em si não tem nada de especial mas a paisagem tambem é bonita de se ver.

Passando um pouco de Lajinha entrei numa estradinha que (pelo google maps) vai encontrar com as estradas do Paranazinho e de São Luiz) - mas ela piora rapidamente e achei melhor não prosseguir.

Um pouco adiante em outra entrada, acabei me distraindo e deixando o carro cair numa valeta. Pepino, chovia, eu não estava muito bem dos intestinos etc.  O carro ficou literalmente no ar, pois a quina da valeta pegou o protetor de carter e mais duas barras transversais do chassi da TR 4.  Achei um senhor (Vicente) que mora um pouco adiante, ele trouxe 3 filhos ou amigos e acabamos tirando fácil, meio no empurra e colocando umas tábuas por baixo.

Saindo de Pancas para Colatina, no lado direito da Estrada, entrei por um caminho que leva a algumas igrejas e à comunidade de São Pedro. Este caminho chega ao pé do pico da Agulha (quase um símbolo fálico) e a Estrada continua subindo mas preferi ir até ponto somente. Boa visão do pico. Um pouco antes (para quem vem de Pancas) tem uma placa indicando pico da Agulha e pico da Gaveta. Logo na entrada tem uma casa estilo Pomerana (no caminho para a Lajinha tem outra em estilo similar) muito simpático e bonita. Vale contemplar e eventualmente fotografar. Mais pra frente atravessamos um riachinho em cima de uma laje de pedra, lugar quase escondido mas bonito de parar para contemplar. A região é famosa pelas frutíferas. Vi várias e tive a sorte de achar um caju madurinho e não tive dúvidas em atacar e comer na hora. Que delícia.

Fiquei quarta a tarde, quinta o dia todo e sexta de manhã na região. Tive uma boa visão, mas com um tempo mais frio (a avenida central de Pancas está a 100 metros de altitude....) deve ser legal de fazer uma caminhada mais longa.

O que mais se vê na região é plantação de café Conillon, muito eucalipto, gado, e na região do Alto Mutum tem extração de blocos de granite. Carretas de grande porte atravessam o centro da cidade o tempo todo. Alias o transito em Pancas é bem enrolado. A cidade em si não agrada, Tudo bem simples, mal feito, mal arranjado. O comercio todo (inclusive super mercados e LAN House) fecha antes das 17:30 horas. Enfim - uma cidade que em si não apresenta atrativos dignos de nota. Mas a paisagem em volta compensa com MUITA sobra tudo isto.

De Pancas saí no rumo de Colatina (restaurante sabor e cia, perto da antiga estação de trem e da prefeitura - muito gostoso). Dizem que o Água Viva é um pouco mais caro mas bom também. A cidade em si, fora a vista do rio Doce não tem maiores atrativos.

Mais um pouco cheguei em Aracruz. No caminho circulei pela BR 101 (ES - Norte) e fiquei completamente perplexo ao perceber que ela está exatamente na mesma situação de 20 anos atrás, quando várias vezes passei férias na Bahia e região. Realmente é impressionante nossa inoperância em fazer qualquer melhora em infraestrutura. Para piorar esta Estrada é pedagiada já faz alguns anos. Que barbaridade !!!!!

Aracruz é uma cidade simples, tem um tipo shopping (Oriundi) que é razoável mas nada muito alem disto.

Fomos jantar no bairro Santa Cruz (beira mar um pouco abaixo do Coqueiral) - no restaurante Mocambo. Ótimo restaurante e o local muito agradável. Já tem um jeito de Bahia, aquela decadência colonial que nos acompanha nestas partes litorâneas que meio que param no tempo, faz tempo...

Sábado fomos até Santa Teresa. No meio das montanhas (aprox. 50 minutos de Aracruz), terra do Ruschi (o homem dos beija flor). Cidade simpática, boa para passear a toa, tem uma rua dedicada a alimentação (almoçamos no Fabrício - muito bom e tomamos um café com quindim no café Zanoni - também muito bom ainda mais batendo um papo agradável com a dona do mesmo). Ela comentou de 3 festivais que rolam em Santa Teresa ainda no primeiro semestre (Jazz, Gastronomia e Imigração)



 porquinha Beth no parque do alambique Vila Verde

abaixo toneis para envelhecer a cachaça - vale observar que estes tonéis já foram usados com outras bebidas (tipo vinho etc.)

 vários Marques reunidos - meus primos Ronaldo e Rogerio, Uiara esposa de Ronaldo e Tiago filho de Uiara e Ronaldo 

vai tatu, tatuzinho, me abre a garrafa e me dá um pouquinho - coisa para muito antigos...

 cachoeiras no parque da Gandarela e abaixo vista pro lado leste subindo pro mirante da Gandarela

 pico do Itabirito ao longe e predios de BH

 no alto do mirante - lado leste e abaixo os cará-cará vigiando o monumento do mirante

 mais uma do lado leste

mais pra cima marco de mineração e o tipo de solo - quase só pedra e as plantas rasteiras brotando nas gretas que surgem

 lado sul e o próprio mirante - aqui continuando a subir no rumo de Barão de Cocais - abaixo as montanhas pro lado Oeste 

 vale na altura de André do Mato Dentro  e abaixo igreja no vilarejo de Socorro 

 a igrejinha em Santa Barbara
olha o método tranquilo de carregar colchões e o cara ainda dirigia rápido

 venda em Ipanema onde comprei cinto e este senhor (tem a venda há 60 anos)conheceu vizinho do meu avô

rio Doce em Aimorés - a a junção com o rio Manhuaçu (mais a esquerda) 

 indo pra Colatina - ponte sobre rio Doce, aqui abandonei o asfalto e fui pra Pancas passando por Alto Mutum

abaixo venda na beira da estrada - quanta história rolou por ali....

 primeira vista do vale de Pancas

as pedras pontudas tão comuns na região

 vale de Pancas

abaixo vista dos pontões desde a rampa de voo livre

 Pamcas e as montanhas

detalhes das montanhas rumo Norte


 uma formação rochosa incrustada - dá impressão que 'apodreceu '  

embaixo algo similar - como se estivesse descascando 

 riacho no caminho de São Luiz

TR4 fez sucesso com as vaquinhas do casal de pomeranos que morava ali 

 travessia do rio na areia

a leve encavalada na valeta - saiu no muque

 antiga casa de fazenda no meio do cafezal

picos no caminho do Palmital



 um caju maduro me esperando - no caminho pro pico da Gaveta
 nascer do sol na varanda da pousada Ninho da Aguia - 

 pico da agulha visto de longe

lajeado de pedra



 casa pomerana

no pé do pico da agulha - as duas abaixo


 deixando a regiáo de Pancas rumo a Colatina - acima e abaixo


Colatina e o rio Doce



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