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quarta-feira, 28 de junho de 2017

VICTORIA FALLS p 5



prá resumir  - Victoria Falls é um local muito do bom para se visitar. Claro tem as cataratas. Tem os passeios para quem estiver bem de orçamento, o povo é muito muito amigável, o jeito da cidade em geral é muito bom e, se nada estiver bom, atravessas uma ponte e vai pra Zambia que é bom tambem (mais barata) 

Voo de Joburg para Victoria Falls sobrevoa partes da Botswana (dá para ver um grande Pan e um inicio do Okawango). Serviço, funcionamento etc da British Airways um pouco diferente. Não sei dizer se melhor no final, mas um estilo mais profissional.

Engraçado ver no aeroporto de Joburg (OR Tambo) na ala de embarques nacionais a população misturada, quando a gente entra na fila do embarque internacional, já some boa parte dos negros. O aeroporto é gigantesco, algo confuso e isto ajuda a aumentar a impressão. Mas creio que o movimento é um pouco maior que Guarulhos. A quantidade de lojas no embarque pelo menos é impressionante.

No embarque ainda encontrei meu xará, chegando de Moçambique e lugares mais remotos. Tava com cara de cansado. Mas me contou um pouco sobre Maputo, que somei a outras noticias e pensamentos que eu tinha e por fim acabei desistindo de ir pra lá. Basicamente a esta altura da viagem não estava com pique para encarar um pais mais complicado que os que tenho ido, mesmo com a língua portuguesa etc. Fiquei um pouco decepcionado comigo e com aquele gostinho, mas a soma de contras tava muito pesada contra a soma de prós. Vou perder a diária de hotel em Maputo e a ida e volta de ônibus (total faixa de US$100,)

Enfim – em Vic Falls tudo bem mais simples e tranquilo. Aeroporto ajeitadinho. Um tempão na fila para obter o visto, mas de repente tudo anda e estou do lado de fora. Negociei com um guri para me levar até o hotel (são 21 km) – acertamos a ida e volta por US$50,00, mas com um pouco mais de paciência teria conseguido por 30 dolares. Gozado que a gente gasta numa viagem destas muito mais que isto, mas de repente uma vacilada destas perturba, um pouquinho...

Mas vamos ao que interessa. Victoria Falls é BOM DEMAIS. Claro que andar pela beirada das cachoeiras é o ponto alto. Mas ficar zanzando pela ponte internacional, ficar vendo os sacoleiros atravessando a ponte com bicicletas super carregadas e as mulheres com uma trouxa na cabeça e o filho nas costas. Bons bares (fui e gostei no 3 Monkeys – abre a noite o que é raridade por aqui e no Lookout Café com vista pra ponte e pra garganta – ambos legais). Mas o ponto alto são as pessoas em geral. Mais que todos os lugares que fui na AFrica, todos muito amigáveis, bons de conversa. Mesmo os vendedores sempre curtem um papo extra, ainda mais se for para falar de Neymar. Parece que ele esteve aqui com amigos, família etc a semana passada.

Hotel super agradável, simples, sem frescura. 36 dolares com café da manhã bem simples (frugal eu diria – mas suficiente para iniciar o dia). Me cobraram 10 dolares para lavar uma cesta cheia de roupas que já não aguentava mais o cheiro. Lavar no banheiro quebra o galho, mas acho que precisaria mais capricho para ficar cheirosa a roupa.

Aliás – aqui e parece que em toda Zimbabwe – só se fala em dólares. O governo imprime umas notas (2, 5 sei lá mais quais) e moedas, todas tituladas em dólar. Mas não valem para cambio. Tem a moeda do pais (360 p 1 dolar), mas não existe papel em circulação.... Falando nisto, quando se falar no Mugabe (37 anos ditador daqui) é sempre de forma velada e sem grandes agitações....
Enfim – as cataratas. Pode-se visitar pelo lado de Zimbabwe (30 dolares, passeio mais longo) ou pela Zambia (20 dolares, passeio mais emocionante)-Acho que não dá pra escolher.

Depois de ir do lado da Zambia, na saída, pegue pro lado esquerdo (rumo para dentro da Zambia) a pé e atravessa o jardim do hotel Varani (acho que é isto) e depois o Royal Livingstone. Neste tem um belo jardim, estilo inglês, e um deck em cima da agua. Dá pra tomar chá ou cerveja e aproveitar a vista, o local. A comida é o preço médio da região. Que no geral é uns 30% mais caro que na Africa do Sul, Namibia etc..

Tem milhares de outras atividades, mas nenhuma me interessou muito e os preços são extremamente salgados e – mesmo assim – estão sempre bem ocupados.... Enfim – rafting por 120 dolares, swing na garganta (100 metros profundidade) 95 dolares, passeio de 15 minutos de Helicoptero 150 dolares e por ai vai. Então nada me atraiu muito – felizmente e fiquei curtindo a cidade.
Indo no lookout café – que tem uma vista fantástica – ande um pouco mais adiante e entre nos jardins do Victoria Falls hotel, que deve ter sido construído ainda pelos ingleses. Legal de ficar olhando o jeitão de tudo, o gramado cuidadinho, a vista da garganta e da ponte etc....

Em frente da estação de trem (o prédio em si) do outro lado do trilho me falaram que tem um café onde o pessoal da cidade vai. Claro que 99% negros. Diz que é um dos melhores lugares daqui, bem animado, comida local, preços razoáveis, a partir das 10 vira uma meio balada etc.

Meu hotel fica uns 3 km das cataratas, mesmo assim durante a noite a gente escuta bem o ruído das cataratas. Claro que em plena madrugada o ruído some, pois provavelmente fecham a mesma para manutenção estas coisas (atenção – isto é uma brincadeira...)

Corrida de taxi dentro da cidade é na base de 5 dolares. Quando você vem de Zambia, logo depois da aduana, ali os caras insistem em cobrar 8 dolares. Mas eu levantei a mão e ofereci 5 dolares e alguém já veio me atender.

Tem uma fila razoável de ambos os lados de caminhões (grande parte da Africa do Sul) esperando para fazer alfandega e passar. Me contou um motorista que o lado de Zimbabwe é bem mais complicado. Primeiro tem que ir num local longe daqui e fora do circuito da estrada (não sei bem onde) para conseguir tipo uma pre-licença. Isto leva de 2 a 3 dias (isto mesmo – dias) e depois para cruzar a ponte em si e fazer dos dois lados mais coisa de 6 a 8 horas...

A ponte foi construída em 1905, por sorte pensando primeiro em trens, então a carga dos caminhões não força tanto, mas tem uma pista apenas para veículos, o trilho e uma calçada para pedestres bem larga. Fico imaginando os caras que projetaram e deixaram aquela pista extra meio para carroças ou algo assim o que diriam de ver agora o transito de carros.

Gasolina em Zimbabwe US1,40 o litro e 1 dolar na Zambia. Todos tentam ir a Botswana comprar lá (0,70 o litro).

Aqui o pessoal pede menos carona e usas mais ônibus (vi muito poucos) e taxi coletivo. Mas como sempre, nas pontas das cidades tem aquela típica aglomeração da turma esperando seu transporte

Questão de gorjeta ainda mais disfarçada por aqui. Mas sempre agradecem. Comum em hotel, restaurante etc um pote para as gorjetas. Mas sempre que você coloca algo, agradecem..

Sul africanos estendem  a mão direita e colocam a mão esquerda no cotovelo direito em agradecimento.

Estrangeiros comentam que o pessoal de Zimbawe é especialmente amigável. Diria que isto tem cara de verdade. Muito fácil mesmo entabular conversa com eles.





um  baobá de verdade. Embaixo os caras trazendo carvão, batata e sei lá mais o que da Zambia. 


as mulheres fazendo sua parte no transporte internacional e os caminhões aguardando a vez...

as Cataratas


cara pescando perto das cataratas pelo lado de cima - proibidissimo

a famosa ponte inglesa de 1905. Diz que quando juntaram as duas metades, sobrou uns 4 cm. Era fim de dia. No dia seguinte, pelo frio da noite, as pontas estavam ajustadíssimas...


topo das cataratas

a tal cadeira de braço, ou poltrona. É o salto mais alto - coisa de 108 metros


alugam por 2 dolares capa de chuva e por baixo colocam de brinde uma capa de plastico, quando veio a água de verdade molhou tudo. Na foto de cima o Zimbabwe visto da Zambia


ponte na Zambia

a fumaça que levanta


filhotinho de zebra

quanto tempo esta pajerinho deve estar esperando na fila?


a garganta logo após as cataratas

abaixo o hotel muito inglês (servem High Tea) Victoria Falls hotel
 no vôo - um dos lagos em secamento, na Botswana

abaixo caveira de elefante

 o lado do Zimbabwe - abaixo e acima

 mais Zimbabwe

 a neblina sobe com força, gotas de agua no meio 

abaixo no final da caminhada no Zimbabwe - eles chamam danger point - só pro pessoal ficar mais animado de ir na pontinha

 a ponte vista do Zimbabwe e abaixo as quedas no lado do Zimbabwe

 trem (com carvão de verdade) indo pra ponte para o por do sol. Servem jantar tambem

abaixo uma costelinha de porco deliciosa no 3 monkeys. E ainda por cima uma tijela com agua quente e limão....

 mais baobá

artesão que ainda é aprendiz, o pai faz e ele vai aprendendo e vendendo.

 o varal de roupa diário.

a fumaça estava particularmente alta, na vila de Victoria Falls 
 uns guris que vendem artesanato na ponte... 

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