Powered By Blogger

quinta-feira, 5 de abril de 2012

CAYENE ou CAIENA

A chegada em Cayenne é bem movimentada, muitas rotulas, um Carrefour gigantesco etc., mas o centro da cidade é bem tranquilo.

A arquitetura muda bastante. Casas de 3 pavimentos, com beiral em cada andar e muita janela com abertura superior para ventilar. Tem um jeito de Caribe mas também de Chinês.

Cheguei e gostei demais daqui.

A mistura de Franca com Caribe ficou bem legal. Mas é mais pra Caribe e America do Sul do que França – pra ser sincero.

Ainda sobre Kourou – acho que a melhor opção de longe é vir direto pra Cayene – alugar um carro e ir para Kourou visitar as ilhas e o centro espacial e aproveitar para conhecer as praias a leste de Cayene (Montjolly, Remire etc.)

E se ainda tiver forças ir visitar Cacao (na estrada para o Brasil – uns 70 km de Cayene) que é um vilarejo de pessoal que veio do Laos nos anos 70 (aprox.) e mantém costumes tradicionais naquela vila. Dizem que é muito bom. Acabei não indo mas devia ter ido.

O clima aqui é ainda mais agradável, vento constante, é quente mas nunca incomoda demais (claro que ali pelas 14 horas ate 16 horas é bom se proteger um pouco mais...)

Fui direto ao mercado central – excelente local – cheio de frutas, verduras, restaurantes vietnamitas, artesanato e muita gente circulando. Funciona desde as 6 e meia mas ali pelas 13 horas fecha e pronto... Mas a variedade não é muito grande tanto de frutas como verduras provavelmente devido à época do ano. No supermercado então a gente só acha maçã, pera e laranja. Em frente a este mercado tem um supermercado chamado FA FA FA (isto mesmo) – de chineses – foi o melhor mercado que achei no centro da cidade.

Também visitei na cidade o museu guianense (em reforma) – dedicado a animais em geral e cultura indígena. Tem outro museu (da cultura guianense) que parece melhor mas estava fechado nestes dias. Pena

Perto do mercado tem o cais do porto – bem simples mas legal para ver o rio chegando no mar. Interessante que a cidade apesar de rodeada pelo rio e oceano – não tem contato com eles no centro. É tudo mato entre a cidade e a água – uma faixa de talvez 100 a 200metros. Depois de sair do centro (uns 3 km) daí que se tem acesso a praia. Água barrenta mas limpa e gostosa em termos de temperatura.

Voltando ao centro – o forte Ceperau (as ruínas dele na verdade, pois basicamente o que vemos é uma torrezinha de madeira e um portão) é bom de ir especialmente pelas vistas do rio e da cidade. Fica junto da praça Palmistes que é o point da cidade, seja de dia ou de noite. Famílias, namorados, grupos tocando musica, trailer fazendo sanduba, o bar Palmistes – sempre ótimo de sentar tomar alguma coisa e ficar olhando a turma.

No mais – caminhar pela cidade vendo as casas, algumas praças etc.

No cemitério achei interessante pois tem tumulo de tudo que é origem – chinesa, muçulmana

Nas ruas a gente de vez em quando encontra alguém falando espanhol, aparentemente eles vem das ilhas do Caribe mas não consegui me certificar. Falando português é muita gente – dizem que tem uns 30 mil brasileiros soltos na Guiana Francesa. A maioria de Para e Amapá.

Em geral vi poucos fumantes. E os que via – em vários casos eram europeus.

Outra coisa que me impressionou foram os pães e doces – praticamente a mesma qualidade do que se come na França. Provavelmente usam os mesmos ingredientes e as receitas....

Perto do cemitério na av. Joubilet – tem uma confeitaria excelente (tartlet de maçã por 2,8 euros) e mais adiante tem uma cave – Jubilet também – com ótimos vinhos franceses. Alto padrão mesmo.

Loja de chá La Crisalide – excelentes opções de misturas de chá.

Mas o ótimo de Cayenne é a comida mesmo. Comi peixe em dois restaurantes (Marina e Paris- Cayenne), em ambos uma refeição simples com vinho em jarra (no Paris tomei meia jarra de Pouilly – maravilhoso – 9 euros) sai por 30 euros (não é preço popular) – mas a comida, a entrada, a sobremesa, o vinho na jarra etc... TUDO MUITO BOM. O peixe tradicional daqui chama-se CROUPIA. Vi no mercado, parece um pargo na faixa de 1 a 1,5 kg antes de limpar. EXCELENTE. Carne branca, não muito seca, saboroso etc. Mas o que mais me chamou a atenção foi o chantilly servido na sobremesa. Que maravilha. Levinho, não muito doce, fantástico.

Interessante que tanto aqui, como no Suriname e um pouco na Guiana também – os mercados e armazéns e mini supermercados são praticamente todos de propriedade de chineses.

Combustível 1,7 euros o litro aqui, 5,14 SRD no Suriname (1,6 us dólar) – praticamente diesel e gasolina o mesmo preço. Ninguém ouviu falar que no pais vizinho (aqui) se usa muito o álcool como combustível...

Suriname e Guiana dominado pelos carros japoneses. Na G Francesa – acho que 90% de carros são franceses.

Pra ir às praias, os ônibus de linha 1 e 2 (tem horário no site, nos pontos e no escritório de turismo) passam perto da praia de Montabo (onde fica o novotel) e de Burda (ponto Colibris da linha 1) . Pra ir a Montjolly parece que tem ônibus metropolitano, mas fiquei uma hora no ponto esperando e nada. Melhor tentar taxi ou como já mencionei – alugar um carro.

Um comentário:

Anônimo disse...

De cemitérios com tumuls variados à Chantilly saboroso, excelente texto, como sempre!

Ah, e ainda bem que 30 euros não é preço popular de refeição, já basta os carros de 30mil serem chamados de populares no Brasil... kkk

Abraxxxx

Medula