Powered By Blogger

sábado, 10 de junho de 2017

NAMIBIA e BOTSWANA p 3 - Etosha, Waterberg, Maun (okavango) e Windhoek



Algo que é importante ressaltar. As pessoas daqui são muito gentis, alegres e abertas ao contato. Quando a gente está no ambiente turístico fica meio em duvida, mas mesmo longe dele, aliás eu diria mais ainda longe dele, sempre é muito agradável conversar com as pessoas.

Ainda nas divagações – outra coisa que o cara (Jared Diamond – mencionado no final do post 2) é que a divisa de até onde os árabes foram conquistando a África (sec 8 por ai) é praticamente a mesma onde começa a mosca tse-tse. Ou seja – perceberam que era complicado ir dali pra frente (seria mais pro sul digamos assim, dentro do Saara etc.)

Mais voltemos a viagem.

Saindo de Suwako, da mesma forma que em Luderitz, o terreno vai se elevando devagar, e depois de uns 100 km a gente chega ao nível médio aqui da região que é faixa de 1000 metros de altitude, sem nenhuma curva ou subida inclinada. A neblina do litoral terminou ali por uns 25 km do litoral, dai aparece aquele sol maravilhoso que povoa tudo por aqui.

Mais um pouco comecei a ver do lado esquerdo o pico do Spitzkopfe, que não é muito alto (1580 metros) mas se destaca na planície em volta.

Ainda pela manhã cheguei a Omaruru. Cidade com bastante atividade artística e uma vinícola (desta eu escapei). Logo na entrada tem um alemão (que já tinha estado em Rolândia e Blumenau em 78) que se especializou em esculpir pedaços de madeira, especialmente raízes, nós etc. Na verdade ele ensinou o pessoal da região e tem uns 4 ou 5 que ficam por ali esculpindo. Uma bagunça a loja, mas coisas muito legais. Preços meio salgados, mas a gente acaba se apaixonando por alguma peça. A cidade como um todo tem um astral legal e seria de dormir aqui, mas como era cedo e eu queria estar o mais próximo possível de Etosha, fui em frente. O deserto (areal me refiro) já tinha acabado faz tempo e a aparência é bem de cerrado ou caatinga brasileiros. Com muito capim bem amarelado por baixo. Fazendas (sempre tem a sede bem longe da estrada), movimento agrícola etc. Fui em frente até chegar em Outjo, onde pretendia dormir e arranjei um pouco num B&B (Dan – Mari algo assim) – Barato, meia boca, mas tudo OK. Self catering. Fui no mercado e comprei algumas coisitas para comer no quarto. Mas a cidade me impressionou mal. Tem um prédio super caro e pomposo feito pelo governo, lá dentro funciona o centro de turismo da cidade, um horror, abandonado, não tem turistas. Só o cara querendo cuidar do carro. Interessante que em Swako tinha bastante cuidador de carro, nas outras cidades, inclusive Windhoek, não notei.

Dia seguinte sai cedo, o verde das plantas já bem mais forte e em uma hora entrei no parque Etosha. Basicamente funciona assim, você fica dirigindo de um lado pra outro, tenta passar pelos bebedouros (devido a seca,  pouquíssimos a esta altura) e vai apostando. Tem um livro que alguns registram o que viram no dia anterior. Nem fui olhar.  Mas no primeiro dia já vi muita zebra, muitas gazelas (chamam springbok aqui), esquilos, orix (claro) etc. Quando ia saindo do parque encontrei Max e Sebastian (dois guris de Munique que conheci em Sesriem – muito boa gente), batemos um papo rápido mas não dava para conversar mais e dia seguinte também não conseguimos nos ver. Eles falaram super bem de acampar nos pés do Spitzkopfe. Neste dia fui mais pro lado norte e oeste.  Vi também um meio barbado, cinza escuro, com chifres (parece um bisonte algo assim)

Na quinta sai cedo também, fui pro lado leste e sul, pelo Wikiloc (aliás este aplicativo é muito bom para quando a gente está nestes lugares mais remotos, pois tem trilhas, estradinhas, marca o roteiro feito e – mais importante – é ótima ferramenta caso a gente se perca) enfim a gente vai navegando, algumas estradas estão fechadas, mas quase sempre tem indicativo nos cruzamentos também. Praticamente tudo bem patrolado, alisado, enfim um 2x4 passa tranquilo. Fui perto do leito do lago (que é sal agora) – legal de ver, mas depois de Uyuni as coisas ficam meio pequenas.... A melhor parte do dia foi ver um bando de elefantes tomando banho (bem no poço chamado olifanbad) – fiquei uma meia hora contemplando os bichos. O Macho alfa de olho na gente e nós curtindo aquilo. Vi umas girafas ao longe e depois vi bem de perto. Bando de avestruzes. Um pássaro que não voa, grande, maior que um peru, tem uma crista. Aliás, vi um bando de galinhas d’angola na estrada. Afinal aqui elas são selvagens....

Outra coisa – batalhar para acampar ou ficar nos chalés que tem dentro do parque. Tinha pedido, me disseram que tudo lotado, cheguei aqui tudo vazio. Que saco. O hotel que estou (Etosha camp) é legal, mas fora do parque e mais caro etc...

Na sexta feira (9) atravessei o parque de oeste para leste, mas fazendo vários desvios, vi um elefante a mais, várias girafas e os demais animais em boa quantidade. Vai cansando durante o dia e também tem a preocupação com o carro. Tem um lugar chamado Etosha lookout que fizeram um aterro que avança uns 2 km para dentro do leito do lago. Imperdivel. Lá no meio do sal – um bando de avestruzes sentados..

Final da tarde cheguei em Namutomi. Muito legal, ótima instalação, o tal forte alemão super bem cuidado, muita grama, restaurante ótimo, quarto ótimo, café da manhã bom, pessoal muito cordial e simpático. Enfim – um bom local de pouso. Encontrei os dois alemães caçadores, que tinham subido de Ranger a costa do esqueleto e atravessado direto, via Khorixas para cá. Estavam cansados. Mas curtiram a viagem. Dupla peculiar os dois. Loucos por uma cerveja. Tem um water hole ali mas quase não vai animal lá. Em compensação dizem que o water hole de Okaukuejo vive cheio de bichos...
Sabado não muito cedo sai, antes de sair do parque um elefante grande, na beira da estrada, bem tranquilo. Fiquei ali contemplando um tempão. Foi uma ótima despedida. Só asfalto. Interessante mencionar que assim como em Fish River eu parei de ir pro sul e comecei a subir pro norte, aqui em Etosha terminou a subida e agora estou voltando ao sul, porem com o desvio previsto para ir a Maun (Okavongo – Botswana).

Parei em Tsumeb. Eita local simpático. Adorei lá. Fiquei um tempão conversando com a senhora da loja de artesanias, fui comer um bolo num hotel. Nada especial, mas pelo jeito a cidade não tem muita opção neste sentido ou talvez abra mais tarde, sei  lá. Enfim – curti. Fora isto tinha lido boas noticias sobre o projeto de Leticia e Thiago então meu astral estava elevado mais ainda.
Segui em frente, alguns morros na saída mas depois as planícies tradicionais, Otjivango (que é maior mas achei simpática também), obras na estrada, movimento razoável, um posto no caminho com placas em inglês e português. Angolanos...

De longe já se ve o platô de Waterberg, onde estou agora – na Waterberg Guest Farm (uns 10km antes da entrada do parque)

Muito bom ter ficado hospedado aqui neste local, o dono (Harry) e esposa fazem questão de todo o dia fazer uma roda em torno da fogueira para fechar o dia, depois o jantar em mesa comum, muito bom. Ambiente bem arrumado, sem frescuras. Café da manhã super bom, o silencio a noite também uma delicia. 75 dolares com café da manhã. Estes lodges fora da cidade tem preço mais elevado mesmo. Conheci um casal jovem que já havia encontrado na choperia em Swako – são de Brixen ou Bressanona – sud Tirol – italianos mas fazem questão de se portar como alemães. Bem engraçado. Fotografo americano do Oregon com guia namíbio ( a cara de uma das funcionarias, negras, quando viu ele, outro negro, tomando café da manhã com a gente. Ficou contrariada ou espantada ou enojada. Não sei...). Mas bom mesmo foi conhecer Mark de Wolf e Wendy, casal que mora em Ostende (Belgica), falam flemish, adoram viajar. Ficamos o dia seguinte (domingo) quase todo juntos. Muita conversa boa. Tipo da amizade que tem boas chances de prosperar. Por mim sim.

Sai mais tarde fui até o parque Waterberg. Super bem organizado, camping, restaurante, lojas, chalés tudo. Uma beleza mesmo. A estrada de terra de acesso (uns 18 km) com muuuuita costeleta. Do hotel 7 km de asfalto e depois este trecho de terra (localização ótima a meu ver). Caminhada até o topo do platô, tranquila. Depois passei a cerca e andei mais uns 30- 40 minutos. Achei um escorpião negro e paisagens legais. Tudo muito parecido com o cerrado brasileiro. Topo do platô pura areia, trechos de pedra, plantas baixas e secas. 

Periodo de chuvas é parecido com cerrado também (começando forte no final de dezembro até março). De repente vi umas pegadas maiores na areia e pensei comigo que estava abusando um pouco da sorte, afinal na entrada da trilha dizia que era para entrar por ali somente com permissão especial. Enfim, comecei a voltar. Encontrei Mark e Wendy, estavam seguindo a trilha mas super perdidos. Voltamos juntos.

Encontramos um casal de alemães – simpáticos -de Munique. Super bem vestidos para caminhar no mato, ate aquelas pederneiras no inicio da perna para proteger de picadas, espinhos sei lá. Comentei de se perderem, ele me olhou com uma cara assim – tipo – não estou entendendo. Dai – objetivando a conversa – eu perguntei se ele tinha GPS, ele fez cara tipo assim – Naturlich.... e mostrou um super aparelho por dentro da blusa. Com tudo demarcado etc...
No café da manhã, quando comentei de estar viajando sozinho, o Mark (já bem experiente em viagens acompanhadas e solo) comentou – quando a gente viaja sozinho – os highs são Highs, mas os downs são downs demais. Comentamos que quando a gente se perde é um destes downs e – mais que tudo – quando fica doente.  Muita verdade nisto. Quando me perguntam eu digo que nem é tao ruim quanto possa parecer mas também não é tão bom. È a solução que encontrei para o momento e espero que logo cesse e que arranje companhia para viagem. Veremos o que o futuro reserva. Não me preocupa muito isto.


Pegamos o passeio da tarde (500 NMD = 4 horas) meio chato a ida e a volta, ainda mais que muito frio na volta com o sol já posto. Mas valeu muito, pelas paisagens, búfalos, 3 rinos, 3 girafas etc... Muito bom
Jantamos junto, algumas comidas típicas = cous cous, um tipo de quiabo, carne de orix, milho cozido etc,,, Papo ótimo. Tudo beleza

Na segunda, café mais cedo, despedidas e estrada, tinha que fazer mais de 650 km no dia, sendo uns 90 de terra. Foi tudo tranquilo. Lanche em Gobabis, típica cidade polo, com muito movimento de pessoal da região etc (ainda mais que era segunda feira). Cara do posto me recomenda como melhor lanche da cidade o Wimpy no posto de gasolina. Tava bom. A atendente toda animada... Ainda mais com a gorjeta.

Região com muito gado, vida rural agitada (vilarejos vários), muita gente pedindo carona e eu me segurando (depois que me disseram que pode dar problema até no seguro do carro....). Tudo plano desde waterberg, Na divisa com Botswana, descida de uns 150 a 200 metros mas terreno continua parecido.

Em uns 20 minutos fiz todo o processo. Bem tranquilo. Paguei 15 dolares pra Botswana, tipo seguro etc...

Estrada em Botswana similar, mas área de domínio enorme, sempre com muitos animais pastando. Selvagens só se ve galinha d’angola daqui para frente.
Uns 100 km para dentro do pais, policia me pega. Travessia de cidade tem que estar a 60 e eu a 94 por hora. R$ 250,00 de multa, nem comentei nada, chorei pouco. Tinha 3 guardas, 2 motoristas sendo multados e apenas eu de branco. Acho que se eu começo a falar muito eles descontam em mim algum trauma do colonialismo....

Vá saber.

Mais pra frente um entroncamento chave. Para direita (sul)  vai pra Gaborone (capital) que fica na borda com África do Sul. Tomei a esquerda, Cheguei justo no por do sol em Ghansi. Hotel Kalahari Arms, Não gostei também. Caro (70 dolares mais 7 do café da manhã mega micha), mais ou menos, janta boa, uso do wifi complicado. Enfim – não tenho como recomendar, mas esta cidade é a única que tem hotéis no caminho que percorri, tem lodges em fazendas mas imagino que não sejam baratos. Parece que tem umas guest houses em Ghansi. Enfim – podendo escapar. Se dormir em Gobibas dá pra ir direto (e voltar) até Maun.

Lá dentro do hotel bem agradável, área de camping, mesas externas, piscina bonita etc...

Mas tudo bem fechado em volta, seguranças etc. Fui até a portaria, muita foto antiga e mapas históricos e atuais. Gostei. Artesanato bonito também. Vamos ver se acho por ai algo nesta linha.

Para sair na rua, eles abrem dois mega portões de grade, tipo prisão mesmo. Acabei ficando sem jeito de perguntar o porque.

Na terça pela hora do almoço cheguei em Maun (sempre cuidando com a velocidade etc).  Estrada mais movimentada. Maun é muito bagunçada, tanto que tem anuncio de posto e restaurante que o cara simplesmente coloca a coordenada GPS. Algumas ruas aslfatadas a maior parte areião (carro quase atola), um tumulto geral. Legal que os motoristas são bem cooperativos e a coisa flui bem. Fiquei no chiefs guest house (junto a uma ponte que atravessa o tal rio da cidade) – quarto bem legal. Tinha uns probleminhas com café da manha, wifi, sem aceitar cartão de credito etc.. Mas tudo resolvido. Duas meninas que atendem, bem simpáticas e proativas. Fui almoçar ali perto no Maun Lodge, do outro lado da ponte, buffet (12 dolares) muito bom.

A tarde fui trocar dinheiro no aeroporto e tentar descobrir como me engajar num passeio. Tem um local perto do aeroporto, Namibia tours que é uma ONG para governamental e que ajuda os turistas. Muito legal. Vou procurar mais informações para deixar aqui. Mas tem milhares de opções de acampamento, hostel, pensão, hotel, lodge etc por aqui. Não sendo altíssima temporada acho que consegue fácil negociar um bom preço etc. Embarquei numa excursão da Old backpackers amanha, com canoa e caminhada. To gostando. Perto do aeroporto no final da tarde, encontrei Max e Sebastian (os dois guris alemães que estão fazendo roteiro parecido). Vieram todo animados me abraçar etc.. Vamos ver se nos vemos amanhã.

Comprei algumas coisas, especialmente frutas para de manhã, mas laranja em falta na cidade.

Mas é engraçado ver o tumulto que é a cidade e todo o tipo de turista que circula por aqui fora os infinitos agencias de viagem, safari etc.. Nunca tinha visto algo tão agitado.

To preocupado com meu carro. Acho que suspensão bem sofrida com o roteiro percorrido, aliás hoje (terça) no caminho aqui para Maun, completei 5 mil km. Mais de mil na terra, fácil...

Basicamente o que se faz em Maun:

- passeio de um dia (longo) a Moremi
- passeio de um dia a Borobo (acho que é isto)
- passeio de avião ($$$) – pior que to pensando em fazer.
- acampar por 5 ou 7 dias pelo meio do Delta (isso sim...)

Fiz contato com um guia que me pareceu muito bom.
Kagiso Andries
www.adventuressouthernafrica.com ou facebook/southernafrican/adventure
fone +267 7517 5681
fica a dica. Acho que vale investigar.

Outra coisa, tanto na Namibia como aqui em Botswana – lanche americano é no Wimpy. Não vi McDonalds, alguns KFC.  Mas o Wimpy é bem razoável. Tem até um expresso passável.

Ontem (quarta 14) fui então num passeio de um dia por dentro dos canais do delta. Pegamos uma lancha a motor que foi subindo o rio, por 1 hora. Agua transparente, muita planta crescendo dentro da agua (8 da matina), fazendas, hotéis, casas particulares. Em verdade tem uma estrada que segue paralela ao rio neste trecho.

Até que chegamos a divisa da área protegida, conhecida como Boro e é onde termina a estrada. Ali, saímos da lancha e peguei uma canoa baixa, de fundo chato, cabe dois sentados e um empurrando com uma vara comprida. Chamada Mocoro. Dali mais ou menos 1 ½  hora até uma das ilhas que existem por aqui, pra dentro do delta. Várias ilhas no caminho, pássaros etc. Na chegada numa ilha vizinho uns 5 elefantes calmamente comendo suas folhas. Dali fizemos uma caminhada de umas 3 horas (ida e volta), basicamente terreno de savana, vimos mais elefantes, girafas, zebras, parece que um ronco que ouvimos era de hipopótamo, enfim um ambiente de África como dos filmes. O guia aproveitou para mostrar varias plantas que são usadas para curas e tratamentos em geral. Interessante uma palmeira que originalmente era mais do sul, região do Kalahari, mas os elefantes comiam e vinham trazendo as sementes no seu intestino e aqui elas encontraram solo bem mais adequado, devido a umidade.
5 da tarde estávamos de volta. Novamente não consegui encontrar os alemães meus amigos. Acho que vai ficar pra outra hora.

Quinta tomei uma otima decisão. Não fazer nada. Fiquei zoando pela cidade. Tomando café, na hora do almoço encontrei Max e Sebastian. Ficamos comendo e tomando cerveja um bom tempo no Old Backpackers (uns 8 km da cidade - mas eita lugar agradável de ficar um bom tempo)

Comprei alguns recuerdos (complicado porque fecham 5 da tarde tambem). 

Cortei cabelo num cubiculo (cercado de tela) na beira da estrada. O cara só tinha maquina (logico - em quem ele iria usar tesoura...) - Carrega umas baterias de carro com painel solar e vai raspando a turma. 3,5 dolar o corte. Ficou meia boca mas adorei a experiencia. 

Como agora percebo melhor o jeito deles, tá bem mais agradável o contato com a turma.

Sexta (16) sai bem cedo (escuro ainda) e rumo Windhoek. Viagem tranquila, só reta, algumas paradas para esticar o corpo. Tomando mate. Fronteira tranquila tambem. É engraçado ver que nestes locais sempre tem um monte de gente, meio parada meio olhando, voce fica pensando o que eles estão fazendo ali.

Cheguei cansado em Windhoek mas ainda fui no museu de trens (um cara atendendo, pelo jeito aposentado da ferrovia), legal de visitar. Depois uma esticada no shopping para tomar um espresso e comer um espagheti a bolognesa com calice de vinho tinto. Eita coisa boa.

Hotel aqui (Uhland hotel, bem no centro, mas super tranquilo, parece uma chacara dentro). Delicia. Simples mas tudo legal. Café da manhã maravilhoso.

Sabado (17) passeio por Windhoek. 

Fui no museu de arte, fraquinho. Museu Nacional não consegui descobrir, acho que fecha hoje. Sei lá

Fui no mercado de artesanias. Local legal pois era uma antiga cervejaria, com escadarias, patios internos etc. Os artigos, tem de tudo. Mais joinhas e enfeites. Mas tem como achar algo interessante e a preços razoaveis por lá. Almocei ou fiz um lanche no Craft café lá dentro. Bem meia boca. Tem um bar chapado chopis algo assim, dizem que é bom. A tarde não resisti e fui tomar outro espresso bom no shopping, dar umas voltas pelos bairros, interessante que bem junto aos edificios do governo federal fica a região onde - imagino - os alemães moravam no inicio do sec XX. Hoje muitas empresas destas que gravitam em torno do governo estão por ali, fora casas de alto padrão. Interessante de ver. Jantei no Joe´s Beerhouse. Muito bom. varias choupanas enormes, chão de pedrinhas, comida e bebida otimos. Preços super bons. Serviço legal. Enfim um dos melhores locais que já estive. Aliás, falando nisto este hotel Uhland é bem bom tambem. Café da manhã (cobrado a parte - R$ 25,00) excelente. Pessoal sempre muito prestimoso e a localização otima. 

De manha andei pelo centro. Tipico sábado de manhã. Muita gente tentando vender algo pros turistas. Local desagradável basicamente. 

Enfim - Windhoek é uma mistura de Brasilia com cidades pequenas americanas. Muitos edificios publicos, muito comercio, ruas largas. Espalhada, uma sensação de cidade meio sem cara. Mas claro que isto deve passar logo. Basta ir conhecendo melhor. 

Ontem pensava sobre o sotaque, Na TV, que é principalmente da África do Sul, o sotaque do pessoal é claramente inglês. Mas no dia a dia das ruas, é difícil de definir que sotaque é. Mas não lembra nada o britânico.

Aliás, no supermercado, TV etc é impressionante a presença da África do Sul. Realmente eles tem um papel bem forte por aqui. Tipo imperial mesmo.

Meu carro tem placa de lá e as vezes você vê que a turma olha a placa com um certo olhar estranho.

 Quando sai do roteiro mais turístico e vai pra cidades menores, o cartão é mais difícil de ser aceito. Aliás, aqui o costume geral é todo mundo pagar cash mesmo. Turista ou local. Não sei bem porquê.  O trecho de Okakarara até Gobabis foi especialmente interessante para ver as casas do pessoal etc. Muita casa de chapa metálica e aqui em Botswana aparecem várias daquelas construções circulares, uns 4 a 5 metros de diâmetro. 

Dirigir na Namibia, fora a questão da direção do lado direto, é bem tranquilo. Movimento nunca é muito, pessoal não pressiona etc. Fora isto as rodovias normalmente são retas e retas.

Interessante ouvir as rádios daqui tocando músicas locais e ver como foi numa direção totalmente diferente da que tomou a música no Brasil. Enfim... também devem haver muitas músicas na África.

Outra coisa, não se acha comida típica. Nos restaurantes, bares etc. é sempre comida ocidental. Para conseguir comer algo mais daqui tem que ir nos pontos de terminal de Van, taxi coletivo estas coisas. Não tive coragem para isto, ainda. 

Mas o fato é que aparentemente os negros adotaram a comida ocidental também. Aliás, esta questão de como foi a tal miscigenação aqui, me provoca. Como vejo – na parte de negócios, elite, sociedade etc.… os brancos dominam total. No ensino parece que é bem misturado com predomínio dos negros. Acho que é similar na política. Pelo que vejo em jornais etc... Funcionário público quase sempre é negro. Mestiços, como já mencionei antes, nem pensar... até agora não vi nenhum.

Botswana nitidamente tem uma participação de africanos muito mais forte que na Namibia. No restaurante em Ghansi, éramos dois brancos e uns 20 negros jantando. Depois chegaram mais alguns, até chineses tinha.


Em Botswana se vê muito carro de tamanho médio (quando comparado com Namibia), quero dizer carros que não são pra trilha, off road etc. Usa-se muito taxi coletivo aqui, com as famosas buzinadas deles. Praticamente não se vê bicicleta ou moto. 

Taxi coletivo comum tambem, uma corrida dentro da cidade é na faixa de 1 dolar. Mas onibus que é bom, um pouco mais na estrada - devo ter cruzado com uns 8 onibus nos 1.000 km que fiz dentro de Botswana. Lembro de um perto da fronteira com uma placa escrita Gaborone (750 km dali) e o onibus tinha um jeito destes ônibus escolares usados em zona rural. Agora se a opção que tem é esta, vamos montar nele e simbora.

Todo o mundo aqui no Sul da Africa adora o tal churrasco (Braai) e tem o Biltong que é uma carne seca (menos seca que a nossa), que compram em qualquer canto e vão mastigando. As melhores são caras. Comprei uma super especial, 18 dolares o kilo. Mas uma delicia. Eles te vendem o pedaço e dai colocam numa maquina que desmancha em pedaços pequenos. Mas o que o povo usa, claro, é muito mais barato. Carne de animais "selvagens" é vendida normalmente (bem mais fácil de achar, em açougue ou restaurante, que gado). Faixa de 8 dolares o kilo, seja orix (mais barato um pouco), impala, springbok etc.

Comida em Botswana em geral um pouco mais caro. Um prato em restaurante medio na faixa de 9 a 12 dolares. O problema é que não existe - como em Namibia tambem - lugar popular. Ou voce vai nestes lugares ou come o que as mulheres vendem nas esquinas (em geral um bolo de massa frito). Como a maioria dos turistas acampa, faz sua propria comida. Mesmo porque 90% dos locais fecham pelas 5 da tarde. Ou seja - apenas em hoteis de alto padrão tem o tal jantar. 

Achei a questão de abastecimento na Botswana ainda mais complicada. Normalmente faixa de 160 a 200 km entre postos de gasolina. Nos postos a lanchonete que tem é sempre muito horrivel. Pior, bem pior, que na Namibia. Então tem que carregar reserva no carro, sempre. Seja combustivel, agua e comida. 

Tambem mais dificil um pouco pagar com cartão em Botswana. Amigos que foram para lugares mais remotos sofreram. Cash na mão.

Na estrada a gente fica pensando um monte de jeito de passar o tempo. Trouxe um pen drive com musicas, mas quando chego perto de cidades vou tentando achar uma radio local. Em geral rola umas musicas diferentes. 

Tambem me acostumei a gravar mensagens no celular de coisas que lembro etc.

Mas algo que fiquei ontem matutando é que o turista chega num pais e o contato que tem é com os funcionários de alfandega, da empresa aérea, do hotel etc. Depois, aproximando um pouco mais do pais, com algum garçom em restaurante ou bar, alguma loja etc... mas é tão dificil e requer um exercicio forte, entrar em contato com alguem que não tenha nada a ver com turismo. Com isto você consegue perceber um pouco melhor as pessoas e entender como funciona o país. 

O Mark (belga) comentava que foram a Dominicana, num daqueles resorts all inclusive - e tinha guardas armados na porta sob a alegação da extrema insegurança do lado de fora. Mas ele foi pra fora e acabou concluindo que aquilo tudo era para evitar que você saísse do resort e tomasse contato um pouco mais próximo com o país verdadeiro.

abaixo uma visão geral dos circuitos que fiz nos 3 dias no Etosha - sendo que a lição básica é procurar os tanques ou water holes.




Enfim -fica a dica e matéria para avaliar, cada um na sua. 

Então a partir daqui considero meio encerrado o assunto Namibia e Botswana.

Proximo post (de viagem) será sobre Africa do Sul, Victoria Falls e Maputo.








estas fotos todas são no Etosha parque - não vou entrar em detalhes excessivos












embaixo o tal Kudu, cuja fêmea tem o pescoço pelado e em cima um passaro (que não voa) e pode chegar a 70 kg de peso




este tipo grilo ai em cima vive cruzando as rodovias
diz que mesmo o carro passando em cima, os ovos resistem e nascem novos grilhinhos. A turma daqui diz que come dele só em ultima necessidade. O corpo tem uns 7 cm de comprimento








a planicie do antigo lago de Etosha - dizem que é sal, mas eu experimentei este branco ai e não era salgado. 

abaixo vista do parque Etosha do mirante. Os morros ao fundo já são fora da divisa do parque


é impressionante o que tem de bando de galinha dangola aqui. Alguns chamam de Guiné, Não é comum comerem tambem. Parece que elas são meio protegidas

Algumas zebras tem listas na perna inteira e outras apenas uns traços no joelho. Especies diferentes?  idade ?  macho e femea?  pode ser


fiquei espantado em encontrar tanto esquilo por aqui




uns animais lá no meio da planicie - chamada Etosha pan. 




Acima o famoso Orix e abaixo o springbok. Tem muito aqui e é super normal comer a carne deles. Como é animal solto, pouquissima gordura 






pelo tamanho deve ser de elefante, na verdade diz que muitos animais vão revirar o cocô do elefante pois a digestão dele é fraca e então dá para ainda aproveitar muita coisa

abaixo - em Outjo - o ateliê de escultura em raizes do alemão 






o cumpim aqui tem uma forma mais ponteaguda, em media uns 2 a 2,5 metros de altura


a famosa montanha do Spitzkopfe

abaixo casa antiga em Outjo e logo depois o hotel tradicional em Outjo tambem





uns 30 km se afastando do litoral, as nuvens/ neblina terminam e volta o sol 














muita muita gente acampa por aqui. Esporte Nacional (europeus e sul africanos na maioria). Este trailler é mais baixo e reforçado para as estradas de terra. Achei interessante como ele se expande para cima e para os lados. 

abaixo uns bufalos deitados no meio do lago seco - estavam a mais de 1 km da borda














o forte alemão em Namutomi - dentro de Etosha. Umdos lugares mais ajeitados que estive para acampar e pouso e restaurante




na rua em Tsumeb

abaixo o cara que pega um tipo de noz da palmeira e escava para fazer um chaveiro ou algo assim (tá na minha mão direita) 


Tsumeb tinha muita atividade de mineração, no museu tem equipamentos usados nisto. Abaixo parque da cidade e igreja em Tsumeb. 




Os javalis são engraçados, ficam pastando na beira da estrada, mas se você diminui um pouco a velocidade (nem precisa parar) eles imediatamente correm pro mato

abaixo o platô em Waterberg. uns 150 metros acima do terreno em torno


cupim em volta da árvore, mas parece que não mata ela

abaixo escorpião negro


vista da planicie em volta do Waterberg


estrada de areião no topo do platô




casal de amigos muito especial - Mark e Wendy, da Belgica


o tal Rino

abaixo proteção pro frio, basta o sol sumir que o bicho pega


chegando na divisa com Botswana

abaixo já em Botswana


acima um mapa do delta do Okavango, Maun fica na parte de baixo (olhando com cuidado dá para ver escrito). O mais claro é deserto 

Pra baixo fotos do passeio no delta, usando a canoa tipica - Mocoro




















acima caminhando em uma das milhares de ilhas que formam o delta. Os bichos maiores atravessam de uma pra outra


acima vilarejo em Botswana

abaixo aproveitamento de pneus. Pior que ficou confortável de sentar


parada para lanche no Etosha, em um camping. Estes lugares são cercados e voce deve abrir e fechar a porteira para entrar ou sair. 

despedida de Etosha - um elefante pertinho


amigos em Tsumeb - familia 

jantar congregando a turma na Waterberg Guest farm. Comida local deliciosa, Como dizem - todos brancos e super viajados...


 Este posto fica no centro de Maun, mas como a urbanização é totalmente caotica, o cara preferiu colocar a coordenada como endereço

aviões de passeio no aeroporto de Maun

 acima - momento de decisão - coceirinha de ir reto

abaixo - de novo - chegando na divisa pelo lado de Botswana

 Windhoek (onde o vento faz a curva em tradução semi-livre) foi construida numa região de montanhas - estas são as primeiras que vi chegando ali.

abaixo trem usado na guerra
 Esta empresa Intercape é o melhor (quase unico tambem) transporte Interurbano (com onibus) aqui em todo o sul da Africa e usam onibus brasileiros. Tem que fotografar né?

abaixo uma vista do museu da Independencia



acima centro comercial

rua de lojas no centro


loja com coisas pra casa, roupas, etc.  Alto padrão

abaixo museu da Liberdade e estatua do Sam Mujone que foi quem liderou a independencia. 


o parlamento - tintenpalas

abaixo a igreja de 1910 - Cristen church. 


A cidade vista mais de cima, embaixo mais a parte central, acima a parte noroeste 



 estas duas são vistas de um cemitério antigo, com ligação com a as batalhas e revoltas pela independência a questão de igualdade de direitos (racismo etc.) - tem uma parte com túmulos e lápides mas a maior parte são apenas marcos com um numero 




4 comentários:

Marc & Wendy from Belgium disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
imagimario disse...

Posso apostar toda minha reputação (que não vale nada, por isso posso apostar) que aquele grilo no meio da estrada estava te encarando com um olhar sinistro!!!!!!!!

Pergunta: vocês está fazendo todo esse trajeto com GPS??? Tem mapa até da estrada de areia????

imagimario disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Fernando Erbe disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.