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quinta-feira, 23 de março de 2017

MINAS etc parte 2

Para não fazer que alguém tenha que voltar no Post anterior (inicial desta viagem), vou continuar por aqui, mesmo cortando pela metade a visita e parada em Aracruz.

Pois então, como estava agradável ficar com o Ricardo em Aracruz, resolvi ficar mais um dia (domingo) por ali.

Resolvemos de manhã ir visitar o mosteiro Zen Budista que fica na beira da BR 101, pertinho dali.

Aos domingos eles fazem visitas guiadas e foi algo muito interessante. Os monges nos levaram visitar os diversos recantos do mosteiro, que contem diversos templos, jardins etc. Foi iniciado em 1974 numa área já devastada (era fazenda de gado) e de lá para cá virou uma Reserva Estadual. Eles mesmo plantaram centenas de milhares de árvores nativas.

Aparentemente o que o pessoal zen budista preza é o ritmo de trabalho, alimentação, banhos, etc sempre de forma disciplinada e sem moleza. Fizemos até um treino para meditação e - não sei como - Ricardo e eu conseguimos ficar 10 minutos parados, com a cabeça quase vazia. Vale a pena dar uma olhada para quem passa por ali.

Do mosteiro voltamos no povoado de Santa Cruz para mais uma moqueca no mocambo. Desta vez levamos uma garrafa de vinho branco e tava bom como sempre. Gostei muito daquele local. Boca de rio, vista do oceano, tudo bem simples, vento soprando, barcos de pesca no cais. Acho que eu passaria uns dias ali. Esta região teve visita de padres bem cedo (1570 por ai) e este local de Santa Cruz foi a primeira sede do municipio.

Segunda feira sai cedo (antes das 5 da matina), peguei a 101, já com algum movimento que foi aumentando e muito a medida que chegávamos em Vitoria. Por sorte um pouco antes tem o contorno da cidade e o transito fica muito muito mais aliviado. Bem no trevo da 101 em Ibiraçu (onde entra para Aracruz) tem uma parada muito boa.

Fui seguindo rumo sul, movimento intenso de caminhões especialmente até Cachoeiro do Itapemirim. Depois deu uma aliviada. Mas nada de terceira pista ou algo nesta linha. O contorno de Vitoria é duplicado.

Em Campos tomei a esquerda e fui na direção de São João da Barra. Logo que a gente entra no Estado do Rio (uns 60 km antes de Campos) o terreno vai aplainando de tal forma que em Campos lembra a região de Pelotas e sul - muuuuito plano.

Em São João tem a praia de Atafona, um pouco adiante, onde o rio Paraiba do Sul encontra o mar. Sempre quis conhecer este local, então chegou a vez finalmente. As praias são água misturada com areia (meio escura), mas o local é todo muito tranquilo, tipo balneário antigo. E a foz do rio em si é muito legal de ver. Aparentemente é constante a mudança das formas de escoar a água doce. Nem cogitei de encostar o pé na água. Afinal este rio vem lá de São José dos Campos, atravessa muitas cidades grandes, áreas industriais etc....

Almocei no Ricardinho, meio escondido atrás da igreja de Atafona. Muito bom, buffet com peixe e camarão, vista dos barcos, sombra tudo beleza.

Dali fui tentar visitar o porto de Açu, mas não consegui chegar perto, fui seguindo por estradinhas de terra e acabei chegando no farol de São Thomé. Belo local, vale a visita, também um balneário antigo, tudo tranquilo. O que me chamou a atenção foram os grandes barcos de pesca, rebocados por trator pela areia. Muito peculiar.

Fui seguindo a estrada rumo sudoeste, passando por Pau Grande (cheia de lagos e comportas) depois planície enorme, beirando a lagoa Feia, mais um pouco Quissamã (cidade simpática) e a estação de trem do conde de Araruama, que foi reformada mas bem abandonada.

BR 101 e chegada no Rio.

Dia seguinte passeio pelo centro antigo do Rio, almoço no Monte Líbano na Conde de Bonfim (mais ou menos). Fiquei altamente impressionado pelo resultado final das obras na região da praça Mauá. Alias na chegada usei o túnel Marcelo Alencar, que passa por baixo do porto e do centro, de certa forma substituindo aquele elevado a beira mar. Enfim - tudo funcionando muito bem e principalmente tudo muito bonito. O museu do Amanhã no pier que entra baía adentro é o ponto alto.

andamos no novo bonde (VLT) tanto no trecho da Cinelandia para praça Mauá como no trecho da praça XV até campo de Santana -ficou ótimo. Tomara que seja usado e prospere.

Na quarta fomos para Salvador. Lembrando que agora existe a opção para ir pro Galeão de pegar o metro até a estação Vicente de Carvalho e de lá pegar um onibus (BRT) em via exclusiva até o Galeão. Leva mais tempo que o frescão que passa pela praia, mas em caso de algum congestionamento especial no caminho é uma boa opção.

Em Salvador -

- o por do sol no apto de Nivaldo e Janete sempre algo imperdível.
- banho de mar no porto da Barra e depois tomar uma agua de coco na barraca de Jô, que era um quiosque na calçada e agora tem que entrar num corredor para encontrar ela. Vale a pena.
- maltado da Cubana
- almoço no Sertão e Mar numa travessa em Ondina. Pra mim a combinação perfeita de sabor, preço, ambiente e serviço. A moqueca de camarão é o top.
- almoço na cabana da Cely em Pituaçu (vermelho frito e pastel de camarão)
- no Rio Vermelho, onde era o mercado do peixe agora é o espaço Caramuru, Vários restaurantes, bares, sorveteria etc. Fora roda de samba correndo solta, muita moça animada, bonitas, bem vestidas...
- atravessar no barco de passageiros, do mercado modelo para Mar Grande. Só a travessia já é uma maravilha. Duro é ver o gigantesco e horrível prédio que estão construindo atrás da igreja da Vitória, no topo da ladeira da barra.
- Uber funciona em toda a parte, super bom.
- Inaugurada em 2014, a casa onde Jorge Amado e Zelia Gattai moraram é IMPERDIVEL. Nem precisa ser fã de literatura ou das obras de um dos dois ou dos dois. Só imaginar o que rolou naquela casa em termos de papos, projetos, iniciativas, conspirações etc já é um exercicio bom. Tem muito material gravado (dizem que mais de 30 horas somando tudo) 

voltando ao Rio, fomos subir o morro do Leme, no forte Duque de Caxias. Boa caminhada no mato, vista fantástica lá de cima, Imperdível. Fecha na segunda feira. Almoço no Pavãozinho (Paula Freitas com Barata Ribeiro) - tipica comida de boteco carioca. Bom....

Dali fiz um trajeto pela BR 101 norte, em Casimiro de Abreu fui a Sana (faixa de 350 metros de altitude) e Lumiar (faixa de 650 metros), já nas montanhas. Tem cachoeiras, rafting, caminhadas na mata, alguma escalada, trilhas, restaurantes e pousadas simpáticas (outras nem tanto...) e a paisagem em geral, a transição de um litoral quente para uma montanha com floresta Atlantica já por si é um ótimo passeio.

Lumiar especialmente tem uma área digamos central, muito simpática. Gostosa de ficar por ali fazendo nada ou bem pouco. 

Dali subi mais ainda, até 1200 metros para chegar em Friburgo. Estive nesta cidade quando tinha menos de 11 anos, lembrava da praça Getulio Vargas (lembrei o nome ao chegar ali e reconhecer o local), Muitas lojas de confecções de roupas, Assim como Petropolis e Teresopolis, apertada num vale, mas aqui com mais espaço. Gostei daqui. Almocei no Excalibur - bem bom, mas ali por perto tem outros bons tambem - Chantilly e Caldeirão me pareceram bons.  Tem tambem hotel Habitare, com boa cara. 

Fui em frente, estradinhas estreitas, curvas, subidas e descidas (afinal to indo pra Minas Gerais) - entrei em Minas e cruzei o Paraiba do Sul em Alem Paraiba, e dali fui até Juiz de Fora

Em Juiz de Fora, sempre uma visita ao bigode e xororó (boteco) para comer um torresmo. Eita coisa boa. 

Fomos em Dona Euzebia comprar plantas, almoço em Cataguases (Caruso - beleza).  Em dona Euzebia são diversos e muitos locais de cultivo de tudo que é planta (flores, arvores decorativas, palmeiras, frutiferas e por ai vai) - Incrivel a variedade que se encontra por lá

De lá praticamente direto voltei para Curitiba

total 3.600 km






 Pão de Açucar e Copacabana vistos do morro do forte Duque de Caxias

 mais do mesmo... com a barra da baía de Guanabara

 Dois Irmãos e Gávea, mais pra baixo Peçanha, Clarice Lispector e o redator do blog

 Copacabana em dia de maré forte _ vento quase sul

nascer do dia na ponte Rio Niteroi - as duas pra baixo


 cachoeira na estrada entre Lumiar e Nova Friburgo

abaixo perto de Leopoldina na BR 116 - rumo norte - vontade de ir seguindo até onde der...

 ainda mais com esta placa ai em cima

abaixo estação de trem em Cataguases - bem no meio do centro da cidade e também hotel historico, ainda funcionando normalmente


 praia perto de Aracruz e Ricardo e Amilcar



 na BR 101

abaixo foz do Rio Paraiba do Sul em Atafona  - as duas seguintes. Esta foz varia bastante, pois a maré e o rio remexem os bancos de areia.


 entre Atafona e farol de Sao Thome

abaixo barcos que são rebocados com trator na praia do farol de São Tomé


 o farol e abaixo eclusas nos canais que ligam a lagoa Feia com a mar, em Pau Grande 

 estação de trem perto de Quissamã - barão de Araruama

abaixo na casa de Jorge Amado no Rio Vermelho, incluindo as famosas camisas dele


 a turminha na "varandinha" de Nivaldo em Salvador..

para contemplar estes por de sol maneiros...

 saindo de Salvador

abaixo a cidade vista de Mar Grande (Itaparica) 






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