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terça-feira, 10 de março de 2020

SP - RJ - MINAS - 69_2020

De 8 a 26 fevereiro fizemos um giro rapido pelo trecho que já percorri várias vezes. Sempre com a razão principal de visitar a familia, amigos, mas tambem procurando conhecer novos lugares ou rever algo que já dava saudade de ir.

Fomos  na TR-4. Total de 3.000 km aproximadamente. 

Saida no sabado dia 8, ensolarado e quente. 

Já no primeiro dia saimos cedo para aproveitar o dia em Santos. Eliana morou por lá um tempo e tinha vontade de rever. Eu sempre fiz paradas muito rápidas por ali, nunca pude olhar com mais calma. Chegamos antes do almoço, dia de sol bonito, ficamos hospedados no centro já que nosso interesse era maior para este lado do que para o lado das praias.  

O Museu do café é o ponto alto, mas as ruelas do centro, as vistas do porto, a antiga ponte pensil em São Vicente, a travessia de ferry para Guarujá, a catedral construida apertada numa esquina, o passeio de bonde pelo centro, a serra do mar ao fundo, o monumento a imigração japonesa da Tomie Ohtake no canal 1.

Não fomos a nenhum museu (fora o do café) mas parece que tem algumas boas opções que vale a pena investigar por lá. 

Santos é interessante pois é uma mistura de balneario paulista com cidade grande, lembra Copacabana às vezes, mas sempre com aquele agito extra de cidades paulistas. Enfim - uma mistura interessante. 

Na saida - queria muito atravessar a balsa para Guaruja- mas tinha tanto evento na cidade (rua fechada para pedestres, prova de bicicleta, prova de corridas),  que não conseguimos chegar na balsa, tendo que fazer o (feio) contorno via Cubatão direto para Bertioga. Com isto saltamos tambem a balsa de Bertioga.  Apenas reforça a necessidade de dar uma olhada antes para ver eventos na cidade, especialmente quando é final de semana.

Dali fomos direto a Parati pela BR 101. Mesmo sem fazer maiores paradas, só curtir a paisagem no trecho já valeu muito. Como era domingo e meio chegando época de inicio de aulas, o transito as vezes bem intenso, especialmente no trecho de Bertioga a Ubatuba.

A partir de Parati, logo apos as Usinas nucleares, tem uma tal de praia do Laboratorio que dizem é muito legal. Agua um pouco mais quente, pois sofre efeito da agua mais aquecida que sai dos reatores. Atenção - esta água não tem NENHUM tipo de radioatividade. Normalmente é claro. 

De Parati fomos até Conceição de Mangaratiba, estacionar o carro e atravessar para Ilha Grande. Na chegada aquele bando de "amigos"  querendo te ajudar com estacionamento e travessia. Basicamente o sistema é o seguinte - os estacionamentos são meio desunidos. Cobram uma taxa basica de diaria (coisa de R$ 30 a diaria - mas se vc chega terça a tarde e sai quinta cedo eles querem cobrar 3 diarias). Então é questão de procurar e negociar algo mais razoavel. Quanto ao barco é mais complicado - a maioria está numa cooperativa, voce compra e pode ir em qualquer um. Mas tem opções um pouco mais baratas. Fora isto, de Angra e Mangaratiba saem barcas da cia de barcas (acho que é a mesma de Niteroi) - a preços bem mais razoaveis. Em resumo - cada trecho com a cooperativa - R$ 40,00 - nos concorrentes - R$ 30 e na barca grande - R$ 17,00. Ai é escolher.

Ilha Grande eu não conhecia, nem Eliana. Apesar de esperarmos algo bonito, a realidade se mostrou ainda mais fantastica. Ficamos na vila do Abrãao. É bem dificil sair do continente direto para outro local. Abrãao é praticamente a base para tudo. Dá para visitar muitos lugares a pé (leve sapato adequado). Dá para ir de barco em todas as praias. Abrãao tem pousadas, super mercado, padaria, farmacia, salão de beleza, restaurantes etc. Super bem equipada. Internet facil em todo o canto. Muito turista estrangeiro, muito pessoal alternativo. Enfim uma democracia completa. Não esqueça de entrar pra dentro da ilha e visitar as cachoeiras. 

Ficamos pouco tempo lá (duas noites), com chuva quase constante. Mesmo assim trouxemos otimas e fantasticas lembranças de tudo. Locais, comida, pessoas etc. 

Principais passeios - a)  Barco até Praia do Pouso (45 minutos) e dai leve caminhada de 20 a 25 minutos por dentro da mata até Lopes Mendes. Dá para ir a pé de Abrãao até praia do Pouso (3 horas em velocidade media).  b) A pé até praia dos Dois Rios (onde ficava o presidio - Graciliano Ramos esteve lá entre outros). Não fizemos mas acho que é otima caminhada.  c) Junto da vila do Abrãao tem a praia Preta. Na continuação ruinas de um hospital (lazareto na verdade) - fáacil de chegar e uma delicia de ficar ali. Se se animar pode subir até Cachoeira da Feiticeira e depois ir até a praia do mesmo nome.

Voltamos pro Continente, e fomos dormir em Pedra de Guaratiba. Pois no dia seguinte pretendiamos visitar a base militar da restinga de Marambaia (tinhamos agendado tudo certinho antes) e ir até a pedra do Telegrafo. 

Pedra foi uma grata surpresa, local pacato, longe da confusão do Rio, um jeito de interior total. Como fica no final da baia de Mangaratiba - é mangue quando baixa a maré. Fizeram um passeio ou deck de madeira elevado. Tá quase caindo mas vale uma caminhada ali no final da tarde. Bem legal o lugar. Me lembrou Niteroi dos anos 60, quando morei lá. 

Dia seguinte chuva, nosso nome não estava na lista da entrada da base militar (que desapontamento) e - devido a chuva  - pedra do Telegrafo nem pensar. Ficamos passeando por ali, parada no Grumari e nas outras praias até Recreio. No Grumari, grupo caminhando rumo a pedra do Telegrafo pelo costão de pedra. Belo passeio. Fica na lista. 

Ficamos rapidamente no Rio apenas para descansar um pouco. Sol voltou e dali fomos para Niteroi encontrar amigos de infancia. Muito bom isto. Aproveitei para rever Camboinhas - que conheci no inicio dos anos 80 e mostrar pra Eliana. Que diferença. Totalmente urbanizada, bem ajeitada. Tipo de coisa para classe media alta. 

Dali partimos para a serra. Passamos mais uma vez pela Teresopolis - Itaipava, trecho que gosto muito de fazer e em Matias Barbosa entramos rumo a Grama para ir visitar um sitio que era do meu tio. Objetivo era chegar pelos "fundos" do sitio para ir no alto de uma pedra - chamada pelos escaladores de Pedra Bonita. Foi complicado de achar, muito caminho, desvios. Encontramos Loirim -um rapaz que foi motorista de taxi em J de Fora e agora cuida de fazenda ali na região. Super atencioso, super interessado em plantar de tudo na propriedade dele. Enfim - foi um encontro agradavel e já valeu o desvio. Chegamos na pedra, mas nao conseguimos subir. Caminho fechado pelo mato. Nós mal preparados e já era meio de tarde. Conversamos com um morador ali de perto. Comentou que a propriedade é de um medico proprietario de clinica ou hospital em J de Fora. 

Abaixo um esquematico que Loirim fez para nós - nos ajudando a chegar desde a fazenda dele até Grama e depois até a pedra. Nos chamou a atenção a memoria e atenção dele para detalhes. Na hora parece excesso, mas quando voce vai indo por uma estrada desconhecida é bom reconhecer algo que ele deixou marcado (porteira, bambuzal, cachoeira etc...)









Seguimos adiante indo dormir em Barbacena. 

Dia seguinte dali direto para Lajinha da Serra na serra do cipó. Travessia de BH com transito pesado, mas fomos indo. Chato mesmo é cruzar Lagoa Santa. Mas quando a gente vai chegando em Lapinha, com o sol poente batendo na serra - esquece de tudo. Que lugar maravilhoso. Agradavel. Ainda tivemos a sorte de ficar numa pousada muuuito legal. OPICODOCIPO, do Paulo. Um dos locais mais agradaveis que já ficamos. Não é luxuoso, quase o contrario. Mas é aconchegante, limpo, silencioso, pessoal que atende super agradavel. O Paulo , por whats ou email - sempre pronto a dar dicas e orientar a gente

Novamente tinhamos pouco tempo aqui

Dia seguinte foi dedicado a ir até a cachoeira do Lajeado. 2,5 horas na ida, 2 horas na volta. Sol forte cansou um pouco, mas o banho no poço da cachoeira compensa tudo. A paisagem maravilhosa. Conversa com o pessoal no caminho melhor ainda. 

Tinhamos a intenção de fazer mais um passeio no dia. Mas voltei muito cansado e querendo mesmo era tomar banho. Alem disso meu sapato de caminhada Solomon, que me acompanha desde 1996, já estava no final e machucou um pouco meu pé. Acho que foi nosso ultimo passeio juntos.  Quantos lugares este sapato me levou. Otimo companheiro. 

Lajinha é distrito de Santana do Riacho (cidade sonolenta que fica um pouco antes, na parte mais baixa da serra)- tem uma distribuição urbana meio caotica, mas acaba sendo gostoso andar pelas ruas meio labirinticas. No nucleo da vila tem uma igreja antiga e outra moderna - ambas dedicadas a São Sebastião. Junto a elas um boteco num estilo engraçado, parece que ia ser usado num filme ou algo assim. Ali em volta tem mercadinhos, local para comprar pão, restaurantes simples e outros mais sofisticados. Como fomos fora de temporada (meio de semana em fevereiro), muitos restaurantes fechados.

Dia seguinte subimos a serra até a cachoeira do Rappel. Uma rampinha facil. Riacho que começa lá na serra (mais pra cima tem a cachoeira Paraiso - onde é feita a coleta de agua para a cidade e portanto não é permitido banho). E mais pra baixo o salto e poço do Boqueirão - local que os locais frequentam bastante. 

Para ir no Rappel tem que pagar uma taxa e para ir no Boqueirão tem que comprar outro ingresso...

As trilhas são em geral bem identificadas, mas como é vegetação de cerrado, muitas vezes o que parece uma trilha é apenas um trecho onde não cresceu nenhuma vegetação. 

Voltamos para a vila do Cipó, fomos até a estátua do Juquinha (alto da serra, no caminho para Conceição do Mato Dentro). Sempre olhando aqueles campos altos e pensando em quando a gente vai conseguir voltar para explorar mais.

Vontade era vir na época da seca (abril a setembro em geral) e sair andando meio solto, dormindo onde desse e curtindo tudo por ali. Gostamos demais da região.

Em Lapinha da Serra - fora estes passeios - ficou a vontade de: a) fazer a caminhada do Bicame e Soberbo; b) subir no pico da Lapinha e c) a travessia até a cachoeira do Tabuleiro (pro lado de Conceição Mato Dentro). Ficam as sugestões. 

O encontro com os mineiros sempre é legal. Eles tem aquele jeito recatado, de serem simpaticos mas sem revelar muito, porem sempre muito amigável e disposto a ajudar no que for possivel.

Fomos para BH - meio chato chegar numa mega cidade como esta depois da paz de Lapinha, mas enfim.... 

Nos espantou no pouco tempo que ficamos em BH o total agito carnavalesco. Sexta feira vespera - hora do almoço e todos já muito agitados e voltados e focados em Carnaval. Varias blocos de quadra no lado de dentro da Av. Contorno bloqueados para veiculos. Especialmente na Savassi, Lourdes, Centro etc.

Fizemos nossa tradicional ida ao Mercado Central. Como é bom tudo por ali. Comer frutas, café com pão de queijo, experimentar doces e queijos. Ver a agitação de pessoal local e em menor escala dos turistas. 

Muito bom mesmo. 

Como hoteis muito cheios e iamos no rumo de Sao Paulo, a ultima noite fomos dormir em Betim. Tudo super tranquilo por lá. 

Dali, pela 4a vez para mim e 2a vez para Eliana, voltamos ao Inhotim. Sempre um lugar agradavel de ir. Fico pensando se algum dia vou enjoar. Para melhorar ou temperar a visita, lá na parte alta quase no pavilhão do Doug Aitken (microfone nas profundezas da terra) cruzamos com o Bernardo (criador do Inhotim) e ele alem de tudo parou para bater um papo conosco. Que coisa boa...

Tomando o rumo sul para São Paulo e  por estrada de terra fomos por um atalho direto na Fernão Dias já bem adiante de Igarapé, boa redução de distancia. Fomos até Cambuquira visitar Marcos Kummer e Maria Helena. Ficamos lá duas noites (com direito a um otimo almoço com trutas em Itamonte - detalhes abaixo). Muita chuva.

Dali saimos para fazer um traçado diferente - ir de Wenceslau Braz (perto de Delfim Moreira) por estrada de terra até perto de Campos do Jordão e dali descer pelo Gomeiral. Mas a chuva era muito, na verdade neste dia o tempo estava abrindo. Então apenas fomos numa rampa de parapente no topo da serra entre Delfim e Piquete - vista maravilhosa do vale do Paraiba, serra do Mar e Bocaina. 

Desta região tambem dá para ir para Passa Quatro pela terra passando na base de apoio para subir o pico dos Marins. Enfim - várias opçoes.

Dormimos em Jacareí, cidade simpatica. Dia seguinte direto para Curitiba. 

Chuvas fortes o tempo todo. 



DICAS ESPECIAIS

- Santos - restaurante Tasca do Porto (junto ao Museu do Café - otimo serviço, otimo ambiente, bem localizado e boa comida)

- Ilha Grande - Pousada Recanto dos Tiês: um pouco isolada, mas local super junto da natureza, atendimento legal. - padaria perto da esquina de Alice Kuri com Getulio Vargas (em frente a um mercado com Internet)- não consegui recuperar o nome.  - bandejão na esquina da rua do Bicão com Getulio Vargas. entrada pela rua do Bicão. Bom, rapido e barato.

- Pedra de Guaratiba - restaurante o rei da Empada. 

- Lapinha da Serra - pousada OPICODOCIPÓ.  Laticinios Ranchinho (logo na saida de Santana do Riacho pra Lapinha) - doce de leite com rapa maravilhoso.

- BH - restaurante Caê na rua Outono (lourdes), pão de queijo na PAO DE QUEIJARIA na R Antonio de Albuquerque e cafés muito bons na Academia do Café (nesta mesma Antonio de Albuquerque) mas parece que tem outros endereços. 

 Barbacena - Hotel Fazenda Morada do Imperador. Meio fora da cidade (na estrada pra São João del Rey), mas barato e bom o suficiente. Café da manhã bem largado, mas enfim - pelo preço (R$ 75 p casal....) - é o que se tem.  - Pão de Queijo - nosso pão de queijo - sempre bom. Prefiro a que fica no KM 696, um pouco depois de Barbacena rumo a BH.

- Itamonte - truta na rodovia para Eng Passos uns 11,5 km apos Itamonte - numa curva bem fechada a esquerda, a entrada fica a direita - uns 800 metros para dentro. Mesma entrada da pousada Morro dos Ventos. Tem um restaurante Sobradinho bem do lado, na beira da estrada. Não é ali. 

- Delfim Moreira - uns 5 km depois, rumo Piquete, lado esquerdo, uma lanchonete meio desengoçada, grande. Tem um sanduba completo com linguiça muito bom. 

- Jacarei - Hotel Brisa Rio. Super bom. Dizem que o restaurante Vila Velha em São Jose dos Campos (ao lado) tem um prato de surubi excelente. A verificar. 







E ALGUMAS FOTOS (MUITAS FOTOS NA VERDADE....)





ponte entre São Vicente e Santos

rua em Ouro Preto especialmente bem conservada - Rua Barão de Ouro Branco


navio saindo de Santos

monumento ao imigrante japones- Santos. da Tommie Ohtake


Santos no crepusculo quase chuvoso



Parati e a maré alta 





Barca para Ilha Grande

praia do Pouso - inicio da trilha para Lopes Mendes





pedra de Guaratiba. Bucolica. Com mare cheia e sol deve ficar melhor a vista...








o rio visto de Camboinhas



os orelhões finalmente encontraram uma aplicação





Igreja(s) em Lapinha

abaixo rios limpidos no caminho pro Lajeado







turma pronta pro Carnaval


Não é porque é Carnaval que não é bom coletar o reciclavel e o lixo em geral. Super agitada esta barraca

Vista de BH das Mangabeiras




Jacus em Cambuquira

rua antiga no centro historico de Santos


o Museu do café em Santos

praia preta e ruinas do Lazareto em Ilha Grande







Recreio dos Bandeirantes


Sagui em Copacabana

Pedra da Gávea vista do parque da Tijuca




Rio visto de Niteroi

Rio visto de Teresopolis


Dedo de Deus monocromatico

gaviãozinho (acho eu) curtindo um cocoruto




cachoeira do Grama - indo para Carlos Alves

região de Carlos Alves, Grama, Goianá  - MG - atrás da pedra da Bonanza


a pedra bonita - na fazenda Bonanza

a rua Barão de Ouro Branco -em Ouro Preto - conservada por iniciativa dos moradores, sem depender do tal do governo.....


cemiterio na igreja de Santa Ifigenia  - Ouro Preto

mini presepio escondido no muro da capela do padre Faria


capela do Padre Faria

esquina peculiar em Ouro Preto





serra do Cipó - final de tarde - chegando em Santana do Riacho


serra do Cipó

cavalo preocupado se vão querer montar nele 





passaros e flores no Cipó


caminho pra cachoeira do Lajeado







abaixo panoramica da cachoeira do Lajeado




a agua no tanque da cachoeira do Lajeado



 


a serra e abaixo a lagoa junto a Lapinha da Serra




Cachoeira do Rapel - acima e abaixo (as duas pra baixo)






Garganta na serra do Cipo








Café na região de Lavras

Tucano perto de Pedralva  mais embaixo Gavião




Plantação de café na altitude intermediaria - região de Pedra Branca -

vale da Pedra Branca - MG - de onde vem o café servido no Capybara Coffee - Knoxville TN


Vale do Paraiba vista do topo da serra de Piquete

abaixo catedral basilica de Aparecida do Norte

Um comentário:

Ronald disse...

Descrição ótima, como sempre são as descrições do Amílcar...
Fotos espetaculares. Não são de celular, são? Vi que algumas tem um bom zoom! Parabéns, fazia tempo que não postava!