Powered By Blogger

sábado, 13 de outubro de 2012

ESSAOUIRA MARROCOS - 13 OUTUBRO

 ACIMA AVIAO bem pequeno que fomos para Casablanca - abaixo fabricacao do oleo de Argan perto de Essaouira

 acima - estrada quase ocupada pela feira e feirantes - abaixo os recifes perto de Safi

por do sol em Safi e abaixo lagoa em Oulidia

 acima trecho da laguna de Oulidia e abaixo a cisterna portuguesa de El Jadida

acima a cisterna portuguesa e abaixo a mesquita Hassan II em Casablanca - ja iluminada no final da tarde


acima igreja portuguesa em
El Jadida - abandonada e abaixo muralha da cidade portuguesa em El Jadida

 acima na mesquita Hassam II e abaixo vista por dentro da mesma mesquita

 acima as moças aproveitando o mar e abaixo ainda a mesquita Hassam II

 predios do inicio do sec 20 em Casablanca
 abaixo vista aerea de Casablanca - lado esquerdo no meio da pra ver a tal mesquita



Ainda sobre Casablanca. O aspecto mais agitado da cidade, a enorme mesquite Hassam II, a arquitetura dos predios do inicio do sec 20 são coisas que vale a pena ver na cidade. Não sei dizer ao certo se é uma cidade imperdível do Marrocos. Numa primeira tentativa diria que da pra pular a mesma – ainda mais quanto se tem tipo 10 ou 15 dias.
Outra coisa que chama a atenção é a quantidade de homens nas ruas. As mulheres com seus afazeres ou cuidando das crianças e os homens no café, sozinhos, lendo o jornal, em grupos, nas esquinas etc. Mas não percebi hostilidade com as não muçulmanas. Marroquinas ou turistas. Tem uns olhares meio fortes, de vez em quando algumas palavras ditas meio na passagem. Mas como o cara mal e mal fala árabe fica tudo por isto mesmo.
Pegamos um Peugeot 206 em Casablanca (budget – 830 dolares – 22 dias tudo incluso) e partimos. Rumo ao sul – na verdade sudoeste... mas enfim – partimos. Na saída sul de Casablanca bairros de alto padrão, muda completamente a figura, shopping na beira do mar todo envidraçado para deixar ver o ATlantico etc... Rodovia boa, transito tranqüilo, não muito mais complicado que uma estrada secundaria no Brasil. Tem bastante gente na beira da estrada, se movimentando, trabalhando sei La. Paramos para comer. Daí que sacamos – os lugares escritos café servem apenas este e cha. As vezes do lado tem um açougue, você escolhe o pedaço de carne que quer (escolhemos carne moída para fazer uma kafta) e tem um terceiro cara que assa ela na hora pra você, num braseirinho tranqüilo e vem te servir no café. Tomamos cha de menta – o grande costume nacional (fomos no carrrefour num outro dia – nem uma cerveja, nem um vinho, nada de álcool mesmo). Bom para a digestao mas muito doce. Nas vezes seguintes pedimos sem açúcar.

Estrada beirando o mar, muita plantação (meio artesanal), litoral aqui plano e eleva uns 150 metros mais pra dentro (tipo 1 km da praia). Seco mas não desértico. Sempre se vê os tubos de irrigação.  Chegamos a El- Jadida. Compramos chip pro celular (20 dirham – 2 dolares com este valor de credito – chamada nacional – qualquer destino – é 1 dirham o minuto – tipo 10 centavos de dólar. Fomos pro hotel – Riad Soleil Del Orient – do Olivier (Frances que construiu ele junto com a esposa –inaugurado faz 3 anos). Ele mandou um guri nos buscar para guiar – mas que lugar legal. O atendimento, a decoração, os quartos, o silencio, o jardim interno (por isso se chama Riad) – enfim uma das melhores hospedagens que já tivemos.                 IMPERDIVEL mesmo (85 euros com tudo)- engracado que fomos levar o carro pra estacionar – umas duas quadras. Paramos na rua, o guri dobrou os espelhos e fomos de volta pro hotel. No dia seguinte o cara cobrou 25 DH pelo estacionamento (e o que ele paga pro cara que mora em frente onde deixamos o carro...).

El Jadida é uma antiga fortaleza portuguesa (estiveram aqui de 1502 a 1750 – chamando-a Mazagao) – tem as muralhas, uma igreja católica abandonada, uma padaria comunitária, uma cisterna gigantesca (34 x 34 metros na base e 4 metros de altura – Orson Wells filmou uma cena do Otello la dentro). Mas o que mais gostei foi passear pelas muralhas, vendo o sol se por, barcos chegando e saindo, o mar que vai tão longe que chega no Brasil (alias tem rua direita, rua da carreira etc... la dentro)
A noite fomos no souk. Cheio cheio de gente. Vendem de tudo, roupa, fogão, CDs e DVDs, pimentas, brinquedos, roupas da região (pra eles mesmos usarem – alias eu diria que no Marrocos em geral – Casblanca nem tanto – uns 30% dos homens e uns 80% das mulheres se vestem de uma forma típica deles) etc. Tomamos sucos (ótimos), fizemos um lanche (bao também..), comemos um doce tipo nougat – torrone. Muita coisa boa. Dificil e passar pela parte dos peixes (quase so sardinha e peixe agulha e uns siris gigantes avermelhados).
Partimos na quinta feira antes do almoço rumo a Safi. Este trecho da esttrada (beirando o mar também) é especialmente comentado pela beleza. Realmente muito legal. Tem uma laguna junto ao mar, penhascos, plantações, um porto enorme com um monte de unidades industriais pois o Marrocos tem 75% do fosfato do mundo.... que vem de trem uns 90 km desde o interior. Num certo trecho a estrada fica a talvez uns 200 metros de altura sobre o mar, penhascos enormes, praias bonitas (região famosa pros surfitas), daí de repente o litoral faz uma curva brusca de uns 45 graus algo assim  ali tem um farol famoso (Rhir) muito grande. Estavamos ali e apareceu um rastro de jato vindo do sudoeste (Brasil ou algo por perto...) a gente fica viajando na maionese olhando ele quase chegando na Europa...
Calor e sol continuam bravos. Final de tarde as vezes forma uma bruma algo assim.
Safi não e legal. Hotel meia boca, tratamento meio brusco (acho que o pessoal é meio tosco mesmo – quase ninguém fala Frances.). A Medina bem favela mesmo – amontoamento de casas, cheiro ruim etc. Museu da Ceramica fica num lugar bonito mas a exposição em si uma bobagem. Tem as muralhas construídas pelos árabes e portugueses – já que estamos aqui vamos dar uma olhada. Mas nada muito entusiasmador.
Gasolina custa 8,2 DH (um dólar praticamente). Hoje comprei um chinelo meio árabe meio nonno – custava 9 dolares e eu tentando tirar por 6 dolares (sem animo nenhum....) acabou ficando por 8 dolares.... Não curti muito. Achei que o cara saiu quase perdendo.
Voce para o carro já vem alguém com jaqueta luminosa se apresentar. Normalmente 2 DH fazem ele feliz.
No caminho pra SAFI almoçamos em Ouladia. Tem uma lagoa de água salgada (duas pedras servem de barra e fazem com que ali dentro seja manso). Restaurante L”Initiale – bem bom, eficiente, vinho e cerveja tranquilamente. 45 dolares sem sobremesa mas com vinho básico.
Duas observações da Florinda,  a primeira a respeito da quantidade de gatos em todos os lugares, e poucos cachorros. Heranca egípcia? Quem sabe... Outra é o constante mal cheiro. Achei Safi pior que a media. Mas em geral o tratamento de lixo e esgoto deixa a desejar. Tem que tomar cuidado.... Tambem muitas reformas.
Safi acabou sendo uma cidade que não nos agradou mesmo. Nem fomos na tal colina dos ceramistas pois as amostras que tivemos na cidade já nos deixaram bem desanimados. Fomos visitar o tal castelo do Mar –fechado faz anos e ninguém sabe se vai reabrir.
Fomos embora, direto pra Essaouira. Pelo interior. Paisagem vai ficando cada vez mais Arida, feiras na beira da estrada tomando conta da estrada, muita gente nos burricos e nos taxis coletivos. Muitas oliveiras. Fomos numa cooperativa de Argan (são quase sempre so de mulheres) – seca o fruto, quebra e moe a amêndoa. 100 kg de fruto para dar meio litro do óleo de argan (400 DR por meio litro). As praias esta cada vez mais bonitas (ou seja – parecida com as brasileiras – areia mais clara, mar mais verde e muito vento). Essaouira é uma cidadela construída no século 18 por um arquiteto Frances, então parece uma vila européia. Cheia de turistas e lojinhas mas legal de ver os trabalhos em machetaria (usam a arvore de tuia) – alias as duas principais arvores da região são essa tuia e a do argan. As muralhas são impressionantes, realmente o cara estava preparado pro que desse e viesse, o porto de pesca é impressionante pelo movimento de peixes e grandes barcos chegando o tempo todo. Gaivotas aos milhares. Local muito usado para Wind surf e similares. Ficamos no hotel La grand large (bem no meio da Medina – simpático, meio precário mas gostoso de ficar – 60 euros pros dois). Tem que parar o carro fora da muralha e contratar um cara com carrinho (30 DR) para te trazer ate o hotel. Almoçamos num local marroquino (m’riste jouhar – perto museu)dica do hotel. 200 DR um cuscuz completo  (sexta feira e o dia do cuscuz – leva horas pra preparar a tal farinha e mais os 7 legumes que eles usam – abobrinha, repolho, cenoura, berinjela, passas, frango, carne de boi, ameixa – isso foi o que reconheci. Muito bom).



Um comentário:

Edival Perrini disse...

Olá viajeiros marroquinos,

Depois da tentativa frustrada de deixar algo aqui, pela manhã, tento de novo agora.
Ver as fotos e o relato é sentir de novo o clima marroquino.

Obrigado, e aproveitem,
Edival