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quinta-feira, 5 de abril de 2012

de CAYENE a MACAPÁ

Perto do mercado central (uma rua com canal no meio – Av. Liberté) saem as vans para St Georges que fica na fronteira. 31 euros, 3 horas de viagem, saem a cada 2 horas (hora impar – 7, 9 , 11 etc.). Bem tranquilo, se combinar o cara te apanha no hotel, só que daí não escolhe o assento.

Estrada tranquila, um pouco mais de movimento nos primeiros 30 km depois pouca gente transitando. Muita curva e subidas e decidas (parece Minas Gerais) especialmente até Regina (2/3 do percurso), atravessa o rio e dali pra frente é mais reto (não muito). St Georges é um vilarejo pequeno, dominado pelos barqueiros brasileiros. A van para e os caras já vem pegando a mala etc. Mas sem stress, porque os barcos são iguais e custa 10 reais independente de qual você tome. Voltei umas 3 quadras para carimbar a saída no passaporte italiano (o cara confirmou o que eu desconfiava, que não deviam ter carimbado o passaporte na entrada da guiana francesa, já que era um passaporte europeu etc..). A travessia de barco dura uns 10 minutos, pois a cidade brasileira de Oiapoque fica uns 4 km rio acima. O percurso é bonito, a gente passa por uma ponte nova que está pronta mas não liberam para o trafego aparentemente por pressão dos barqueiros que querem ser recompensados pela perda do negocio (cada conversa que a gente escuta – todo mundo quer um mundo melhor e mais justo etc. desde que não toque nos seus direitos “adquiridos”).

Chega a Oiapoque a presença do Brasil é fortíssima. Aquela confusão, musica alta, lojas de tudo, igrejas de vários credos, gente comendo nas calçadas, tudo meio bagunçado etc.

A rodoviária é longe e – fora do caminho – fica a PF (onde também fui carimbar a entrada ou retorno ao Brasil). Mas na beira rio vendem passagens de ônibus. Basicamente é o seguinte – 12 horas (enquanto não terminam de asfaltar os 150 km que faltam do total de 560 km aproximadamente) – 80 reais. 3 horários: GARRA ao meio dia (parece que é o ônibus melhor, alem de permitir ver parte da paisagem, as 6 da tarde ele chega a Calçoene e antes da 1 da matina em Macapá); SANTANA E AMAZONTUR saem as 17 e 18 horas, chegando a Macapá no outro dia cedinho. Isto se não tiver muito atoleiro na estrada. Na nossa passagem fazia uns 10 dias que não chovia, foi bem tranquilo.

A outra opção é montar numa 4x4, faixa de 100 a 120 reais (paguei 120 mas vim no banco da frente de uma FRONTIER) e fazer o percurso quase todo de dia e em umas 8 horas.

Saída de Oiapoque tem uns 50 km de asfalto, depois começa a terra. Muitos trechos em reservas indígenas. Algum campo abandonado na beira da estrada, mas a maior parte é floresta nativa. Depois de umas 3 horas a gente atravessa o Cassiporé, provavelmente uma das maiores travessias do trecho. Os rios aqui não são barrentos e sempre é bonito de se ver.

Na estrada – mais pro lado de Tartarugalzinho vendem coco de açaí para fazer o açaí em si. Dizem que fica muito bom desta forma.

Até Calçoene muito morro, mas a estrada bem retificada. A partir dali, campos até Macapá (360 km).

Chegamos a Macapá umas 10 da noite de sábado. Cidade agitada, tivemos problemas para deixar os outros passageiros e um pouco para achar o hotel que fiquei (Atalanta – 140 reais – muito bom, mas longe do centro – devido ao calor é complicado de ir a pé, uma alternativa é o FROTA hotel – faixa de 120 reais a diária e o JK um pouco mais barato)

Tinha trazido na viagem um baguete, presunto de Parma e queijo emental, foi o que salvou para fazer uns sandubas. Até o motorista encarou um pedaço (Tonio – cara que já foi garimpeiro em tudo que é canto do Brasil, conhecia um monte de lugar, dono do carro também.)

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